Envelhecer é um processo natural que faz parte do ciclo da vida, é uma fase conhecida pelo acúmulo de experiências e vivências, porém, quando falamos a respeito do mundo digital não podemos dizer o mesmo. De acordo com uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgada neste ano, a tentativa de golpes financeiros digitais contra idosos aumentou 60% durante a pandemia. A maior parte dessas ações incluiu o pedido para que os correntistas com mais idade fornecessem informações pessoais, como senhas, números de previdência social e outros dados confidenciais.
Esse tem sido um problema grave, à medida que aumentamos o uso de canais
digitais desde o início da pandemia para a realização de serviços financeiros.
Nesse contexto, os consumidores mais velhos são
considerados uma população mais vulnerável, ao mesmo tempo que são conhecidos
por ter melhor crédito e mais “fundos”, além de, em sua maioria, não estar
familiarizados com as novas tecnologias digitais. Por todos esses motivos são
os alvos “prediletos” dos cibercriminosos.
O risco de fraude entre as populações com mais
idade é tão alto que os clientes genuínos sofrem as consequências, forçados a
navegar pelas camadas extras de segurança que as instituições financeiras
adicionaram. Chegamos ao ponto em que os clientes genuínos estão ficando “fartos”
e, consequentemente, não mantêm sua mobilidade financeira no processo, o que
equivale a oportunidades perdidas para consumidores, além de negócios perdidos
para instituições financeiras.
Felizmente, existe uma forma de ajudar essas
instituições a combater fraudes e proteger clientes vulneráveis: o
comportamento humano. Trata-se de uma característica exclusiva de um indivíduo,
impossível de copiar ou roubar. À medida que envelhecemos, nosso comportamento
muda. Sabe-se que as pessoas desaceleram significativamente o ritmo de suas
atividades entre 35 e 75 anos de idade.
O comportamento digital faz parte de quem você é,
tanto quanto a maneira como anda ou como se senta em uma cadeira – não se pode
copiar isso de um pedaço de papel. Ninguém pode fingir a maneira que
segura seu celular ou replicar seus padrões de digitação em milissegundos. A
maneira como se move está sempre com você: ela muda lentamente e não é algo
possível de esquecer. Embora esse tipo de comportamento por si só não indique a
idade, quando coletado e analisado em tempo real, pode ser um indicador
adicional para verificar se alguém que solicita uma nova conta ou cartão de
crédito está realmente dentro da faixa etária que afirma estar.
Assim sendo, a tecnologia de biometria
comportamental permite atender e proteger os usuários em todas as fases da vida
de uma instituição financeira que cada vez mais está tomando medidas extras
para defender seus clientes mais antigos de forma a permitir que operem sem
serem vítimas de fraudes e com o menor atrito possível.
Por fim, as soluções de prevenção de fraudes que
aproveitam a biometria comportamental e a análise de idade estão rapidamente se
tornando obrigatórias, oferecendo um nível de proteção mais elevado e
efetivo.
Cassiano Cavalcanti - diretor de pré-vendas da
BioCatch para América Latina
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