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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Meningite: médico alerta para os sinais em crianças

Meningite meningocócica é uma das causas mais frequentes na população pediátrica

 

Se o seu filho apresentar febre, moleira abaulada no caso dos lactentes, dor de cabeça persistente, rigidez da nuca e alteração do estado mental, cuidado! esses são alguns dos sinais da meningite”, alerta Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico, chamando atenção para o prevenção de algumas formas de meningite através da vacinação: em crianças menores de 2 anos (tipo B, tipo C conjugada) e, na população geral (meningo A e C).


As meningites bacterianas podem deixar sequelas graves em cerca de 1/3 dos indivíduos afetados. Dentre elas  estão a epilepsia, deficiência auditiva e o atraso neuropsicomotor.


A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso central e pode ser infecciosa ou não infecciosa. As meningites infecciosas são mais frequentes e podem ser causadas por vírus, bactérias e fungos, e o tratamento consiste no uso de antibióticos ou antivirais. O tratamento terapêutico imediato é fundamental para a redução da mortalidade e a gravidade das sequelas.


Já as meningites não infecciosas são causadas por traumatismos, hemorragias, tumores, irritação química, entre outros. “A cirurgia só é indicada nas meningites não infecciosas quando há acúmulo de líquido ou abcesso, ou outro tipo de complicação, são casos excepcionais. De modo geral, o tratamento é feito com corticosteroides”, comenta Dr. Ricardo.


A meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis é uma das causas mais frequentes na população pediátrica, podendo ter consequências muito graves se não tratada em tempo hábil. A sua transmissão é feita de pessoa a pessoa, através de secreções respiratórias como espirro, tosse e outras formas de contato próximo.


O isolamento de contato (gotículas e secreções) está indicado após o diagnóstico de meningite causada pelo meningococco e haemophilus influenzae tipo B até 24h após a administração de antibióticos.

“Adultos e crianças podem apresentar os mesmos sintomas: dor de cabeça persistente, rigidez da nuca, irritabilidade, febre, prostração, crise convulsiva, entre outros. A vacinação é ainda a melhor forma de prevenção contra os casos graves de meningite infecciosa”, finaliza o médico. 

 

Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

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