Nos últimos 20 meses,
o tema Saúde foi o mais comentado no planeta todo. De especialistas a leigos,
criou-se uma unanimidade: a Saúde é nosso bem mais valioso, o resto é tudo
secundário.
Para nós, brasileiros,
ficou claro que precisamos investir muito mais em Saúde. Temos condições de
oferecer uma qualidade de vida melhor aos brasileiros, mesmo dentro de nossas
limitações. Ficou flagrante a falta de investimento em tecnologias que podem
dar autonomia em Saúde a um país, podendo deixá-lo na mão dos outros. Há
urgência em melhorar a qualidade do SUS? Sim, mas nunca foi tão claro que, se
não tivéssemos um SUS, a catástrofe por aqui seria muito pior.
Aprendemos o quanto a
mistura de Política com Saúde pode trazer graves consequências à população.
Aprendemos que ontem, hoje e sempre, a Ciência deve ser a mola propulsora da
Saúde. Aprendemos também que o Ensino em Saúde não pode se limitar ao
conhecimento técnico-cientifico. Este é imprescindível, mas precisamos treinar
os futuros profissionais de Saúde a terem valores humanitários, entender que a
saúde de uma pessoa pode ter grande importância para toda uma população.
É necessário encontrar
um meio termo entre a Medicina baseada em evidência e o conhecimento que só a
prática médica traz. Aprender a respeitar mesmo na discordância. Aprender a
escolher nossas lideranças e quanto elas podem interferir num momento de crise
na Saúde.
Este Dia Nacional da
Saúde deve servir para uma reflexão e nos mostrar quanto precisamos e podemos
oferecer melhor assistência de saúde para nossa população.
Salmo Raskin - professor do curso
de Medicina da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).
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