terça-feira, 31 de maio de 2022

Não se engane: fumar qualquer tipo de cigarro faz muito mal à saúde

NCM AMRIGS
No dia 31 de maio: Dia Mundial sem Tabaco, AMRIGS alerta para riscos de inovações da indústria tabagista, mas que fazem tão mal quanto o cigarro tradicional

 

O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da nicotina e que, há muito tempo, vem sendo combatida pelos médicos. Apesar de haver muito trabalho no esforço de conscientização por entidades médicas e profissionais, há uma nova preocupação no cenário atual que é o cigarro eletrônico, que vem sendo amplamente usado, especialmente por jovens e que acabam servindo como porta de entrada para o fumo tradicional.

Segundo artigo feito por pesquisadores da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional. Pelo menos 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil, ou seja, 19,7%

“A diferença é que no cigarro eletrônico a nicotina é volatilizada enquanto no cigarro tradicional há a queima, feita por combustão. Porém em ambos os casos acontece a absorção da nicotina que vai trazer malefícios. O cigarro eletrônico está proibido no Brasil. Porém, é facilmente encontrado e percebemos um número muito grande de jovens aderindo, o que nos preocupa muito. E não se enganem: o aroma mais agradável não impede a ação da nicotina sobre nosso organismo”, alertou o médico cirurgião oncológico, diretor de comunicação da AMRIGS, Marcos André dos Santos.

As sociedades médicas brasileiras esperam que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decida ainda este ano manter proibida a importação e venda de cigarros eletrônicos no Brasil. Em 2009, a agência publicou resolução proibindo os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), que agora passam por processo de discussão e atualização de informações técnicas.

A AMB, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), têm se unido em torno da proibição do comércio dos cigarros eletrônicos. Essas entidades alertaram a Anvisa sobre os prejuízos desse aparelho e têm lutado contra a informação falsa dos fabricantes, que afirmam que o cigarro eletrônico é alternativa mais saudável ao cigarro convencional.

Esse tipo de cigarro, chamado de vapers pelos fabricantes, na intenção de associar à figura do cigarro, contém uma série de substâncias nocivas e cancerígenas. Eles trazem, em sua composição, substâncias como nicotina, propilenoglicol e glicerol, ambos irritantes crônicos; acetona, etilenoglicol, formaldeído, entre outros produtos cancerígenas e metais pesados (níquel, chumbo, cádmio, ferro, sódio e alumínio). Para atrair consumidores, são incluídos aditivos e aromatizantes como tabaco, mentol, chocolate, café e álcool.

“Todos nós sabemos os malefícios que o tabagismo causa à nossa saúde. O cigarro, independente de sua característica, é um fator promotor de tumores malignos. Entre os mais comuns estão o câncer de boca e de laringe. Além disso, causa uma série de complicações pulmonares como enfisema pulmonar e doenças cardíacas. Portanto, estamos falando de um sério problema de saúde pública”, finalizou.


Orientação para quem quer parar de fumar

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), em parceria com a Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul, reforça algumas orientações para quem está tentando parar de fumar. Os sintomas de abstinência do cigarro são transitórios e passageiros. A síndrome de abstinência da nicotina é um sinal de que o organismo está voltando a funcionar normalmente.

Você poderá sentir dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, alteração do sono e aumento de apetite. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a intensidade dos sintomas de ficar sem o cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando também o nível de dependência. Mas eles passam e são parte do caminho na luta de quem quer parar de fumar.

Dicas do INCA para lidar com a síndrome de abstinência:

🚭 Não ter cigarro em casa;

🚭 Evitar álcool e café;

🚭 Fazer exercícios e se alimentar bem;

🚭 Pensar nos benefícios.

Ao parar de fumar, os benefícios à saúde são quase imediatos, conforme explicado pelo INCA:

Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.

Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.

Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.

Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.

Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.

Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.

Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Escolha uma melhor qualidade de vida! Diga NÃO ao tabaco 🚭

 

 Marcelo Matusiak


Cigarro Eletrônico: Porquê o famoso “vape” prejudica sua saúde?

Recentemente a rapper e cantora norte-americana Doja Cat comunicou em suas redes sociais o cancelamento de seus próximos shows, após precisar realizar uma cirurgia nas amígdalas por causa de uso excessivo de cigarro eletrônico. "O doutor teve que cortar minha amígdala esquerda. Eu tinha um abcesso nela. Minha garganta inteira está f***, então talvez eu tenha algumas más notícias para vocês em breve" relatou a cantora.

Doja Cat afirmou que a inflamação foi potencializada pelo uso excessivo de cigarro eletrônico que, segundo ela, é um vício. 

Os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como “Vapes” possuem uma série de substâncias em sua composição que provocam danos à saúde. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as substâncias podem provocar efizema pulmonar, além de câncer e problemas do coração.

O cigarro eletrônico ganhou muita popularidade entre os fumantes, com a falsa pretensão de que seria menos nocivo à saúde, por conter menor quantidade de nicotina. E que inclusive ajudaria a reduzir, e até mesmo acabar de vez, com o consumo dos cigarros normais. Mas isso tudo não passa de mito. 

Segundo a cirurgiã dentista e especialista em halitose Dra. Bruna Conde, além de prejudicial à saúde, existe uma série de riscos e danos que o famoso “vape” pode causar na boca e nos dentes. O cigarro eletrônico interfere, por exemplo, nas substâncias presentes na cavidade bucal, podendo causar inflamação nas gengivas. “Se ilude quem acha que o cigarro não faz tanto mal. Na verdade os malefícios do cigarro eletrônico são os mesmos comparados aos do cigarro tradicional, fora os problemas que o uso do vape pode trazer para os dentes” argumenta a cirurgiã dentista. 

