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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Ozempic e a verdade sobre a medicação manipulada, médica explica

 

Medicação representa um marco na medicina moderna, tanto no controle da diabetes quanto no manejo do peso, mas o uso inadequado e a manipulação irregular da semaglutida são um risco que não deve ser ignorado
 

Nos últimos anos, o medicamento Ozempic, à base de semaglutida, ganhou destaque mundial como uma ferramenta revolucionária no tratamento da diabetes tipo 2 e na gestão do peso. Recentemente até o Sistema Único de Saúde (SUS) iniciou a implementação da medicação para pacientes com diabetes descompensada, ampliando o acesso à terapia. Contudo, o crescente interesse pela substância também trouxe um aumento na manipulação irregular da semaglutida, levantando dúvidas sobre a segurança e eficácia desse tipo de uso. 

De acordo com a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento, é essencial que a população esteja informada sobre os benefícios e os riscos do uso do Ozempic, especialmente no que diz respeito às versões manipuladas, que têm circulado amplamente no mercado. "Embora o medicamento original seja seguro e eficaz quando usado com acompanhamento médico, a manipulação da semaglutida exige extrema cautela, pois pode comprometer a qualidade, a dosagem e a eficácia da substância", alerta a especialista. 

"As versões manipuladas podem apresentar variações na dosagem e na pureza da substância, o que compromete a segurança e a eficácia do tratamento", afirma Dra. Ana Luisa. A falta de controle rigoroso nos processos de manipulação pode levar a reações adversas ou à ineficácia do medicamento. 

Embora os custos das versões manipuladas sejam, em geral, mais baixos, a falta de comprovação de qualidade pode resultar em um investimento inútil ou perigoso. "O barato pode sair caro quando falamos de medicamentos que exigem padrões de qualidade elevados", destaca a médica. 

Segundo Dra. Ana, o uso de qualquer forma de semaglutida, seja original ou manipulada, deve ser prescrito e monitorado por um profissional capacitado. "A automedicação pode trazer riscos como náuseas intensas, desidratação ou até alterações metabólicas graves", alerta. 

Apesar de afirmar que o medicamento auxilia no controle do apetite e no metabolismo, a médica ressalta a maneira correta e segura de utilizar a semaglutida é por meio de medicamentos aprovados por órgãos reguladores, como a Anvisa, e sempre sob supervisão médica. "Cada paciente tem necessidades específicas, por isso, é crucial fazer uma avaliação completa para determinar a dosagem adequada, identificar contraindicações e acompanhar os resultados ao longo do tratamento de emagrecimento", orienta. 

Ela também destaca a importância de não usar o Ozempic como uma solução rápida para perda de peso. "O foco deve estar na saúde integral, e não apenas no número na balança e a saúde não deve ser colocada em risco por atalhos ou promessas de soluções fáceis. Priorizar a segurança acima de tudo é a chave de sucesso para perda de peso eficaz", finaliza a Dra. Ana Luisa.
  
 


FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Atualmente, dedica-se à frente da sua clínica especializada em emagrecimento, para melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.
draanaluisavilela


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