Destaques
da semana 24/02 a 28/02
Nesta semana, os destaques da agenda econômica
doméstica ficaram para os dados de inflação com o IGP-M de fevereiro e a taxa
de desocupação da economia segundo a PNAD referente ao trimestre terminado em
janeiro.
No exterior, destaque para os dados de atividade econômica com a segunda leitura do PIB americano referente ao quarto trimestre de 2019 e na Europa, destaque para o índice de confiança econômica, porém ambos os indicadores foram suprimidos pela proliferação do coronavírus fora da China.
Desde o início da última semana, os novos casos de coronavírus vinham decrescendo na China, aparentando certo controle da situação pelo gigante asiático e corroborando para certo arrefecimento dos temores sobre o vírus. No entanto, já no final de semana, a situação se enveredou por um caminho diferente e a disseminação da doença ganhou força em outros países principalmente na Coreia do Sul, Itália e Irã.
Tal movimento que coloca em dúvida os impactos em relação ao crescimento econômico global ao longo do ano fizeram com que as principais bolsas ao redor do mundo realizassem um forte movimento de correção. Neste contexto, dados como o crescimento anualizado do PIB americano do quarto trimestre de 2,1%, em linha com o esperado e o avanço no índice de confiança econômica na Zona do Euro, de 102,6 em janeiro para 103,5 em fevereiro, acima do esperado pelo mercado, acabassem por ter pouco efeito sobre os mercados.
No Brasil o clima não foi diferente, nesta semana também foi confirmado o primeiro caso da doença em território nacional. O índice Bovespa em linha com as outras bolsas realizou forte movimento de correção e o câmbio acabou por refletir a volatilidade nos mercados. Numa tentativa de minimizar o movimento, o Banco Central do Brasil fez três intervenções ao longo da semana oferecendo cerca de US$ 2,5 bilhões via leilão de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro).
Também em meio a estas circunstâncias que o IGP-M e a PNAD foram recebidos. O IGP-M, que tem como referência na coleta de preços o período entre 21 de janeiro até 20 de fevereiro, apresentou deflação de 0,04%. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,82% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,19% em fevereiro, após alta de 0,50% em janeiro enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,21% em fevereiro, contra 0,52% em janeiro.
A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 11,2% no trimestre terminado em janeiro contra 11,0% no trimestre terminado em dezembro. No entanto, no conceito dessazonalizado o índice caiu de 11,5% para 11,4% na mesma métrica. A taxa de subutilização do mercado de trabalho permaneceu estável no trimestre encerrado em janeiro frente o trimestre imediatamente anterior na série original, já no conceito dessazonalizada caiu de 23,1% para 22,9%. Em linha com a melhora da ocupação (+2,0% a.a.), a massa salarial avançou 2,2% frente ao mesmo período do ano passado, enquanto o rendimento médio apresentou estabilidade.
No exterior, destaque para os dados de atividade econômica com a segunda leitura do PIB americano referente ao quarto trimestre de 2019 e na Europa, destaque para o índice de confiança econômica, porém ambos os indicadores foram suprimidos pela proliferação do coronavírus fora da China.
Desde o início da última semana, os novos casos de coronavírus vinham decrescendo na China, aparentando certo controle da situação pelo gigante asiático e corroborando para certo arrefecimento dos temores sobre o vírus. No entanto, já no final de semana, a situação se enveredou por um caminho diferente e a disseminação da doença ganhou força em outros países principalmente na Coreia do Sul, Itália e Irã.
Tal movimento que coloca em dúvida os impactos em relação ao crescimento econômico global ao longo do ano fizeram com que as principais bolsas ao redor do mundo realizassem um forte movimento de correção. Neste contexto, dados como o crescimento anualizado do PIB americano do quarto trimestre de 2,1%, em linha com o esperado e o avanço no índice de confiança econômica na Zona do Euro, de 102,6 em janeiro para 103,5 em fevereiro, acima do esperado pelo mercado, acabassem por ter pouco efeito sobre os mercados.
No Brasil o clima não foi diferente, nesta semana também foi confirmado o primeiro caso da doença em território nacional. O índice Bovespa em linha com as outras bolsas realizou forte movimento de correção e o câmbio acabou por refletir a volatilidade nos mercados. Numa tentativa de minimizar o movimento, o Banco Central do Brasil fez três intervenções ao longo da semana oferecendo cerca de US$ 2,5 bilhões via leilão de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro).
Também em meio a estas circunstâncias que o IGP-M e a PNAD foram recebidos. O IGP-M, que tem como referência na coleta de preços o período entre 21 de janeiro até 20 de fevereiro, apresentou deflação de 0,04%. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,82% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,19% em fevereiro, após alta de 0,50% em janeiro enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,21% em fevereiro, contra 0,52% em janeiro.
A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 11,2% no trimestre terminado em janeiro contra 11,0% no trimestre terminado em dezembro. No entanto, no conceito dessazonalizado o índice caiu de 11,5% para 11,4% na mesma métrica. A taxa de subutilização do mercado de trabalho permaneceu estável no trimestre encerrado em janeiro frente o trimestre imediatamente anterior na série original, já no conceito dessazonalizada caiu de 23,1% para 22,9%. Em linha com a melhora da ocupação (+2,0% a.a.), a massa salarial avançou 2,2% frente ao mesmo período do ano passado, enquanto o rendimento médio apresentou estabilidade.
Esta semana - 02/03 a 06/03
Para a próxima semana, o destaque da agenda local
será a publicação dos dados das Contas Nacionais com o PIB do quarto trimestre.
Nossa expectativa é de crescimento de 0,5% no último trimestre contra o
trimestre imediatamente anterior. Na comparação contra o quarto trimestre de
2018, a expectativa é de crescimento de 1,7%. Com este resultado, o acumulado
do ano será de 1,1%, pouco abaixo da nossa expectativa anterior de 1,2%. Tal
correção pode ser atribuída à frustração com as vendas na Black Friday além da
perda de tração da economia nos últimos meses do ano vis a vis a melhora na
retomada vista a partir do segundo semestre de 2019 com impulsos, derivados,
principalmente pela liberação do FGTS.
Rafael
Cardoso - economista-chefe da Daycoval Asset Management
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