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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Transformação digital no Brasil: 5 dicas para superar os desafios em 2025

Mariana Kobayashi, cofundadora da Tech do Bem, elenca os principais pontos que devem ser levados em consideração para reverter um cenário alarmante no país

 

 

A transformação digital está remodelando o cenário empresarial global, e o Brasil não é exceção. No entanto, empresas brasileiras enfrentam desafios específicos que podem dificultar esse processo: o Índice de Transformação Digital Brasil (ITDBr), da PWC, mostrou que a média das empresas participantes, em 2023, ficou em 3,3, um número que mostra quão baixa está a transformação digital.

 

Ainda de acordo com a ferramenta, há um senso de urgência para a formação e contratação de novas competências digitais, avaliado em 3,4, um resultado aquém do esperado. O ITDBr também classificou as principais barreiras para a transformação digital no Brasil, que incluem a resistência cultural à mudança, infraestrutura tecnológica deficiente e falta de habilidades digitais.

 

"A transformação digital no Brasil é uma jornada contínua que exige uma visão de longo prazo e adaptabilidade constante," afirma Mariana Kobayashi, co-fundadora da Tech do Bem. "As empresas precisam entender que não se trata apenas de implementar novas tecnologias, mas de criar um ambiente que permita a evolução constante."


 

E como lidar com essas barreiras?

 

De acordo com Mariana, para solucionar essas questões, sugerem-se propostas como desenvolvimento de experiências de aprendizagem inovadoras, como hackathons, microlearning e trilhas de aprendizagem gamificadas personalizadas, para desenvolver proficiência digital e soft skills necessárias. “É crucial estabelecer uma cultura de aprendizado perpétuo, onde colaboradores em todos os níveis estejam constantemente se atualizando e experimentando novas ferramentas e métodos”, complementa.

 

A seguir, a cofundadora da Tech do Bem lista cinco dicas importantes para que as empresas possam investir na transformação digital. Confira-as:


 

1. O estímulo à inovação é mais importante do que a inovação em si 

 

A especialista sugere uma abordagem prática: "Empresas podem, por exemplo, implementar um 'laboratório de inovação', onde equipes multidisciplinares se reúnem regularmente para explorar novas tecnologias e suas aplicações práticas. Isso não apenas mantém a organização na vanguarda, mas também cultiva um espírito de curiosidade e adaptabilidade essencial para o sucesso a longo prazo na era digital", diz Mariana.


 

2. Programas de mentoria reversa reduzem o gap geracional 

 

Para ela, uma estratégia poderosa e frequentemente negligenciada é a implementação de um programa de mentoria reversa. Neste modelo, colaboradores mais jovens ou com maior proficiência digital são pareados com líderes seniores para compartilhar conhecimentos sobre novas tecnologias e tendências digitais.

 

“Isso não apenas acelera a alfabetização digital em todos os níveis da organização, mas também promove uma cultura de aprendizado mútuo e quebra barreiras hierárquicas. Por exemplo, um executivo de marketing pode aprender sobre análise de dados em redes sociais com um analista júnior, enquanto compartilha sua experiência em estratégia de negócios. Esta abordagem fomenta a inovação, melhora a comunicação intergeracional e cria um ambiente onde todos se sentem valorizados por suas contribuições únicas”, completa.


 

3. Mais maratonas de aprendizagem ativa 

 

“Hackathons, inovathons e ideathons são exemplos disso, eles oferecem uma imersão intensiva em projetos reais, permitindo que os colaboradores apliquem e desenvolvam habilidades digitais em um ambiente colaborativo e orientado a soluções. Essas iniciativas fomentam a inovação, a resolução de problemas e o trabalho em equipe, sem falar na capacidade de estimular o processo criativo e a oratória”, ensina.

 

4. Pense em adaptar as experiências de aprendizagem à sua equipe, nunca o contrário

 

“O microlearning é uma estratégia eficaz para integrar o aprendizado tecnológico à rotina profissional. Esse tipo de experiência adapta-se perfeitamente ao ritmo acelerado do ambiente corporativo, oferecendo módulos curtos e focados que podem ser consumidos nos intervalos do dia a dia. Essas abordagens não só melhoram a proficiência digital, mas também cultivam uma mentalidade de inovação contínua, essencial para a transformação digital bem-sucedida", analisa.


 

5. Equilibre inovação e gestão de riscos

 

“Adotar uma abordagem de inovação aberta, na qual ideias externas são testadas em pequena escala antes da implementação em larga escala, é essencial para equilibrar inovação e aversão ao risco. Implementar uma estratégia de gestão de riscos eficaz para identificar, avaliar e mitigar potenciais riscos associados à inovação ajuda a garantir que a empresa possa experimentar e adaptar-se sem comprometer sua estabilidade”, finaliza Mariana Kobayashi.


 

Tech do Bem


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