Pesquisar no Blog

sábado, 7 de outubro de 2023

Como deixar a Primavera mais colorida com o que o Brasil pode oferecer?

Das tradicionais as mais exóticas, conheça algumas das diversas opções de flores mais comuns de cada região do país

Chegou a Primavera, a estação mais colorida do ano e o momento mais propício para falarmos delas: as flores. Das mais simples, delicadas, as exóticas e até comestíveis, há uma grande variedade de espécies, que podem agradar a todos os gostos e bolsos.

 

No Brasil hoje a floricultura ocupa um papel de destaque, com o país contando atualmente com mais de 8 mil produtores de flores e plantas ornamentais. Entre os principais polos brasileiros produtores de flores estão: São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro, que também se destacam no cenário.

 

E se antes os apaixonados por plantas tinham mais dificuldades em ter acesso a determinadas espécies ou novidades, o mercado de plantas hoje é bem mais acessível, com muitos produtores inclusive trazendo para o Brasil opções raras e nativas de outros países. E vale reforçar que a flora brasileira também é riquíssima e que mesmo sendo um país tropical, cada região tem suas características específicas, fazendo com que cada uma tenha um potencial para espécies diferentes.

 

“O Brasil é um país muito diversificado em diversos aspectos. E quando falamos em cultivo de plantas, levamos em consideração uma série de fatores que vai desde o clima, ao tipo de solo que ela precisa para se desenvolver. E se considerarmos que no nosso país nós temos: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, que são biomas com características bem diferentes uma da outra, já dá para saber o potencial que temos para uma grande variedade de espécies de plantas”, comenta o engenheiro agrônomo da Forth Jardim, Marcos Estevão Feliciano.

 

O melhor de cada região:

Das mais populares às exóticas, as espécies de flores costumam atrair boa parte do público que se interessa pelo universo das plantas, principalmente durante a Primavera, quando a maioria atinge sua melhor versão, embelezando as casas e ambientes em geral. São inúmeras opções espalhadas por todo o Brasil, por isso vale saber quais as características de cada região e exemplos do que cada uma delas pode oferecer.


Norte: de modo geral é uma região de clima equatorial, com altas temperaturas e chuvas intensas durante o ano todo. Inclusive é a região onde está localizada a maior floresta tropical do mundo, a floresta amazônica.

Um dos grandes destaques desta região são as flores exóticas, que podem ser encontradas na floresta amazônica.


Da família das trepadeiras, a Alamanda (Allamanda cathartica) é uma espécie conhecida e bastantes utilizada no paisagismo brasileiro, podendo compor desde ambientes externos, como cerca-vivas, até os internos, podendo ser cultivada também em vasos. Ela é bem ornamental, com flores vistosas, geralmente na cor amarelo-ouro, mas que também pode ser em um tom de rosa-escuro, além de suas folhas que são verdes e brilhantes.   

E indo na linha mais exótica, outra espécie nativa da região é a Helicônia Bico de Papagaio (Heliconia psittacorum. Trata-se de uma planta perene, que é uma das helicônias mais cultivadas e conhecidas do mundo. Ela é uma planta rústica, mas que produz inflorescências, geralmente alaranjadas, que trazem um efeito tropical que ornamentam qualquer ambiente, além de também ser uma espécie atrativa para beija-flores e outros pássaros. Eles buscam pelos pequenos frutos que a planta também produz, que são ricos em néctar.  

 

Nordeste: é uma região que mistura diferentes climas. Em estados como Bahia, Maranhão e Piauí, por exemplo, o clima é mais tropical, mas nas praias (principalmente na Bahia e Rio Grande do Norte) já muda para litorâneo úmido. E existe ainda o sertão nordestino, com uma forte presença do clima semiárido. 

O Nordeste brasileiro é o local onde as flores tropicais são cultivadas em larga escala e entre as inúmeras espécies tem uma bem popular, o Antúrio (Anthurium sp.). Apesar de ser facilmente encontrado por todo o país, com boa parte da sua produção inclusive se concentrando em São Paulo, é uma espécie muito cultivada no Pernambuco, Ceará, Bahia e Alagoas. Trata-se de uma planta que é um clássico do paisagismo brasileiro e chama atenção principalmente pela sua cor vermelha vibrante em formato de coração e com uma “aparência de plástico”, além de sua haste (espádice) que é carnosa de cor amarela. Uma curiosidade, no entanto, é que na verdade não se trata de uma flor, mas sim de uma inflorescência, pois as flores na verdade são os pequenos pontinhos que ficam na haste amarela.

