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Muitos
profissionais e até líderes desempenham um papel negativo dentro da equipe
O comportamento tóxico no ambiente de trabalho pode
gerar muitos problemas para a empresa, e para os seus colaboradores. Segundo
uma pesquisa realizada pela Harvard Business School, 50% dos profissionais
relataram terem diminuído o empenho, de forma natural, por conta de
comportamentos tóxicos no ambiente de trabalho. Além disso, 38% afirmam ter
reduzido intencionalmente a qualidade de suas tarefas por este mesmo motivo.
Esses dados mostram como a gestão pode ser
importante para gerar um ambiente saudável a todos. E o zelo pela saúde mental
é algo que pode estar diretamente ligado ao desempenho do time de
colaboradores.
Para o consultor estratégico Daniel Alves, da NID
Consultoria, um ambiente tóxico influencia diretamente na performance da
equipe. O ambiente tóxico impacta no desempenho e nos compromissos diários. Por
exemplo, você dificilmente verá um time fazer mais do que o básico, caso o
local de trabalho seja tóxico.
Identificando comportamentos tóxicos
Levando isso em conta, vamos discorrer sobre o
assunto e refletir sobre quais os problemas que estão ligados a isso. Alguns
perfis que se encaixam em pessoas que exercem um comportamento tóxico no
ambiente de trabalho são:
Muitas e muitas reclamações
Um colaborador que reclama demais desempenha uma
função negativa para a equipe como um todo. Isso desmotiva os outros
colaboradores e traz um efeito ruim para a equipe. O que diminui o desempenho
de todo mundo e pode gerar infelicidade – já que nada pode satisfazer esta
pessoa e sempre vai encontrar defeitos em tudo.
Procrastinação sem limites
O profissional que sempre deixa tudo para última
hora e sempre atrasa a entrega dos serviços. Isso resulta muitas vezes em um
problema em cadeia – especialmente se alguns processos dependem dessa pessoa
para funcionarem. Esse comportamento tóxico pode gerar efeitos cascata para
outros colaboradores e prejudicar a própria pessoa no mercado de trabalho.
Arrogância
A pessoa que pensa que sabe tudo, mas não da
maneira saudável, que ajuda os outros, desempenha um papel agregador e traz
críticas e processos construtivos. O arrogante é ao contrário, ele pode se
achar superior aos outros, e procura não compartilhar os seus aprendizados.
Fofocas e intrigas
A vida alheia não é algo que se manipule. Nem mesmo
para ser de conhecimento público. Alguém que dedica seu tempo a falar sobre os
outros, poderia dedicar mais para o trabalho e para ajudar a equipe. Este tipo
de comportamento tóxico pode inclusive gerar intrigas entre colaboradores.
Falta de gentileza
Gentileza gera gentileza. E o contrário também é
verdadeiro. Um profissional que não preza pelo respeito e pela amizade não será
um agregador positivo na equipe. E alguém rude pode trazer problemas para
muitos processos dentro da organização.
Como identificar um ambiente tóxico
Há maneiras de identificar quando o ambiente do
trabalho é tóxico. Alguns sinais disso podem ser bem evidentes. São eles:
Influência negativa ou negligência por parte dos
líderes
É muito importante os líderes manterem o bom tom e
trabalhar em prol da equipe como um todo. Se o gestor exerce uma influência
negativa ou negligência no fluxo de trabalho, pode colocar em risco toda a
cadeia de produtividade.
Problemas de relacionamento e desentendimentos
Discussões, desentendimentos costumam ser um dos
problemas primários para identificar um ambiente ruim para trabalhar. Isso pode
ser gerado por diversos fatores. Desde uma liderança fraca ou possivelmente
tóxica, até mesmo por colaboradores que exercem uma função negativa na equipe.
Profissionais pouco engajados
Um ambiente tóxico pode acarretar profissionais que
não dão tudo de si. E que se mostram poucos engajados ao serviço que devem
desempenhar. Tanto outros colaboradores quanto à gestão podem desencadear uma
reação como essa nos colaboradores.
Daniel Alves aponta que o primeiro — e mais
importante passo — é identificar a causa do ambiente tóxico. “O mais frequente
é que seja um conjunto de coisas, como líderes despreparados, falta de
estrutura de trabalho ou exigências excessivas. Depois, corrigir ou eliminar essas
imperfeições”, sugere o consultor.
Alta rotatividade dos colaboradores
Quando a situação não é favorável, as coisas vão se
desgastando. Finalmente, fica insuportável a ponto de o profissional deixar a
empresa. Quando isso é ignorado pelos líderes, a tendência é que cada vez mais
profissionais deixem a empresa. E isso gera uma alta rotatividade. E a empresa
pode perder muitos talentos importantes.
Com base em sua experiência e uma rotina como
especialista em processos na NID Consultoria, atendendo empresas de variados
portes em todo o Brasil, Daniel identifica que uma equipe mentalmente saudável
torna-se mais produtiva, mais alegre e, consequentemente, melhora o ambiente de
trabalho.
“Esses três fatores já são suficientes para que os
gestores entendam a importância de pensar na saúde mental da sua equipe. Vale
lembrar que um ambiente que prejudica a saúde mental de seus colaboradores, e
não se preocupa com ela, tem muito mais dificuldades de reter e atrair
talentos. Ou seja, as pessoas não pensarão duas vezes em deixar a sua empresa,
além disso prejudicará a imagem dela no mercado. Sem talentos, fica impossível
se desenvolver”, ressalta o consultor.
10 Dicas para promover ações voltadas para a saúde
mental no trabalho
- Disponibilize
e fomente o fortalecimento sadio de um canal de feedback
- Ofereça
benefícios relacionados ao bem-estar
- Treine
suas lideranças
- Apoie
seus colaboradores
- Promova
e incentive atividades físicas
- Incentive
a interação entre as equipes
- Realize
eventos voltados para a saúde mental, como aulas de yoga, alongamento e
filantropia
- Aposte
na readequação do trabalho, para aproveitar melhor o talento dos seus
colaboradores
- Ofereça
um espaço seguro para o erro nos processos de inovação
- Avalie
os resultados das ações implementadas e melhore suas ações
“A falta de cuidado da empresa com a saúde mental no trabalho, poderá ocasionar prejuízos na organização, entre eles: aumento de perda de dias de trabalho, aumento no número de licenças, aumento no diagnóstico de depressão, ansiedade e estresse, elevação do burnout, redução dos ganhos da empresa etc”, finaliza Daniel Alves.
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