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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Quando a tristeza se torna um problema, psiquiatra explica


Nem toda tristeza é patológica. De acordo com a psiquiatra Dra. Naiayde Monte, especialista em Transtornos de Humor pela USP, a tristeza, na maior parte dos casos, é um sentimento humano natura, que acontece como resposta a determinados estímulos e contextos. “Quem nunca ficou triste por terminar um relacionamento, ser demitido ou perder um ente querido? Nessas e tantas outras situações cotidianas, é esperado que as pessoas se sintam tristes. Porém, é preciso atenção quando essa tristeza persiste e atrapalha o dia a dia”, alerta a psiquiatra. 

Para a médica, a tristeza ‘normal’ não costuma durar muito e de maneira geral não traz prejuízos para a pessoa, enquanto a tristeza patológica tende a durar pelo menos duas semanas, com impacto na realização das atividades e funções do indivíduo. “Muitas vezes, mesmo sem estímulo que justifique, a tristeza patológica pode vir”, explica a psiquiatra. 

Nesses casos, a tristeza pode ser um problema a ser resolvido, muito mais do que um sentimento passageiro. “Precisamos estar atentos se, associado a ela, existem outros sintomas, tais como choro fácil, desânimo e perda do prazer em realizar atividades que antes eram prazerosas”, fala Dra. Naiayde.

A médica afirma que ao reconhecer alguma dessas situações, é essencial procurar ajuda profissional. “Um médico psiquiatra ajuda a entender essa tristeza, diferenciar se ela é normal ou patológica e conduzir o tratamento mais adequado”, finaliza.
 

FONTE: Dra. Naiayde Monte - Especialista em Transtornos do Humor, membro do PROMAN (Programa de Transtorno Bipolar da USP) e da Comissão Científica da ABRATA. Fundadora, coordenadora e preceptora do Ambulatório de Transtorno Bipolar da residência médica em psiquiatria da Universidade de Santo Amaro (UNISA/SP).



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