Terapia Ocupacional
funciona como aliada na autonomia dos que sofrem com essa e outras doenças
Michael Fox, Eduardo Dussek, Ozzy Osbourne e Neil
Diamond. Além da fama, os atores e cantores citados têm algo mais em comum:
Parkinson. Nos últimos anos, a lista aumentou e o assunto ganhou destaque após
a jornalista Renata Capucci, de 49 anos, admitir publicamente que tem a doença.
Ela entrou para o grupo de aproximadamente 200 mil pessoas que vivem com a
enfermidade no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o
aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, o número pode
dobrar até 2040.
É por isso que o Dia Mundial de Conscientização da
Doença de Parkinson, comemorado no dia 11 de abril, se torna ainda mais
relevante ao chamar a atenção para a doença, que é a segunda patologia
degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente
no mundo, atrás apenas da Doença de Alzheimer. E uma das alternativas é
auxiliar o paciente a manter sua autonomia o máximo possível, por meio da
Terapia Ocupacional.
“A TO auxilia a preservar a independência do
paciente”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Cristina, que tem mais de 30
anos de experiência no tratamento e reabilitação de pacientes.
Como preservar a autonomia do paciente com
Parkinson
A principal causa da doença de Parkinson é a morte
das células do cérebro, em especial da área responsável pela produção de
dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os
movimentos. Os principais sintomas são motores, como lentidão, tremor, rigidez
muscular, desequilíbrio. Ou seja, a doença afeta a autonomia dos movimentos e,
consequentemente, as atividades diárias do paciente, como se vestir, se
alimentar e cuidar da própria higiene.
“São pacientes que viveram a sua vida motora normal
e, ao longo da doença, vão perdendo essa independência. O que fazemos é
preservar a autonomia não só nas atividades propostas dentro do consultório,
mas também na rotina da casa”, afirma Syomara. Segundo a terapeuta, muitas
vezes é necessário um trabalho conjunto com os familiares e cuidadores para
melhorar as condições do local onde o paciente mora e evitar riscos.
“Modificações como antiderrapante nos pratos e alterações no mobiliário fazem
diferença”, exemplifica.
Assim como nas demais doenças degenerativas, é
preciso ter paciência, e a terapia, muitas vezes, deve se estender a quem
acompanha o paciente diariamente. “É um paciente que requer muita calma. Os
familiares precisam entender que ele não cai porque quer, ele não é lento
porque quer. Tudo isso é em decorrência da doença”, destaca.
A primeira abordagem da Terapia Ocupacional é saber
o que mais incomoda o paciente no processo de enfrentamento da enfermidade e, a
partir disso, propor melhorias. “Quanto mais autonomia esse paciente tiver,
menos ele vai apresentar demência e depressão”, finaliza.
Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 33 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no
tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com
lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e
juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath,
Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de
Membro Superior-Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética
Motora entre outros.
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