Inflamação na gengiva, abscessos, perda dos dentes e perda óssea estão entre as doenças periodontais que mais se relacionam com o uso de cigarros eletrônicos. O dano inicial mais comum causado pelo vape é o mau hálito, o acessório tem nicotina, que pode alterar os odores na cavidade bucal, isso combinando com uma má higiene pode contribuir com o mau hálito, como explica a Dra Bruna que é cirurgiã dentista e especialista em halitose: “ Essa combinação de escovar e higienizar de forma incorreta ou insuficiente mais o cigarro pode piorar o hálito consideravelmente, tornando-o desagradável, e nesses casos mascar chiclete não adianta nada, a única saída é o acompanhamento de um profissional capacitado”. 

Outro problema que pode surgir com o consumo do cigarro eletrônico, é a retração gengival. De acordo com a especialista: “O tabaco e a nicotina reduzem o fluxo sanguíneo, consequentemente diminui a quantidade de nutrientes que as gengivas precisam para se manterem saudáveis. Com isso os tecidos acabam danificados, junto com hábitos e estilo de vida não saudáveis, pode levar à retração gengival. Essa retração deixa a raiz dos dentes exposta e extremamente sensível.”

Além de todas essas complicações, a Dra. Bruna Conde também chama a atenção para um problema que é comum para quem fuma: o escurecimento da gengiva e o amarelamento dos dentes. Esteticamente causa incômodo e desconforto ao paciente. “As substâncias presentes na fumaça do vape, se acumulam nas superfícies dos dentes e aderem ao esmalte, resultando no escurecimento da coloração que não sai na escovação” diz. “Isso tudo sem falar que a nicotina estimula a produção de melanina, que é responsável pelo surgimento das manchas escuras nas gengivas.” complementa Bruna. 

Vale ressaltar que o cigarro eletrônico pode levar a um dos maiores pesadelos quando falamos em doenças periodontais, o acúmulo de placas bacterianas. “Esse problema pode ocorrer em qualquer pessoa que não realiza adequadamente uma higienização bucal, porém os fumantes possuem riscos maiores de desenvolver essas doenças, pois as substâncias do cigarro eletrônico alteram o ph de toda cavidade bucal, a boca fica mais seca, porque a nicotina diminui a produção de saliva”. explica a Dra. Bruna Conte. Entre as consequências da falta de salivação da boca, inclui o risco do surgimento de cáries. A mucosa bucal fica mais sensível, podendo causar feridas na boca, nos lábios e fissuras na língua, ocasionando dificuldade para mastigar e higienização. 

As consequências da falta de tratamento para as doenças periodontais pode levar à perda de dentes e mais complicações. “Por isso, é importante se atentar e evitar que a situação chegue a esse ponto. É evidente a importância de visitas regulares a um dentista especializado que entenda do assunto. Não descuide da sua saúde bucal, ela diz muito sobre você”. finaliza a Dra. Bruna Conde. 

 

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.

CRO SP 102038


Maio Vermelho é o mês de conscientização da hepatite

Os tipos A e B podem ser evitados com a vacina


          O objetivo do Maio Vermelho é conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da hepatite. De acordo com o Ministério da Saúde, cansaço, febre, enjoo e dor abdominal são alguns dos sintomas causados pelas hepatites virais (tipos A, B e C), infecções que atingem o fígado e podem evoluir para sintomas graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,4 milhão de mortes por ano são causadas por complicações decorrentes dessas doenças no mundo.

          Para a coordenadora de Ciência, Inovação e Tecnologia do Laboratório São Paulo, Cláudia Assunção, manter o cartão de vacina sempre atualizado, desde a infância, é a melhor forma de se manter protegido. “Tomar todas as vacinas recomendadas para a faixa etária é a melhor opção para combater os vírus e se prevenir de doenças leves, moderadas e até as mais graves”, ressalta.

          O vírus da hepatite A está presente em águas ou alimentos lavados com águas contaminadas. Os sintomas são leves, como cansaço, tontura, dor na barriga, pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por meio de exames de rotina para avaliar o funcionamento do fígado, que fica inflamado. Contudo, a pessoa passa a ter restrições de doações de sangue e de leite materno.

          A melhor maneira de se proteger contra o vírus da hepatite A é tomar duas doses da vacina contra a doença. A imunização faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e a dose é aplicada nas crianças a partir dos 15 meses a cinco anos incompletos. Já a dose de reforço, que amplia a proteção, só está disponível na rede privada, como nas clínicas e laboratórios.

          Adolescentes e adultos só conseguem tomar na rede particular em duas doses com intervalo de seis meses entre uma aplicação e outra. Já os idosos devem buscar orientação médica para autorização da vacina. Já as grávidas não devem tomar a vacina, somente se realmente for necessário e se todos os benefícios e riscos tiverem sidos avaliados junto ao médico.



Hepatite B
          A população precisa também se prevenir contra a hepatite B, que vem do vírus B (HBV)é infecciosa e transmissível. A doença não apresenta sintomas na fase inicial, mas se evoluir pode provocar complicações com a necessidade de transplante, câncer de fígado ou a cirrose. Por isso, as pessoas precisam tomar alguns cuidados, pois a transmissão da hepatite B é por meio do sangue contaminado. É preciso evitar compartilhar materiais como agulha, seringa, lâmina de depilar, alicate de unha e não manter relações sexuais sem proteção com pessoa contaminada.

          Assim como a hepatite A, a melhor maneiro de se proteger contra a B é por meio da vacina.  Os recém-nascidos devem tomar a primeira dose nas primeiras 12 horas de nascido ou no máximo nos primeiros 30 dias. O reforço será com a vacina Pentavalente (hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e Haemophilusinfluenzae), que deve ser tomada em três doses com intervalo de 60 dias entre elas. Já as crianças a partir de cinco anos, que não tenham tomado a vacina da hepatite B, devem tomar três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 180 dias entre a primeira e a terceira dose.

