Opinião
Quando uma doença contagiosa
atinge grande número de indivíduos em diversas localidades, de forma rápida e
temporária, trata-se de uma epidemia. Sempre fomos expostos a infecções virais,
mas com a intensa migração populacional dos últimos tempos estes agentes
passaram a disseminar-se mais facilmente.
Embora ocorram grandes
prejuízos individuais, uma epidemia viral sempre representa problema coletivo
cujas soluções devem abranger a população. A maior responsabilidade de controle
cabe aos órgãos públicos de saúde, mas as recomendações devem ser rigorosamente
seguidas pelo cidadão. Como todos os setores da sociedade devem dar a sua
contribuição, a AMRIGS e demais entidades médicas aqui se manifestam.
Além dos graves danos à saúde,
uma epidemia viral leva a impactos sociais e econômicos pela retração de
mercado, quedas nas bolsas, redução do turismo, e uma série de perdas.
Corrupção e vantagens empresariais acontecem. Direta ou indiretamente, atinge
todos.
Existem
três recursos para nos protegermos de uma epidemia viral: vacina, prevenção de
contágio e medicamento antiviral. Para a gripe comum, a influenza, dispomos dos
três. No caso do coronavírus, como ainda não existe nem vacina e nem remédio
antiviral a ênfase é evitar o contágio e tratar os doentes precocemente,
principalmente casos graves. Evitar contágio exige isolar infectados e todos
adotarem medidas higiênicas recomendadas como lavar mãos frequentemente, usar
máscaras, luvas, etc. Casos suspeitos devem ser assistidos em locais com
recursos e assistência de profissionais treinados.
Cenário mais inquietante é o
das regiões frias e aglomerações. Nestas situações, ficar mais atento, reforçar
as melhores práticas, e estimular a colaboração de todos.
Com os avanços da tecnologia o
vasto e invisível mundo dos vírus está sendo melhor entendido e controlado,
principalmente por medidas preventivas. Evitar a ansiedade e o medo gerados
pela desinformação e que podem ter consequências até piores que a própria
epidemia.
Encarar a epidemia do
coronavirus como um grande desafio que logo terá solução
tecnológico-epidemiológica. Manter-se informado por fontes confiáveis. E
lembrar a cada instante que a vida é preciosa e continuará sendo bela para quem
a valorize e defenda. Acredite!
A pior
das epidemias, a do tabaco, mata milhões e se perpetua devido aos lucros
financeiros.
Luiz Carlos Corrêa da Silva - Médico Pneumologista.
Professor Universitário. Fumo Zero AMRIGS. Academia Sul-Rio-Grandense de
Medicina. Santa Casa de Porto Alegre.
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