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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Preenchimentos de PMMA, populares em harmonizações faciais, podem comprometer a função dos rins

Substância teve pedido de proibição elaborado pelo CFM à ANVISA, com apoio de sociedades médicas 

 

O PMMA está na mira do Conselho Federal de Medicina (CFM) pelo excesso de complicações e risco grave de comprometer a função renal. Componente derivado do plástico, o polimetilmetacrilato é aprovado para fins reparadores, como preenchimento no rosto em pacientes com lipodistrofia (perda excessiva de gordura), em decorrência do avanço da Aids. Mas a substância tem sido utilizada para fins estéticos em procedimentos de harmonização facial e cirurgias para aumento de glúteos e coxas. 

Além da quantidade excessiva, a realização das aplicações por profissionais sem qualificação tem aumentado os registros de complicações nos últimos anos, como inflamações e dores intensas. Muitos casos têm sido reportados, sendo que a remoção da substância no organismo é desafiadora e nem sempre totalmente viável. Por isso, o CFM elaborou um pedido de banimento da substância no Brasil, a ser entregue à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com apoio de sociedades médicas. 

“Uma das complicações mais graves é o comprometimento dos rins. Quando essa substância é absorvida pelo organismo, mesmo que em pequenas quantidades, pode desencadear uma resposta do sistema imunológico, levando à formação de granulomas — pequenos nódulos inflamatórios”, explica o Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico nacional da DaVita Tratamento Renal, maior rede de clínicas para hemodiálise do país. 

“Esse processo pode desregular os níveis de cálcio no corpo, causando um acúmulo nos rins e dificultando seu funcionamento. Com o tempo, essa sobrecarga pode levar a danos permanentes, resultando em doença renal crônica, que pode exigir tratamentos como diálise ou até um transplante”, destaca. 

Lembrando que, em pequenas quantidades, com indicação adequado e aplicação feita por médicos e dentistas qualificados, o PMMA pode ajudar em questões importantes de saúde, com risco reduzido de complicações. “Mas o uso indiscriminado para fins estéticos, além de não aprovado pela ANVISA, tem demonstrado ser muito arriscado, com muitos casos de complicações severas”, alerta o nefrologista da DaVita.




DaVita Tratamento Renal  


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