          A hepatite C do vírus HCV não tem vacina, mas é possível fazer o tratamento e evitar complicações, cerca de 95% das pessoas infectadas são curadas. Com isso é preciso ter um cuidado maior e evitar o contagio por meio de sangue contaminado e não compartilhar objetos de higiene pessoal. A mulher também pode passar a hepatite C para o seu filho durante a gestação ou no parto.



Laboratório São Paulo


DIA MUNDIAL SEM TABACO

 Dermatologistas alertam: fumar faz mal à pele, cabelos e unhas


Além de prejuízos para o pulmão, o hábito de fumar pode causar manifestações na pele, unhas e couro cabeludo, alertam os dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), neste 31 de maio (Dia Mundial sem Tabaco). Essa posição ressalta a preocupação com os efeitos causados por uma prática que tem sido cada vez mais entendida como maléfica para a saúde.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a partir de pesquisa conduzida em 27 capitais brasileiras, o percentual de adultos fumantes chega a 9,1%, sendo maior no sexo masculino (11,8%) do que no feminino (6,7%). No total da população maior de 18 anos, essa frequência tende a ser menor entre os adultos jovens (antes dos 34 anos de idade) e aqueles com 65 anos e mais. Para alguns, esse índice é baixo, mas as estatísticas indicam que o tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo. Até 2030, pode ser a causa de 10% do total de óbitos globais.


Efeitos - O tabagismo é uma fonte de diversas e complexas toxinas, como a nicotina. Essas substâncias produzem diversos efeitos na pele, nos cabelos e nas unhas, muitos deles relacionados à presença de grande quantidade de radicais livres - moléculas instáveis que alteram o funcionamento das células do corpo humano - e decorrente da vasoconstrição - diminuição do aporte sanguíneo aos tecidos.

“O final desse processo será uma produção de colágeno deficitária, uma alteração na hidratação da pele, uma duração do colágeno reduzido e uma perda de elasticidade. Alguns trabalhos recentes também têm associado a presença da nicotina à piora da acne e da oleosidade pela constatação de receptores para a nicotina na unidade produtora do sebo (a glândula sebácea)”, explica Marco Dias da Rocha, professor da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Além de questões relacionadas ao colágeno, o hábito de fumar também provoca uma mudança da cor em diversas partes do corpo: as extremidades dos dedos; lábios, por conta da impregnação de determinadas toxinas, o que deixa também um quadro de palidez e escurecimento; e mudança da tonalidade dos dentes.

O especialista também chama a atenção para os riscos do cigarro eletrônico, que tem se tornado muito popular. “Ele também pode ter a molécula nicotina dentro dos diversos sabores que os usuários compram nas lojas, estando envolvida nos danos à pele, cabelos e unhas. Eles também podem levar a queimadura ao redor da boca, além de gerar alterações dentárias, gengivais e nos dedos”, diz Dias Rocha.


Cabelo - Já em relação ao couro cabeludo, há um envelhecimento também do cabelo, podendo ocorrer ainda canície precoce, alopecia androgenética ou afinamento progressivo dos fios. Isso acontece, pois, fumar leva à isquemia ou redução da vascularização do folículo piloso. Alguns trabalhos científicos mostram também que as fases do ciclo do fio se tornam mais curtas, fazendo com que o cabelo cresça mais fino e por menos tempo. Assim, o couro cabeludo fica mais rarefeito.

Outra questão é que os pacientes que possuem calvície ou alopecia androgenética e fumam têm uma pior resposta ao tratamento em virtude das alterações vasculares no couro cabeludo. A coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, Fabiane Brenner, explica ainda que o câncer de couro cabeludo é algo que pode ocorrer com mais frequência em pacientes que fumam.

“Trabalhos científicos apontam que existem mais de 4800 químicos no fumar e que isso pode ser tóxico para as células do folículo e podem induzir tumores foliculares com mais frequência. Como os danos ao couro cabeludo não menos visíveis, os pacientes que fumam precisam de um exame cuidadoso”, esclarece.


Cuidados - Mas os problemas não param por aí. Há ainda a questão de cicatrização, que é comprometida em virtude da maior dificuldade de regeneração da pele. Isso acaba prejudicando se o paciente quiser fazer algum procedimento estético invasivo, que tenha grandes cortes na pele. De acordo com a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD, Edileia Bagatin, não há, no entanto, nenhuma restrição para fazer procedimentos cosmiátricos não muito agressivos.

“A maior questão é: se o que incomoda o paciente são as rugas ao redor da boca e ele não parar de fumar, não adianta fazer nenhum procedimento, porque elas vão voltar. Assim, o paciente vai ter um insucesso ou pode até melhorar por um tempo, mas depois volta tudo. Se o aspecto da pele incomoda a pessoa, ela quer melhorar, ela pode fazer procedimento, mas ela tem que parar de fumar”, exemplifica a especialista.

Marco Rocha concorda e acrescenta que tratar da pele e hidratá-la garante oxidantes, e ajuda a combater os sinais do envelhecimento provocado pelo tabagismo, mas o mais importante é orientar o paciente a um programa de cessação de tabagismo.

“O dermatologista também pode ajudar no combate ao tabagismo. Ele pode fornecer as informações adequadas ao paciente sobre a possibilidade de cânceres até a questão do envelhecimento da pele, do desencadeamento da acne, da alteração de coloração dos tecidos. É importante para trazer para a população uma informação de consistência, que seja embasada e que possa ajudá-la a tomar o primeiro passo ou jamais começar o hábito de fumar”, conclui.


Junho Vermelho: Poupatempo de Itaquera recebe posto para doação de sangue

Ação é mais uma parceria com a Fundação Pró-Sangue para aumentar os estoques 

 

Para marcar o Dia Mundial do Doador de sangue, comemorado em 14 de junho, o Poupatempo de Itaquera disponibilizará estações de doação durante todo o mês. A iniciativa, em parceria com a Fundação Pró-Sangue, tem o objetivo de conscientizar sobre a importância de doar e incentivar o ato.   

“Cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. Por isso, oferecer mais uma vez a estrutura da nossa unidade em Itaquera para a campanha é motivo de grande orgulho para o Poupatempo. Esse gesto tão bonito e altruísta faz a diferença!”, diz Murilo Macedo, diretor da Prodesp – Empresa de Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo, que administra o Poupatempo.   

As coletas serão feitas por ordem de chegada, nas seguintes datas e horários:  

  • Segundas e Sextas: das 9h às 12h 
  • Terças, quartas e quintas: das 9h às 14h45  

 

Atenção para as exceções no final do mês:   

** Dias 27, 28 e 29/06 - das 9h às 12h 

** Dia 30/06 - das 9h às 14h45 

* Dias 16 e 17/06 – feriado de Corpus Christi, não haverá atendimento. 


Atualmente, as reservas da Fundação Pró-Sangue operam em condições de escassez e a participação da população é fundamental para aumento dos estoques e suprimento das necessidades. Os tipos O-, O+, B-, A- e AB- estão em situação crítica, garantindo o abastecimento dos hospitais por menos de um dia. O sangue A+ está em patamar de alerta (um dia). O sangue é fundamental para tratamentos e intervenções de urgência, e também para procedimentos médicos e cirúrgicos complexos.  

 
Requisitos básicos para doação de sangue  

 

  • Estar em boas condições de saúde.               
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, clique para ver documentos necessários e formulário de autorização).  
  • Pesar no mínimo 50kg.  
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).  
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).  
  • Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade ou cópia autenticada; Cartão de Identidade de Profissional Liberal; Carteira de Trabalho e Previdência Social; Carteira Nacional de Habilitação, digital ou física; RNE - Registro Nacional de Estrangeiro; Título de Eleitor Digital, desde que tenha a foto; e Passaporte brasileiro com filiação).  

     

Mais informações em: https://tinyurl.com/55hph3r6 

 

Serviço:   

Doação de sangue  

Local: Poupatempo de Itaquera, junto à Linha 3 – Vermelha do Metrô (
Avenida do Contorno, 60 - Itaquera - São Paulo – SP)  

Datas e horários: Segundas e Sextas: das 9h às 12h00 

Terças, quartas e quintas: das 9h às 14h45  

 

Atenção para as exceções no final do mês:   

** Dias 27, 28 e 29/06 - das 9h às 12h 

** Dia 30/06 - das 9h às 14h45 

* Dias 16 e 17/06 – feriado de Corpus Christi, não haverá atendimento. 


Com venda proibida no Brasil, cigarros eletrônicos atraem adolescentes e acendem alerta sobre os riscos à saúd

No Dia Mundial Sem Tabaco, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, chama atenção para complicações que substâncias nocivas presentes no dispositivo podem causar


Mais prático, com um formato mais moderno e oferecendo uma infinidade de sabores e aromas, que evita o incômodo do cigarro tradicional, especialmente em relação ao odor, os vaporizadores passaram a ser socialmente aceitáveis em diferentes ambientes e também tem ganhando cada vez mais espaço entre os jovens. O relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgado em abril deste ano, apresentou um levantamento sobre o uso de cigarros eletrônicos no país. Pelo menos um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil, ou seja, 19,7%.

Apesar do comércio do dispositivo ser proibido no Brasil desde 2009, adolescentes e jovens têm acesso fácil ao cigarro eletrônico por meio da comercialização na internet, no comércio informal ou na aquisição no exterior. Com um cheiro mais agradável e menos produção de fumaça, os vaporizadores – como também são chamados – passam a percepção de serem menos prejudiciais à saúde e não viciam. Os adolescentes podem começar a usar o cigarro eletrônico por curiosidade ou acreditando que ele pode ajudar a deixar o tabagismo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o mecanismo de funcionamento do cigarro eletrônico permite simular o ato de fumar um cigarro convencional, mas ao contrário desse, no qual a folha do tabaco é queimada, no cigarro eletrônico uma solução líquida é vaporizada para ser inalada. O líquido, que contém nicotina e outros produtos químicos, é aquecido com o uso de bateria. Pediatra e pneumologista do Hospital Pequeno Príncipe, Débora Chong explica que o aquecimento das substâncias produz compostos agressivos.

O vapor de nicotina gerado atinge as vias respiratórias da mesma forma que a fumaça do cigarro convencional, alcança os alvéolos e é absorvido sistemicamente sendo igualmente nocivo e viciante, levando à toxicidade crônica já conhecida. Já se comprovou que mesmo nos casos onde opta-se por não acrescer a nicotina, o vapor condensado inalado estimula a produção de substâncias químicas inflamatórias, afetando macrófagos alveolares. “Os problemas vão desde crises respiratórias a quadros de insuficiência respiratória aguda que precisam de internação em UTI”, conta a médica.

A especialista também desmitifica a ideia de que os cigarros eletrônicos podem ajudar as pessoas a pararem de fumar, lembrando que o uso do dispositivo na adolescência pode ser a porta de entrada para o tabagismo e colocando em xeque avanços no combate à dependência química da nicotina. Segundo ela, estudos mostram que o adolescente que começa a usar cigarro eletrônico tem maior chance de migrar para o cigarro convencional.

Mesmo dispositivos eletrônicos sem nicotina são viciantes, já que o vício de fumar não tem apenas origem química, mas principalmente psíquica. A pediatra alerta que é preciso estar atento aos adolescentes, por ser uma faixa etária muito suscetível. A curiosidade por experimentar novas sensações e a necessidade de afirmação no meio onde vivem são fatores que colaboram para que não ocorra redução dos índices de tabagismo nesse grupo. “Um adolescente já tem seu pulmão formado, mas é uma lástima ter um pulmão tão jovem lesionado. Além disso, quanto mais cedo a pessoa começa, mais tempo ela vai fumar e, consequentemente, terá mais tempo de exposição às substâncias nocivas e de lesão”, considera.