 
E falando em nordeste também não podemos deixar de lembrar dos
Cactos (Família Cactaceae) que são muito comuns em ambientes secos e quentes, como os da caatinga nordestina.  Trata-se de uma planta suculenta e seus espinhos são as “folhas” da planta, que sofreram transformações para se adaptarem ao ambiente. Possui uma variedade de espécies, sendo que algumas podem ter flores grandes e coloridas.  

 

Centro-oeste: o clima é tropical semiúmido, sendo que no verão as chuvas são frequentes e o inverno costuma ser bastante seco. Além disso, o cerrado é a sua principal vegetação.

A Caliandra (Calliandra dysantha) é popularmente conhecida como “Flor do Cerrado” e apesar de suas flores delicadas, cresce em uma vegetação mais seca, com seu arbusto podendo chegar a aproximadamente 4 metros de altura. Suas flores são bem pequenas e possuem longos estames que podem ser nas cores rosa, vermelho ou branco, ou ainda uma mistura leve de tons. É bastante utilizada em paisagismo e para decoração.

 

Sudeste: é uma região onde o clima tropical também prevalece, além de ter bastante incidência de chuvas. Já as suas áreas litorâneas são mais tropical de altitude com uma forte presença de mata atlântica em sua vegetação nativa.

Entre os estados da região sudeste, São Paulo acaba se destacando por liderar o ranking de produção e consumo nacional de flores e por isso concentra as mais variadas espécies, no entanto, a Azaleia (Rhododendron simsii) foi decretada como o a “flor símbolo” do estado. Trata-se de uma espécie de origem asiática (Japão) da família das Ericáceas, sendo um arbusto de porte médio, com folhas verdes- escuras e suas flores podem ser simples ou dobradas. A sua floração é acentuada e pode ser encontrada em várias cores como: rosa, vermelho, laranja, tons de roxo e branco, sendo perfeitas para decoração de vários ambientes, desde um canteiro, até um vaso dentro de casa.  

 

Sul: aqui as características climáticas que prevalecem, são do clima subtropical. É conhecida por ser a região responsável pelas temperaturas mais baixas do país, chegando muitas vezes a registrar temperaturas abaixo de zero, exceto pelo Paraná, onde há regiões que são consideradas de clima tropical, em que o verão é muito quente e os invernos rigorosos.


No Sul há uma forte presença da atividade agrícola de forma geral, por isso é também onde se concentram outros grandes polos de produção de flores. Há uma grande diversidade de flores e entre as mais populares está a Camélia (Camellia japonica) originária do sul do Japão. É um arbusto que se destaca por sua elegância e beleza, com folhas simples que são grossas, serrilhadas e geralmente lustrosas e flores que podem ser de três categorias: simples, semi-dobradas e dobradas. As cores também podem ser variadas, indo do branco ao vermelho, com algumas variedades pintadas ou manchadas. Ela pode ser cultivada tanto em jardins, sozinha ou em grupos, causando um efeito decorativo, ou em vasos dentro de casa. 

Vale ainda reforçar que existem algumas espécies que se tornaram “queridinhas” por todo o Brasil, atraindo colecionadores, que é o caso das: Orquídeas, Bromélias e Suculentas. Tratam-se plantas com uma grande diversidade, no caso da Orquídea, por exemplo, podemos encontrar diferentes espécies pelo país, com características diferentes, que variam de acordo com cada região. 

“É cada vez maior o número de pessoas que se interessam por este universo das plantas e que estão sempre em busca de conhecer novas espécies não se limitando apenas aquelas que são típicas da sua região. É muito legal ver este “intercâmbio” das espécies e como hoje é perfeitamente possível termos acesso há planta de todas as partes do mundo. É claro que vale reforçar que temos sempre que levar em consideração o local de origem da planta que estamos levando para casa, para tentarmos reproduzir através dos cuidados diários, o ambiente ideal para que ela possa viver e se desenvolver bem”, complementa Marcos Estevão Feliciano.



Forth Jardim
@forthjardim_oficial
https://forthjardim.com.br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados