Paciente em tratamento não transmite mais a doença
Manchas claras ou
avermelhadas na pele que não coçam nem doem, áreas da pele que parecem
anestesiadas. Estes são alguns sinais que podem indicar hanseníase, devendo a
pessoa consultar imediatamente um dermatologista. A recomendação é do dr.
Hussein Yussef Lopes Zar, clínico geral do Seconci-SP (Serviço Social
da Construção), por ocasião da campanha do Janeiro Roxo, que tem em 30 de
janeiro o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase.
A boa notícia é que a doença tem cura. Causada
pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, a hanseníase é
transmitida principalmente pelas vias respiratórias superiores, além do contato
com a pele do paciente. Sua evolução depende de características do sistema
imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas,
desde áreas anestésicas, manchas claras, avermelhadas ou amarronzadas, caroços
na pele e lesões dos nervos periféricos.
Segundo o dr. Lopes Zar, ainda há preconceito em
relação à doença e estigmatização dos pacientes. “Isso não se justifica, uma
vez que a doença tem cura e, se a pessoa estiver em tratamento, não oferece
risco de contágio”.
De acordo com o médico, o período de incubação é
prolongado e, em geral, varia de cinco a sete anos. “O bacilo afeta
principalmente a pele e nervos superficiais. Normalmente, os doentes não
diagnosticados precocemente desenvolvem complicações nos pés, mãos e olhos. Por
isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar o dermatologista o quanto
antes, pois ele prescreverá o tratamento adequado, evitando sequelas”.
“O Seconci-SP dispõe de equipe de dermatologistas
para oferecer um diagnóstico correto e passar todas as orientações para que
seus usuários sejam encaminhados para tratamento na rede pública”, informa o
médico.
O Brasil é o segundo país com maior registro de
novos casos de hanseníase por ano, com uma taxa de 10,68 casos por 100 mil
habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde, o que é considerado um alto
índice endêmico.
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