Narguilé

Outro dado inédito da pesquisa Covitel foi de uso de narguilé entre a população brasileira. O relatório mostrou que a taxa de experimentação de narguilé entre os jovens de 18 a 24 anos é de 17%. A médica do Pequeno Príncipe lembra que estudos já comprovaram que uma hora usando narguilé equivale a fumar 80 a 100 cigarros convencionais. Além disso, ela ressalta também outro risco do uso de narguilé durante a pandemia da COVID-19. “A possibilidade de contrair doenças que podem ser transmitidas por meio de gotículas de saliva já existia, por causa do compartilhamento, mas em relação ao coronavírus o risco é ainda maior”, finaliza.


Sem Tabaco

O Dia Mundial sem Tabaco – lembrado em 31 de maio – foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Todos os anos, nessa data, a OMS e seus parceiros celebram o Dia Mundial sem Tabaco (WNTD). A campanha anual é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre os malefícios do tabaco e desencorajar o uso da substância em qualquer forma.

 

Hospital Pequeno Príncipe


Especialistas alertam para a importância do check-up no cuidado com a saúde

Com a redução nos casos de Covid, médicos do Instituto Orizonti e da Oncomed relatam que muitos pacientes retomaram a rotina clínica


Com a melhoria dos indicadores da pandemia um assunto fundamental em relação aos cuidados com a saúde precisa ser reforçado. Trata-se da importância dos check-ups médicos. Esses exames, que devem ser considerados de rotina, são essenciais na prevenção de diversas doenças – inclusive câncer - e na manutenção da qualidade de vida de todas as pessoas. 

Uma pesquisa realizada pela empresa Ticket, de benefícios de refeição e alimentação, apontou que três em cada dez brasileiros deixaram de realizar check-ups ou consultas após o início da pandemia. Cerca de um terço dos pesquisados revelou ter diminuído as idas em consultas preventivas e 28% não compareceram a exames de prevenção. O principal argumento foi o receio da contaminação pelo coronavírus. 

Agora, com a queda nos casos de Covid, muitos pacientes estão colocando os exames clínicos em dia. A constatação é do cardiologista Estevão Lanna, que é coordenador de check-up do Instituto Orizonti, na capital mineira.  

“No início da pandemia, a insegurança e o medo de contaminação fizeram com que as pessoas evitassem ao máximo ir a pronto-atendimentos, consultórios, laboratórios e clínicas. Muita gente deixou de fazer acompanhamento de doenças que necessitavam de consultas periódicas (hipertensão arterial, diabetes, por exemplo) e outras tantas deixaram de se tratar. Mas agora, felizmente, estão voltando”, comemora o médico.

Cuidado nunca é demais - Com a retomada da rotina por parte dos pacientes, o cardiologista destaca entre os exames laboratoriais mais comuns - que auxiliam nos diagnósticos -, o hemograma (para anemia, alterações nos leucócitos e imunidade); perfil lipídico (para colesterol total e frações); avaliação da função renal (mede a capacidade de filtração dos rins e previne a necessidade de realizar hemodiálise, por exemplo); TSH (avaliação da tireóide); glicemia de jejum e hemoglobina  glicada (diagnóstico de diabetes) além do PSA (exame que diagnostica a possibilidade de câncer de próstata).

“Uma boa análise clínica é indispensável, com anamnese (história clínica) e exame físico completo, buscando avaliar o paciente como um todo. Também é recomendável a realização de uma avaliação cardiológica completa, com eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma, para identificar possíveis doenças cardiovasculares”, complementa.

Ainda conforme o médico, mais importante do que simplesmente realizar os exames é avaliar com um especialista os resultados e as condutas a serem tomadas a partir dos resultados. “Tratar os fatores de risco, mudar o estilo de vida, tomar as medicações eventualmente necessárias e reavaliar periodicamente são medidas essenciais para quem deseja manter a saúde em dia”, conclui.

Prevenção do câncer – Os check-ups também são relevantes na prevenção do câncer, principalmente para pessoas que têm histórico familiar da doença. “Esses procedimentos estão entre os que recomendamos justamente para reduzir a incidência do câncer. Ou seja, para aqueles pacientes que não têm a doença mas sabem a importância de estar em alerta”, explica o médico Leandro Ramos, oncologista da Oncomed, clínica especializada na prevenção e tratamento de câncer, também em Belo Horizonte.   

Ramos reforça que o grande objetivo dos check-ups, na oncologia, é fazer o diagnóstico de uma lesão pré-maligna (ou ainda benigna) antes dela se transformar em câncer. “Muitas vezes fazemos exames check-ups em pacientes sem sintomas ou queixas, mas a doença já está lá, imperceptível. É o caso da mamografia, por exemplo”, explica.

O especialista da Oncomed conclui lembrando que, a partir desse tipo de detecção precoce, o caminho para a cura se torna mais ágil e seguro. “Nunca é demais lembrar que o tipo de tratamento nessa fase é menos desgastante e com melhores resultados na comparação com diagnósticos tardios”, garante. 


Entenda como a ansiedade pode afetar a fertilidade de homens e mulheres

ShutterStock
Especialista destaca a importância do acompanhamento psicológico entre os casais que fazem tratamento de reprodução assistida

 

A ansiedade está entre os principais fatores que podem afetar a fertilidade de homens e mulheres, especialmente entre os casais que buscam nas técnicas de reprodução assistida a esperança para ter um filho. Mulheres com mais de 35 anos tendem a apresentar mais ansiedade nesses casos, já que a partir dessa idade a fertilidade feminina tende a diminuir, ao passo que o sucesso das técnicas de reprodução assistida variam entre 30% e 50%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

Para a psicóloga Vanessa Rocker, integrante da equipe multidisciplinar da Clínica. Ricardo Beck Reprodução Humana, a ansiedade pode ser intensificada nesse cenário, quando as incertezas entre os casais para os casais e o medo de não conseguirem ser pais falam mais alto. 

