Números
de pesquisa realizada pela Kaspersky apresentados em agosto indicam o Brasil
com folga na liderança entre os países mais atacados por ransomware, tipo de malware de sequestro de dados, feito por meio
de criptografia, que usa como refém arquivos pessoais da própria vítima e cobra
resgate para restabelecer o acesso a estes arquivos
O tipo de ataque digital que sequestra os dados mantidos em computadores, mediante encriptação e posterior exigência de pagamento de resgate, foi mapeado (e barrado) em mais de 603 mil eventos entre junho de 22 e julho de 2023, segundo pesquisa realizada pela Kaspersky. O Brasil responde por expressivos 52% de todos os ataques identificados na região, seguido de Equador, México e Colômbia.
“A razão de o Brasil liderar o ranking parece ser a soma do gigantismo brasileiro, em número de habitantes e negócios digitais realizados, bem como do alto número de companhias alocadas no país, dos mais variados segmentos, aí incluídos setores financeiro e de saúde, alvos preferidos de organizações criminosas”, comenta Henrique Rocha, sócio do Peck Advogados.
A saída para melhorar este cenário, na visão do advogado especializado em Direito Digital, é investir cada vez mais em sistemas, especialmente quando os números da pesquisa comprovam a eficácia de sistemas de defesa digital. “É um caminho perene e irreversível”, ressalta.
Embora o relatório não possa concluir o universo total de ataques, indica que o país segue sendo um alvo preferencial de quadrilhas digitais e que, portanto, as empresas devem manter suas defesas cibernéticas e de governança sempre atualizadas, realizando treinamentos e investindo em conscientização de seus empregados e parceiros de negócios.
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