Nádia
Moya, assessora pedagógica da Matific Brasil, propõe uma ciência exata lúdica e
participativa para um aprendizado mais divertido e engajador
“A matemática, por muito
tempo, foi tratada como uma simples transmissão de conhecimento, ainda é em
alguns planos pedagógicos. O professor fala enquanto o aluno escuta e decora, mecanicamente,
fórmulas e técnicas”, diz Nádia Moya, assessora pedagógica da Matific Brasil,
uma plataforma que ensina essa ciência exata por meio de jogos pedagógicos.
Segundo Moya, o
aprendizado metódico e baseado na repetitiva resolução de exercícios contribui
bastante para que os alunos não gostem da matéria e, inclusive, a temam.
Pensando nisso, ela dá cinco dicas de como tornar a matemática mais atraente
para as crianças.
Utilizar as ferramentas
disponíveis
Para despertar o interesse
do estudante, os educadores devem levar uma matemática mais lúdica. De acordo
com Nádia Moya, a melhor forma de fazer isso é utilizando diferentes recursos
para tornar o aprendizado mais profundo e convidativo, podendo-se trazer
gráficos, vídeos, músicas e diferentes jogos para a sala de aula.
Introduzir a tecnologia
nas atividades também é importante, uma vez que ela faz parte do dia a dia dos
jovens e, por meio dela, eles são capazes de exercitar outros saberes, como a
lógica e o raciocínio. Assim, é possível facilitar a ensino-aprendizagem da
ciência exata, pois essa se aproxima da realidade desse público.
Contextualizar e personalizar o aprendizad
Oferecer exemplos e
problematizações para ensinar conceitos matemáticos contextualiza o conhecimento,
além de ser uma ótima forma de tornar a disciplina mais familiar para as
crianças. Ao utilizar situações personalizadas, como algum evento realizado na
escola e datas comemorativas, construímos um sentido àquilo que está sendo
aprendido.
“Apresentar
situações-problema também é um excelente modo de os estudantes se reconhecerem
como parte daquela situação, possibilitando a criação de relações entre o que
aprendem e a realidade. Assim, os conceitos matemáticos são trabalhados de
maneira crítica e criativa”.
Estimular a participação
do aluno no aprendizado
Quando permitimos que a
criança entre em ação, raciocinando e tendo contato com o conteúdo de maneira
orgânica e natural, possibilitamos um processo pedagógico participativo e
reflexivo. Para Moya, fazer uso de jogos online é uma excelente forma de
colocar isso em prática de forma divertida e descontraída.
Segundo ela, esses games trazem uma
disciplina não-punitiva, sendo que a criança é encorajada a se desafiar e a
aprender pela auto superação. No universo do jogo, o erro não leva à
desistência, mas a novas tentativas. A persistência, então, proporciona um
aprendizado gradual e que respeita o ritmo de cada educando.
Protagonismo e autonomia
Estimular o protagonismo
do jovem também faz com que ele se sinta incluído em seu processo de
aprendizado, tornando-o mais interessante. “Um percurso possível é proporcionar
situações nas quais o aluno prepara problemas matemáticos para seus colegas
resolverem. Com isso, a autonomia e o domínio do conteúdo são amplificados, uma
vez que, para transmitir o conhecimento, ele precisa compreendê-lo”, sugere a
assessora pedagógica.
Outro modo de dar
protagonismo à criança é deixá-la compartilhar o que aprendeu. Os pais ou
responsáveis podem estimular isso, motivando depoimentos sobre o que foi
ensinado em sala de aula. Além disso, os estudantes podem compartilhar jogos
que aprenderam na escola, brincando com amigos e familiares e colocando seu
aprendizado em prática
Matemática no cotidiano
doméstico
Os familiares também
podem incentivar o gosto pela matemática, introduzindo conceitos da rotina
familiar à realidade do educando – por exemplo, a relação entre regras de três
e as compras semanais de mantimentos ou de porcentagem versus inflação. “A
matemática está em tudo, logo, eles devem trazer esse mundo da matemática para
conversas e atividades do cotidiano”, propõe Nádia Moya.
Ela também indica
exemplos de como utilizar números no dia a dia: “os pais podem trazer
comparações ao contexto das crianças, indicando como os conceitos se aplicam às
atividades cotidianas, ao ambiente doméstico e, até mesmo, ao seu corpo – com
peso, altura, número dos calçados e das roupas”.
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