“A resposta ao processo de fertilidade, em linhas gerais, pode variar muito de pessoa para pessoa, porque estamos tratando das respostas diversas do corpo humano a qualquer intervenção médica. E se a ansiedade bate, as respostas do corpo podem mudar. Então, o receio do processo demorar muito, de ter de tentar várias vezes, o medo de não conseguir realizar o sonho de ser pai/mãe, o medo da dor, entre outros motivos, acabam sendo prejudiciais ao tratamento”, explica Vanessa.

O médico especialista em reprodução humana, Ricardo Beck, explica que a ansiedade durante o processo reprodutivo pode afetar a fertilidade tanto do homem quanto da mulher. “Nos homens, a ansiedade pode causar impotência sexual e ejaculação precoce, além de outros aspectos comportamentais como irritabilidade e isolamento. Já nas mulheres, a ansiedade pode alterar o ciclo menstrual e a ovulação, e afetar diretamente a autoconfiança e autoestima”, diz Beck.

 

A importância do acompanhamento psicológico 

O acompanhamento psicológico é essencial para reforçar que o processo reprodutivo tem etapas a cumprir, um tempo determinado a seguir e riscos de dar certo e não dar certo. A psicóloga afirma que o segredo é paciência, resiliência e estar seguro de que se tomou a decisão correta.  

“Se o risco de não dar certo assusta, um acompanhamento psicológico é fundamental para dar suporte durante o processo. Tem uma frase do teólogo inglês Charles Spurgeon que eu gosto muito. Ele diz que ‘a ansiedade não esvazia o sofrimento do amanhã, mas apenas esvazia a força do hoje’ e é exatamente isso que ela representa. Uma mente forte e positiva vai trazer benefícios para o tratamento como um todo. As chances de sucesso são sempre significativas e é nelas que o casal tem que se apoiar”, orienta Vanessa.  

Algumas atitudes simples também podem contribuir com o controle da ansiedade. Fazer uma caminhada matinal, ler um bom livro, sair com os amigos, conversar com pessoas de confiança e até mesmo com quem já passou por esta etapa podem aliviar a ansiedade.


Quedas de temperatura aumentam os riscos de AVC

 É preciso observar os sintomas e buscar atendimento médico emergencial 

 

O número de casos de AVC (acidente vascular cerebral) tende a aumentar em dias frios. “As quedas de temperaturas podem aumentar em até 20% as chances de a pessoa sofrer um AVC. O fato ocorre porque a sensação de frio eleva a pressão arterial, uma das principais causas do problema”, alerta o Dr. Gelson Koppe, médico neurorradiologista intervencionista e responsável pela equipe de Hemodinâmica do Hospital VITA, em Curitiba. 

O médico explica que para manter a temperatura do corpo, os vasos sanguíneos entram em vasoconstrição, ou seja, diminuem a concentração de sangue para evitar a perda de calor, resultando no aumento da pressão arterial sistêmica e propiciando problemas vasculares.

 

O Dr. Gelson conta que há dois tipos de AVC: o isquêmico (85% dos casos) é provocado pela obstrução dos vasos sanguíneos, e o hemorrágico (15% dos casos), ligado a quadros de hipertensão arterial que causa sangramento dentro do tecido cerebral. 

O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é o conjunto de sintomas decorrentes da falta de irrigação em determinada área do cérebro. O órgão utiliza 20 a 30% do volume sanguíneo do organismo, caso ele esteja privado do suprimento de sangue, aproximadamente dois milhões de neurônios morrem por minuto. 

Segundo o Dr. Gelson 90% dos casos podem ser evitados. “Portanto, quanto mais rápido o paciente chegar à emergência de um hospital que tenha equipe especializada para atendê-lo, maior será a possibilidade de minimizar as sequelas do AVCI.  Inclusive com reversão total dos déficits”, destaca o especialista. 

Em cada seis pessoas, uma corre o risco de ser acometida por AVCI. Sendo que 80% dos casos são de origem cardíaca, por fibrilação atrial ou outras doenças relacionadas ao coração. O restante dos casos são consequência do entupimento das artérias por placas de gordura (aterosclerose), ou ainda por doenças inflamatórias das paredes das artérias. 

Segundo o médico, todos estão sujeitos ao AVCI, mas a predisposição aumenta no decorrer da idade, principalmente após os 55 anos e está ligada a doenças prévias como diabetes, hipertensão arterial, tabagismo (25% dos casos), alteração das gorduras (formando placas de ateromas), sedentarismo, obesidade, uso de drogas ilícitas, alterações sanguíneas hereditárias. Em menor porcentagem estão os traumas em geral. 

Quanto ao AVC Hemorrágico, o Dr, Gelson explica que é quando uma artéria do cérebro se rompe e ocorre o extravasamento de sangue em meio ao tecido cerebral, ocupando, portanto, espaços não apropriados, causando muitas vezes compressão e inflamação do tecido cerebral ao seu redor.

 

Diagnóstico 

Para fazer o diagnóstico adequado, após ser examinado pelo médico da urgência/emergência, o primeiro exame é a tomografia e angiotomografia, onde se observa se já existe uma lesão definida ou não, qual a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.

 

Tratamento 

O mais importante é reconhecer que a pessoa está tendo o AVC e encaminhá-la com urgência para um serviço especializado. O Dr. Gelson explica que hoje o tratamento do AVC pode ser feito com medicações trombolíticas que, quando administrados via venosa podem dissolver os coágulos, mas só pode ser instituída até 4 a 5 horas do início dos sintomas pelo risco de sangramento, além de atuar melhor nos pequenos vasos sem resultados efetivos quando são artérias do cérebro de maior calibre. Ainda se pode em casos específicos, e marcadamente acima de 5 horas, por cateterismo, chegar rapidamente ao território onde está o coágulo e retirá-lo restituindo a circulação do cérebro.

