Campanha global alerta para a conscientização e
importância do bem-estar
A
saúde mental é uma questão que afeta profundamente crianças e adolescentes,
impactando diretamente o desempenho acadêmico, relações interpessoais e
bem-estar geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% dos
adolescentes em todo o mundo enfrentam algum tipo de transtorno psicológico,
como ansiedade, depressão e distúrbios de comportamento. Sem o tratamento
adequado, tais transtornos impactam diretamente a vida adulta do indivíduo: a
OMS estima em cerca de 1 bilhão o total de pessoas que vivem com algum tipo de
transtorno mental no planeta.
O
assunto é tão sério que no ano passado foi sancionada a Lei Federal 14.819/24,
que instituiu a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades
Escolares. A lei reforça a responsabilidade das instituições de ensino em
promover ambientes que priorizem a saúde mental. Além de estabelecer medidas
para informar a sociedade sobre o tema, a lei propõe a criação de planos de
trabalho e estratégias que garantam a atenção psicossocial de alunos, educadores
e colaboradores.
O
tema ganhou também um mês dedicado a lembrar a importância e urgência do tema.
O “Janeiro Branco”, celebrado no primeiro mês do ano novo, é um chamado à
reflexão para cuidar da saúde mental e emocional. O movimento busca
conscientizar a sociedade sobre a necessidade de prevenção e tratamento de
transtornos mentais, encorajando indivíduos a reescreverem suas histórias de
vida com mais equilíbrio e saúde.
Neste
contexto, o ambiente escolar ganha ainda mais relevância, uma vez que a escola
é um espaço privilegiado para identificar problemas e implementar ações
preventivas, graças à proximidade com alunos, famílias e comunidade. Ao
promoverem a saúde mental, as instituições de ensino não apenas ajudam seus
alunos a lidar com desafios cotidianos, mas também contribuem para a construção
de uma sociedade mais empática e resiliente.
PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DE CASOS
No
Brazilian
International School - BIS, de São
Paulo, a saúde mental é tratada como uma prioridade. O colégio investe em
programas de educação emocional que ensinam os alunos a reconhecer e gerenciar
suas emoções. Uma equipe de orientadores educacionais oferece suporte emocional
tanto a alunos quanto a colaboradores, encaminhando casos específicos para
psicólogos e psiquiatras parceiros. "Criamos um ambiente seguro e
acolhedor, onde todos são convidados e incentivados a expressar suas
preocupações", explica Maria Teresa Casamassima, orientadora educacional
dos anos iniciais do Ensino Fundamental no BIS.
Na
prática, ao identificar um aluno em sofrimento, a escola segue um protocolo que
inclui comunicação com a família, orientação personalizada e indicação de
profissionais especializados. Há também a preocupação em programas de educação
emocional, que são importantes para que os alunos aprendam a reconhecer e
gerenciar suas emoções. Além disso, a capacitação dos educadores é sempre
pensada para que possam identificar sinais de problemas de saúde mental e em
como agir de forma apropriada.
“Esse
trabalho integrado entre família, escola e profissionais de saúde tem feito uma
diferença significativa na promoção do bem-estar de nossa comunidade
escolar", complementa Maria Teresa.
PROJETO DE CONVIVÊNCIA ÉTICA
A
Escola Internacional de Alphaville, de Barueri, promove ações voltadas para a convivência
ética e o bem-estar. Por meio do Núcleo de Convivência Ética, Ciência do
Bem-Estar e Auto Realização, a instituição desenvolve programas que abrangem
desde formações específicas para toda a equipe até atividades que promovem o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
"Nossa
cultura escolar é construída sobre valores que incentivam o respeito, a empatia
e a convivência ética. Investimos em estratégias que incluem assembleias,
discussões mediadas e projetos de resolução de conflitos, todas mediadas por
professores tutores preparados e formados para essas habilidades", afirma
a gestora da escola, Ana Cláudia Favano.
O
Programa de Convivência Ética está presente em todas as séries, oferecendo
aulas que envolvem as mais diversas estratégias para desenvolver
comportamentos, habilidades e atitudes respeitosas e éticas nos relacionamentos
das crianças e jovens. Essas iniciativas ajudam a prevenir problemas como o
bullying e fortalecem as redes de apoio dentro e fora da escola.
ABORDAGEM HUMANISTA
Na
Escola
Bilíngue Aubrick, de São Paulo, a
saúde mental é promovida por meio de uma abordagem humanista. A instituição
oferece aos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e por todo o Ensino
Médio o currículo de Cambridge Wellbeing, que incentiva os adolescentes a
construírem relações saudáveis baseadas no autoconhecimento e no respeito à
diversidade, expressas no valor da multiculturalidade que a escola promove.
“Com
projetos colaborativos, atividades que promovem a liderança e o engajamento dos
estudantes em temáticas de relevância global, assembleias e mediação de
conflitos, os alunos desenvolvem competências importantes para o autocuidado e
um compromisso com o impacto positivo na comunidade escolar e nas demais
esferas da vida”, explica a coordenadora de Global Education, Mariana Resende.
Além
disso, a escola pratica protocolos antibullying e práticas de safeguarding
em busca do bem-estar de toda a comunidade, promovendo a formação contínua de
todos os profissionais que atuam na escola e atendendo a códigos internacionais
de segurança.
O
currículo da Aubrick promove o equilíbrio entre a excelência acadêmica e o
desenvolvimento de habilidades de cidadania global, fomentando uma cultura de
bem-estar referenciada por padrões internacionais. A escola é a única
instituição de ensino brasileira Global Member de Round Square, uma organização
que reúne mais de 200 escolas no mundo, que colaboram no desenvolvimento de
habilidades socioemocionais relacionadas aos IDEALS (Internacionalismo,
Democracia, Sustentabilidade, Aventura, Liderança e Voluntariado).
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