Nos últimos dois
anos, doença já causou mais de 47 mil mortes, porém com diagnóstico precoce as
chances de cura chegam a 90%
Segundo o Ministério da Saúde, 31% dos homens não realizam exames de rotina e não descobrem a doença no estágio inicial Divulgação |
Mais de 47 mil óbitos foram registrados por câncer
de próstata entre 2019 a 2021, conforme o sistema de informação sobre
mortalidade do Ministério da Saúde. No ano passado 16 mil homens morreram em
consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. Para
alertar sobre os riscos e estimular os cuidados com a saúde do homem, a Prati-Donaduzzi,
que é referência na produção de medicamentos no Brasil, adere mais uma vez à
campanha Novembro Azul e promove ações de conscientização sobre a
doença.
“Somos uma empresa que promove saúde e bem-estar,
principalmente para os nossos colaboradores. Durante este mês, estaremos
trazendo orientações sobre o tema, juntamente com os profissionais da Unimed no
ônibus da saúde. Além disso, serão realizadas atividades de orientação a saúde,
aferição de pressão e liberação de guia para o exame de PSA para os homens
acima de 40 anos”, contou o enfermeiro do Trabalho Saúde Ocupacional da
Prati-Donaduzzi, Jonathan Calgaro Presa.
Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente
não apresenta sintomas, e muitas vezes é detectado apenas através dos exames
PSA ou toque retal. Por isso, independente do surgimento dos sintomas é
importante que o homem crie o hábito de realizar os exames de rotina.
“O exame de sangue PSA pode ser recomendado a
partir dos 50 anos, ou mais cedo para aqueles que têm histórico familiar da
doença. Já nos casos mais avançados, o paciente pode apresentar dificuldade
para urinar, micção frequentes, dores durante a relação sexual, disfunção
erétil, presença de sangue na urina e dores pélvicas ou ósseas”, alertou a
oncologista clínica, Dra. Aline Bobato Lara.
Câncer de próstata tem até 90%
de chance de cura
Ainda de acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde,
cerca de 31% dos homens não costumam ir ao médico rotineiramente e,
consequentemente, não descobrem a doença no início, quando as chances de cura
chegam a 90%. “Hoje ainda existe uma resistência dos homens em realizar os
exames de rastreamento, principalmente pelo receio e medo em procurar um
urologista, eventualmente encontrar alguma alteração. Vale lembrar, que estes
exames são fundamentais para um diagnóstico precoce do câncer de próstata, e
que o toque retal não é um exame doloroso, ele é rápido e auxilia na
identificação de lesões iniciais”, orientou.
A médica explica como as pessoas podem incentivar
seus parceiros realizarem o check-up anualmente. “Nós sabemos que as mulheres
se cuidam mais do que o homens, principalmente no mês dedicado para conscientização
do câncer de mama, o Outubro Rosa. Mas em seguida vem o Novembro Azul, que é um
movimento para lembrar da importância dos cuidados com a saúde do homem. É
fundamental que esse autocuidado se estenda para os próximos meses do ano”,
conclui.
O tratamento do câncer de próstata dependerá do
estadiamento da doença. Isso quer dizer que, nas fases mais iniciais, os
procedimentos podem incluir: radioterapia, algumas vezes associadas ao bloqueio
hormonal da testosterona, além de cirurgia para retirada da próstata. Em casos
iniciais, podem ser realizados apenas o acompanhamento com exames, que é
chamado de vigilância ativa, pela baixa agressividade do tumor. Já nos
avançados com metástases, podem ser inseridas a terapia sistêmica com bloqueio
hormonal da testosterona, quimioterapia, ou outras modalidades.
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