 

Prevenção 

Consultar um médico anualmente, prevenir e tratar as doenças de base como diabetes, hipertensão arterial, colesterol, não fumar e manter atividades físicas regulares são as chaves para minimizar as chances de ter um AVC. Além disso, manter o estado de hidratação, já que no frio as pessoas tendem a ingerir menos líquido, acrescenta o Dr. Gelson.

 

Sintomas 

- Amortecimento inesperado e ou perda da força de um lado do corpo;

- Paralisia de um lado da face;

- Alteração na articulação das palavras ou dificuldade para falar;

- Perda ou alteração súbita da visão;

- Alteração no nível de consciência;

- Perda total da consciência (desmaio).

 

Riscos e sequelas 

Dependendo da área cerebral afetada, as sequelas podem ir desde um amortecimento de um dos membros ou face, até a paralisia total de um lado do corpo incapacitando definitivamente do paciente. Quanto mais passar o tempo da hora inicial do AVC, maior são as chances de sequelas definitivas e até de morte, dependendo da área do cérebro afetada e da extensão de tecido cerebral afetada. “O reconhecimento dos sintomas e o envio do paciente o mais rápido possível a um serviço especializado é o suporte principal e a maior chance de minimizar sequelas que os familiares podem dar ao paciente”, enfatiza Dr. Gelson.

 

Sobre o Pronto-Socorro:  destina-se ao atendimento a pacientes em estado de urgência ou emergência, com risco iminente de morte. Pessoas acidentadas, com suspeita de infarto, apendicite, derrames, fraturas, pneumonia, entre outras complicações, devem buscar atendimento ou ser encaminhadas ao PS.

 

 Hospital VITA

www.hospitalvita.com.br


Cinco medidas para reduzir o absenteísmo em tempos de Burnout

A Síndrome, que foi incluída na CID-11 pela Organização Mundial de Saúde há seis meses, segue como uma das principais causas de faltas no trabalho e queda da produtividade
 

A inclusão pela Organização Mundial da Saúde da Síndrome de Burnout na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), como um fenômeno ocupacional, completará seis meses no dia 1º de junho e trouxe à tona um grave problema que tem acometido cada vez mais pessoas. Uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) estimou que o Brasil ocupava em 2029 o 2º lugar em nível de estresse no ambiente de trabalho em um ranking contendo outras nove nações. 

Antes mesmo da pandemia, mais de 33 milhões de brasileiros sofriam com a síndrome, capaz de provocar o comprometimento do sistema imunológico e várias patologias que podem se sobrepor, caso da depressão. De lá para cá, com o isolamento social, as mudanças no ambiente e nos modelos laborais, os impactos na saúde mental só têm aumentado. 

“Identificamos alguns processos que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida dos colaboradores”, diz Anderson Belem, CEO da Otimiza, startup especializada em benefícios corporativos adaptados às necessidades do trabalho híbrido. “São ações simples que estão ao alcance de organizações de todos os portes e conseguem reverter a probabilidade de prejuízo em uma possibilidade de benefícios para todos os envolvidos”, afirma. 

Ele destaca cinco atitudes capazes de amenizar os níveis de absenteísmo causados não só pela exaustão do Burnout, como pela perda de produtividade e engajamento. Veja quais são.
 

1. Avalie o fit cultural dos candidatos à vaga

Todo processo de recrutamento é complexo, afinal, de vários profissionais competentes, apenas um deve ser escolhido. Todavia, muitas empresas erram ao focar apenas nos conhecimentos e habilidades para classificar um profissional. É preciso também considerar o fit cultural — ou melhor, se o conjunto dos valores do candidato coincidem com os da empresa. Quando não há esse alinhamento de valores, é provável que o novo contratado, por mais motivado que esteja nos primeiros dias, se torne um profissional faltoso no futuro.
 

2. Defina programas de incentivo à assiduidade

Estabelecer um programa de incentivo para reduzir faltas injustificadas e atrasos pode ser uma ótima estratégia, com custos de premiação muito inferiores às perdas por ausência. Isso significa que os profissionais mais assíduos — isto é, aqueles que não apresentarem faltas ou atrasos ao longo do mês — serão recompensados.
 

3. Melhore a fluidez da comunicação interna

A comunicação dentro da empresa tem um importante papel, pois garante o alinhamento das equipes, cumprimento de padrões de segurança e a construção de um melhor clima de trabalho. Contudo, é preciso investir na implementação de canais que otimizem a fluidez das mensagens. Como exemplo, é possível destacar o uso de murais de recados, aplicativos mobile e redes sociais corporativas. E mais. É necessário considerar o papel dos líderes de equipe, incluindo o CEO, nesse processo. Sem o comprometimento da liderança, é quase impossível arquitetar um clima de transparência e credibilidade.
 

4. Invista na qualidade de vida no trabalho

O local de trabalho tem grande influência na assiduidade e pontualidade dos profissionais e equipes. Quando há condições elevadas de insalubridade, causando danos de ordem físicas e psicológicas aos trabalhadores, é evidente que o absenteísmo vai crescer. Para minimizar esse problema, é importante investir no bem-estar. Neste sentido, uma das principais tendências surgidas após a consolidação do trabalho híbrido e do home office é o benefício flexível. Neste modelo, é o colaborador quem define suas próprias necessidades. Enquanto o formato tradicional segmenta o suporte de forma que o vale-refeição, por exemplo, só possa ser gasto em restaurantes e o vale-alimentação é direcionado apenas para supermercados, as soluções flexíveis ampliam as alternativas de forma que o trabalhador possa aproveitar outras ofertas dentro de cada categoria de benefício.

