O tempo é um conceito construído pelo homem, que no
decorrer da sua evolução foi recebendo novas definições e interpretações. Em um
mundo caracterizado como técnico, científico e informacional, a aceleração dos
objetos e das ações é elevado ao seu nível máximo, atendendo a lógica da
produtividade, ou seja, do fazer, do ter, do tempo como sinônimo de dinheiro -
e não de vida. Os efeitos negativos dessa rapidez podem ser notados na saúde
mental, com alto nível de stress, psicopatologias como Burnout e nas mais
variadas compulsões. Bem como nas relações sociais, com uma sociedade cada vez
mais excludente e intolerante. Nos relacionamentos interpessoais, falta a
fluidez na comunicação. Uma expressão da “automação” da vida, onde a inversão
do tempo nos faz usá-lo como recurso capital e não como recurso de vida.
A comunicação, nesse contexto, é um ato que
necessita da empatia, da entrega, do conhecimento e da aplicação de um conjunto
de símbolos e regras, dentre eles a escrita, as imagens, as convenções
culturais e os códigos. Sendo assim, se falo com outra pessoa e não reconheço
que os seus símbolos, regras e tempos podem ser diferentes dos meus, o que
realmente quero? Falar o que penso e pronto? Que o outro entenda tudo, pois fui
claro o suficiente? Quantas vezes os mal-entendidos são vividos por causa de
uma interpretação equivocada? Quantas vezes fazemos uma comunicação
aparentemente eficiente, mas ela se mostra ineficaz, pois não há
compreensão?
Vale lembrar que independente do tempo, o que não
muda enquanto tudo muda é o processo de comunicação (emissor, receptor e canal)
e a necessidade da humanidade para que ele ocorra.
Comunicar requer escutar com empatia e doar ao
outro aquele instante. Para desenvolver a empatia é necessário compreender a
fala, a expressão ou mesmo o silêncio. Com isso, todas as partes ganham e as
relações, profissionais ou pessoais, podem se tornar mais leves e com menos
melindres de achar que o outro não te entende ou te julga, pois antes de
acontecer isso, você estará mais consciente dos motivos que levam a pessoa a
pensar ou agir de tal forma. Isso que se chama conexão!
No âmbito empresarial, a comunicação é considerada
uma habilidade indispensável, devido a valorização da diversidade e a
flexibilização da lógica departamental, onde pessoas de um setor executam
projetos com as de outros setores, exigindo maior capacidade de relacionamento
interpessoal, mediação de conflitos e consequentemente de se comunicar.
Além disso, os novos meios de comunicação ampliaram
os canais, onde o tempo e a escrita, por exemplo, ganham importância em uma
conversa no WhtsApp, uma postagem no Twitter e uma reunião a distância. Como
consequência, a forma de utilização destes canais pode gerar uma crise devido
uma vírgula fora do lugar, a brevidade de um texto, o tempo de resposta, a
postura e a entonação da voz. Nesse contexto, a capacidade da liderança em
transformar a comunicação em ação será o gerador do ambiente de confiança e
propício para o exercício da comunicação assertiva. A partir disso, é possível
articular um conjunto de técnicas para desenvolver o potencial da comunicação
organizacional (cultura e pessoas).
Taiana Jung - Gestora
Técnica da Logos Consultoria. Atua há mais de 15 anos nas áreas de planejamento
estratégico, pesquisa, formação e avaliação. Possui larga experiência em
facilitação e mediação de eventos e formações. É Mestre em Estudos
Populacionais e Pesquisa Social (ENCE/IBGE), Personal Coach (Sociedade
Brasileira de Coaching), Mediadora de conflitos (Escola de Magistratura do
Estado do Rio de Janeiro), Especialista em Organização Espacial do Rio de
Janeiro e Licenciada em Geografia (UFF). No setor público, foi chefe do Centro
Social da Fundação Leão XIII. Na área acadêmica, já atuou como Professora no
curso de graduação em Geografia (UERJ-FFP) e como Pesquisadora convidada do
Departamento de Endemias (ENSP/Fiocruz). Compõe o grupo de orientadores do
CIEDS. Atualmente, é gestora do Grupo de mulheres “Somos Empreendedoras”, com
mais de 160 participantes em Niterói. Desde 2008, é sócia gerente da Logos
Consultoria, na qual exerce a função de diretora técnica.
Rui Marcos - Gestor
Administrativo-Financeiro da Logos Consultoria. Possui 20 anos de experiência
nas áreas de educação e ensino, planejamento com ênfase em ordenamento
territorial urbano e ambiental. Conhecimentos sólidos em gestão e planejamento
estratégico. É Mestre em Engenharia de Transportes (COPPE-UFRJ). Especialista
em Gestão e Planejamento Ambiental (UVA). Graduado em Geografia (UFF) e
Administração (UCAM). Na área de planejamento urbano foi chefe do departamento
de urbanismo da Prefeitura de Niterói-RJ, sendo gestor de equipe e responsável
por projetos de gestão ambiental e delimitação de áreas de preservação. No
campo acadêmico foi professor da pós-graduação no Curso de Especialização em
Gestão, Planejamento e Licenciamento Ambiental da Universidade Salgado de Oliveira/Niterói-RJ.
Desde 2008, é sócio da Logos Consultoria, atua como diretor administrativo e
implementou o modelo de gestão da empresa.
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