No Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, Afya lança campanha "Está tudo bem?" e disponibiliza atendimento psicológico gratuito para médicos e estudantes de medicina
A Afya, maior hub de educação e soluções para a prática médica do
Brasil, apresenta os resultados do estudo “Qualidade de vida dos médicos”,
desenvolvido pelo Research Center, núcleo de pesquisa da companhia. Com
objetivo de identificar e mapear a saúde mental dos profissionais atuantes no
mercado, os dados obtidos na edição 2024 indicam uma leve melhora em relação ao
último ensaio realizado em 2022. Contudo, doenças como depressão, ansiedade e
burnout continuam presentes em uma parcela significativa dos médicos.
De acordo com o estudo, 39,8% dos médicos enfrentam algum tipo de
doença mental, sendo que duas em cada três pessoas afetadas são do gênero
feminino. Na faixa etária entre os 25 e 35 anos os dados também chamam a
atenção: 49,6% dos profissionais desta idade sofre com doenças mentais.
A pesquisa ainda revelou que cerca de 3,6% dos médicos já esteve
internado para tratar alguma condição mental e precisou ficar afastado cerca de
5,1 semanas nos últimos 12 meses.
“A proposta deste estudo é manter um panorama vivo e dinâmico
sobre a qualidade de vida médicos e, a partir disso, incentivar a comunidade a
criar soluções que deem suporte e acolhimento a este público. Ao compreender
esse cenário, podemos promover um ambiente de trabalho mais saudável,
prevenindo o esgotamento e assegurando a continuidade de um cuidado médico de
qualidade para toda a população”, explica Eduardo Moura, médico e diretor de
pesquisa do Research Center da Afya.
Depressão, Ansiedade e Burnout
O transtorno de ansiedade é o que mais acomete os médicos - 33,5%
têm esse diagnóstico e 21,1% apresentaram os sintomas nos últimos 12 meses.
Desses, 27,1% estão em tratamento e 6,4%, embora constatado o transtorno, não o
tratam. As mulheres são as mais impactadas: quatro em cada dez médicas sofrem
com a doença enquanto o percentual é de 25,1% para homens. Já 23,9% dos médicos
relataram ter sintomas de transtorno de ansiedade, mas sem ter diagnóstico
médico.
Em segundo lugar no ranking das doenças mentais está a depressão:
22,1% dos profissionais já receberam esse diagnóstico, sendo que 19,9% tratam e
acompanham com especialistas e 2,2% não tratam. Outros 17,1% apresentam
sintomas, mas não têm diagnóstico e não tratam a doença. De acordo com o estudo,
22,4% dos profissionais detectaram a condição nos últimos 12 meses.
O burnout aparece com 6,7% dos casos, e metade foram identificados
nos últimos 12 meses. 2% dos médicos diagnosticados com a condição não fazem
acompanhamento com especialista. Contudo, em uma avaliação mais ampla, mais de
50% dos médicos indicam já terem apresentado sintomas da doença, ainda que não
tenham um diagnóstico fechado ou já tenham se curado da condição.
Quase 20% dos médicos já foram diagnosticados com burnout no passado
e 27,2% apresentam sintomas, mas não foram diagnosticados e não estão em
tratamento. A carga horária elevada é o principal motivo destacado: médicos com
diagnóstico de burnout trabalham em média 57,2 horas por semana, cerca de sete
horas a mais do que a média geral.
Médico, está tudo bem?
O estigma associado às doenças mentais e a dificuldade de acesso a
serviços de apoio frequentemente levam os médicos a evitar buscar ajuda
profissional. O tema que ainda é tabu na sociedade, ganha força durante o Setembro
Amarelo, mês dedicado ao cuidado com a saúde mental e à prevenção ao suicídio.
Ciente desse cenário, a Afya lança nesta quinta-feira, 28, a campanha “Está
tudo bem?” para incentivar médicos e estudantes de medicina a procurar por
ajuda especializada.
Durante o mês de setembro, médicos e alunos de medicina em todo o
país terão acesso a uma nova funcionalidade nas plataformas digitais da Afya: o
botão “Está tudo bem?”. Ao utilizar esse recurso, o usuário será direcionado
para um mapeamento de saúde mental, que pode oferecer desde conteúdos sobre
cuidados com a saúde e bem-estar até suporte médico e psicológico gratuito para
aqueles que estiverem enfrentando dificuldades emocionais.
“Precisamos quebrar o estigma das doenças mentais e humanizar a
figura do médico como um ser humano que também enfrenta adversidades e
indecisões ao longo da jornada. Tratar corretamente sintomas oriundos de
condições mentais em desequilíbrio é uma etapa importante para uma vida mais
equilibrada e saudável”, finaliza Moura.
Metodologia:
A pesquisa quantitativa foi aplicada entre os dias 2 de julho e 6
de agosto de 2024 com um total de 2005 respostas. A margem de erro estimada é
de 2 p.p. e o nível de confiança de 95%. A amostra contou com a participação de
médicos de qualquer especialidade, independentemente do tempo de formação.
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