No modelo desenvolvido pela Otimiza, por exemplo, o trabalhador pode usar o valor do vale refeição para pedir o almoço por meio de aplicativos como Rappi, iFood e outros. Na solução, o crédito é dividido em dez categorias; Alimentação, Refeição, Combustível Cultura, Saúde e Lazer, Mobilidade, Educação, Home Office, Flexível, Presente e Crédito Livre. 

Na categoria ‘Saúde’, por exemplo, ele pode gastar com aulas de yoga ou academia, entre outras possibilidades. Já na categoria ‘Home Office’, é possível pagar a internet ou comprar uma escrivaninha. Outras inovações são a categoria ‘Flexível’, que permite a distribuição do crédito para qualquer outro benefício, ‘Presente’, por meio da qual a empresa pode bonificar o colaborador por atingimento de metas, e ‘Crédito Livre’, que permite saques no caixa eletrônico. 

“Há uma parcela grande da população em home office ou trabalho híbrido. Então, aquele vale-combustível ou vale-refeição tradicional talvez não façam mais sentido, porque o colaborador tende a comer em casa e fazer o próprio almoço. Para motivá-lo agora é preciso oferecer produtos diferenciados e que atendam a nova realidade”, comenta Belem.
 

5. Ofereça feedback de forma periódica

É importante mostrar a cada colaborador quais são seus pontos fortes e fracos, que podem ser otimizados ou que precisam ser eliminados. Assim, é possível mantê-los mais alinhados aos valores e às normas da empresa, bem como incentivar melhores resultados no futuro. O feedback não é apenas uma crítica, mas um retorno equilibrado sobre as forças e fraquezas dos profissionais.

 

Otimiza Benefícios - fintech especializada em benefícios corporativos adaptados às necessidades do trabalho híbrido.

https://otimiza.pro/


O reverso da logística reversa de medicamentos: compre só o necessário Manipulação de medicamentos é parte da solução para reduzir impacto ambiental

O tratamento acabou, não deu certo, o paciente desistiu ou o remédio venceu. Seja qual for o motivo, boa parte daquela "farmacinha" caseira que muitos brasileiros continuam mantendo como hábito acaba tendo que ir para o lixo. E os números, somados, assustam. Anualmente, mais de 28 mil toneladas de medicamentos são literalmente jogados fora, segundo dados da Anvisa.

Em um país onde cada habitante produz cerca de 1 kg de rejeitos por dia, essa é apenas a primeira das questões (e vamos voltar a ela), se considerarmos o impacto que o depósito dessas medicações em local inapropriado pode causar ao meio ambiente. Não é incomum que xaropes sejam despejados na pia e comprimidos, na lata do lixo.


E qual é o risco disso? São muitos.


Mesmo aquele inocente comprimido para dor de cabeça – vendido sem receita médica – é composto por substâncias químicas que, individualmente ou combinadas, têm efeitos curativos, paliativos ou de diagnóstico. Fruto de muita pesquisa, ensaios clínicos e exaustivos testes em laboratórios, são seguros e indispensáveis para curar, tratar e prevenir doenças.


Se descartados na natureza, vão contaminar o solo e os lençóis freáticos, e afetar os peixes e outros organismos vivos. Em cadeia, colocam em risco também pessoas que consomem a água ou se alimentam dos animais contaminados. E, claro, podem prejudicar diretamente aqueles que lidam diretamente com os dejetos, como catadores e garis.


Em 2020, o governo federal criou um programa de logística reversa que obriga a instalação de pontos de coleta em farmácias para destinação correta de medicamentos.


Certamente um avanço, mas com pouco impacto sobre o volume de lixo medicamentoso, para voltarmos à primeira das questões que tratamos neste texto. O problema do descarte passa, sim, pelo desencontro entre a quantidade de medicamento prescrito para o tratamento e a quantidade que vai ser comprada, por força da oferta. Vamos dar um exemplo: se você precisa tomar oito comprimidos, mas só encontra uma caixa com dez, terá dois candidatos a descarte inadequado.


Se formos listar quatro boas práticas para o descarte correto de medicamentos, a primeira da lista seria:


Opte por medicamentos manipulados. A manipulação contribui para evitar o desperdício, ao produzir exatamente a quantidade de remédios suficiente para o tratamento. Nem mais, nem menos.


É claro que as mudanças não ocorrem do dia para a noite. Nós do Grupo Artesanal, há 40 anos, nos preocupamos com esse tema, pensando não só como negócio, mas na qualidade de vida de nossos clientes e no avanço das questões ambientais na sociedade como um todo. Muito antes de ESG se tornar uma sigla tão conhecida e de haver uma legislação regulamentando o tema, já tínhamos em nossa rede pontos de coleta para descarte de medicamentos, instalados em mais de 70 unidades.


Desde 2012, já coletamos mais de 19 toneladas de medicamentos, que foram encaminhados para incineração a uma temperatura de 3 mil graus Celsius. Completando a lista iniciada acima, orientamos os nossos clientes sobre o descarte correto.


Não jogue os remédios vencidos no lixo comum. Separe uma sacola de descarte só para eles.

Leve os medicamentos vencidos até o ponto de descarte mais próximo.

Use remédios de forma racional, sem exageros, sem automedicação e não interrompa o tratamento por conta própria. Exija de seu médico uma prescrição completa e coerente, sem desperdícios.

Nesta Semana Mundial do Meio Ambiente, dois anos após uma das maiores crises sanitárias já enfrentadas pela humanidade, temos que reafirmar nosso compromisso e nosso propósito com todas essas questões. E apoiar nossos clientes em todos os momentos do tratamento, para que seu plano terapêutico seja seguido à risca e sem abandono. Uma garantia certeira de redução na quantidade de resíduos.



Walkiria Tokarski Vêncio - diretora de Compliance e de Produção da Farmácia Artesanal