Opinião
As férias escolares, período muito aguardado pelos estudantes, pode ser mais do que um simples intervalo de descanso, mas também uma oportunidade valiosa para cultivar o hábito da leitura. Isso porque, a atividade já consolidada no ambiente escolar, tende a ser impactada quando deixada de lado durante as férias, especialmente em uma época dominada por estímulos digitais e redes sociais.
Nesse sentido, a leitura nas férias traz inúmeros benefícios aos
jovens. Além de continuar sendo um excelente instrumento de desenvolvimento
cognitivo, de exercício da criatividade e de ampliar o senso crítico e o
vocabulário do estudante, quando a leitura se torna um hábito também se torna
um poderoso instrumento de entretenimento. Livros transportam os leitores para
novos mundos, permitindo que relaxem e deem um significado produtivo ao tempo
livre.
Leitura nas férias como lazer
Incentivar os jovens a manterem o hábito da leitura durante as
férias demanda estratégias criativas. Os pais podem liderar pelo exemplo, dedicando tempo à leitura e
integrando visitas a livrarias ou bibliotecas como parte dos passeios das
férias. Já os educadores, por sua vez, podem incentivar os estudantes no fim do
ano letivo através da recomendação de livros uns aos outros, criando um senso
de comunidade e interesse mútuo.
A escolha dos livros é igualmente importante, pois leituras que
não instigam, seja pela temática ou pelo vocabulário, podem ter um impacto
negativo na criação do hábito. Obras alinhadas à faixa etária e aos interesses
dos estudantes também tornam a experiência mais atraente. No caso das crianças,
promover brincadeiras articuladas ao enredo dos livros é uma ótima opção para
criar laços afetivos e memórias inesquecíveis. Já para os adolescentes, a
leitura de obras que inspiraram filmes é, além de prazerosa, uma oportunidade
para o desenvolvimento do senso crítico e um incentivo a diferentes
experiências culturais individuais ou em grupo.
Ambientes propícios
A tecnologia se destaca como aliada nesse cenário, já que influencia os
hábitos de leitura dos estudantes e, indo além, torna o acesso aos livros muito
mais democrático, uma vez que muitas obras são disponibilizadas para leitura
gratuita. Por fim, clubes de leitura e bibliotecas também podem contribuir por
serem locais em que os jovens podem compartilhar suas experiências. Nesses ambientes
se reúnem verdadeiros leitores que veem os livros como entretenimento e isso
faz toda a diferença. Iniciativas como rodas de conversa ao final do ano
letivo, em que os estudantes indicam livros para seus colegas, também têm
mostrado resultados significativos, fortalecendo o hábito da leitura em um
contexto de lazer.
Incentivar a leitura nas férias não é apenas uma questão de
continuidade educacional, mas também de entretenimento que perdura, ampliando
horizontes e proporcionando conhecimento e relaxamento para todas as idades.
Marlucy Pimentel Januário - professora do Colégio Santa Marcelina de Muriaé da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.
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