Abril recebe o
laço lilás como forma de alertar para esse tipo de tumor raro, que pode ser
fatal ou deixar sequelas graves se negligenciado
Um tumor raro, mas que apresenta grandes chances de
cura quando diagnosticado precocemente. Não é à toa que o câncer de testículo é
considerado por muitos um tumor “bonzinho”. No entanto, é preciso ter atenção
aos sintomas que podem identificar a doença, que pode matar ou deixar sequelas
para a vida toda, se não for tratado corretamente desde o início. O
câncer de testículo representa cerca de 5% de todos os casos de cânceres em
homens e se apresenta de diferentes formas: seminoma, carcinoma embrionário,
teratoma, tumor de saco vitelino. Esse tipo de tumor é mais comum em homens
jovens, entre os 20 e 30 anos. E, nessa faixa etária, outras doenças benignas,
como inflamações ou torções de testículo são muito mais comuns.
Os sintomas podem ser muito vagos, leves e de
progressão lenta, o que pode atrasar o diagnóstico, como explica o oncologista
Vinícius Conceição. “Podem começar com um pequeno incômodo em um dos
testículos, aumento de tamanho e volume, sensação de peso. A dor, geralmente,
não é muito comum e, quando acontece, costuma ser de fraca a moderada
intensidade”, reforça o médico.
Os cânceres de testículo não são tumores
preveníveis, por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Exames de
imagem, como ultrassom da bolsa escrotal e exames de sangue, que podem mostrar
aumento de proteínas que são produzidas por células tumorais, são algumas das
formas de identificação do tumor, mas o diagnóstico definitivo é dado pela
análise direta do testículo doente pelo patologista, após cirurgia. “Outros
tratamentos podem ser necessários, em alguns casos, como quimioterapia e radioterapia,
principalmente se o tumor já tiver se espalhado para outros órgãos”, explica o
oncologista.
Embora as chances de cura sejam altas, o
tratamento, muitas vezes feito por quimioterapia, pode trazer sequelas como a
infertilidade. Em alguns casos, o tratamento está associado à necessidade da
retirada de um dos testículos. “Por isso, os pacientes precisam ser sempre
orientados sobre esses riscos e, quando desejarem, fazer o congelamento de
espermatozoides, para uma possível fertilização in vitro no futuro, já que a
população mais atingida é a de homens na faixa dos 20 e 30 anos, que ainda não
tiveram filhos”, explica o oncologista Vinícius Conceição.
O mês de abril é reconhecido como o Abril Lilás,
para a conscientização do câncer de testículo. Sendo assim, é importante
reforçar os cuidados com a saúde dos homens desde a puberdade. Visitas ao
hebiatra, médico que trata da saúde dos adolescentes, acompanhadas de exames de
rotina são sempre bem-vindas.
www.sonhe.med.br
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