Em meio a tantas tarefas e preocupações, mulheres que acabaram
de ter um filho precisam ficar atentas para não terem uma nova gestação logo na
sequência de um parto. Muitas se perguntam por que tanta preocupação com o
tema, já que as relações sexuais nesta fase costumam ser escassas e o
aleitamento pode funcionar como um método contraceptivo natural ao inibir as
ovulações pela alta produção de prolactina.
“É preciso tomar cuidado, pois o corpo da mulher
necessita de tempo para se recuperar de uma gestação”, explica o Dr. José
Bento, ginecologista e obstetra dos hospitais Albert Einstein e São Luís.
Segundo o especialista, mesmo que a mulher deseje ter mais filhos, os médicos
recomendam um intervalo de pelo menos seis meses entre as gestações com parto
normal e no mínimo nove meses em caso de cesárea, para que o corpo se
restabeleça de forma adequada.
Embora seja comum acreditar que o aleitamento exclusivo
previna uma nova gravidez, é importante fazer a prevenção com outros métodos
para garantir. “A mulher passa por um período de resguardo de 40 dias após o
parto, onde não deve ter relações sexuais. Após este período, cada organismo
reage de maneira diferente e é possível que a mulher engravide se não houver
outra forma de prevenção”, explica o Dr. Bento.
Existem diversas maneiras de prevenir gravidez nesse
período e é importante que a mulher converse com um médico para saber qual o
método mais indicado para ela. Alguns profissionais preferem não receitar
pílulas contraceptivas para mulheres que estão amamentando e recomendam o uso
da camisinha ou métodos de longa duração, como o Sistema Intrauterino (SIU) com
hormônio.
“O SIU com hormônio é muito indicado para mulheres que
acabaram de ter um filho. Ele pode ser colocado 40 dias após o parto e é muito
eficaz”, conclui o Dr. José Bento.
Pílula anticoncepcional de progesterona
Para quem amamenta, é indicada a pílula de progesterona
de uso contínuo. Como a pílula tradicional, sua eficácia está diretamente
ligada ao uso correto da pílula. A diferença é que ela só contém o
progestágeno, hormônio sintético semelhante à progesterona, enquanto as pílulas
tradicionais possuem uma combinação de estrogênio e progesterona. Pílulas com
estrogênio não são adequadas para quem amamenta, pois interfere na qualidade e
na quantidade de leite.
SIU com hormônio
O dispositivo libera doses pequenas de progesterona
diretamente na cavidade uterina, mas com menos efeitos adversos porque a ação
do hormônio é local, e com alta eficácia contraceptiva. Com o uso desse tipo de
dispositivo, a menstruação tende a diminuir muito, podendo até desaparecer. Ele
ainda pode ser indicado no tratamento de sangramento menstrual abundante e como
adjuvante na terapia hormonal. A duração de um SIU (Sistema intra-uterino) com
hormônio é de até 5 anos. No Brasil, esse método contraceptivo é
comercializado sob o nome Mirena.
DIU
O DIU (dispositivo intrauterino) é um pequeno instrumento
em forma de T que é inserido dentro do útero e impede a passagem dos
espermatozoides para as tubas uterinas, onde costuma acontecer a fecundação. É
um método eficiente e pode ser usado inclusive por mulheres que amamentam. Esse
dispositivo normalmente é revestido de fios de cobre e dura de três e dez anos.
Implante subcutâneo
O implante subcutâneo é um microbastão de hormônio
sintético similar à progesterona, que deve ser implantado no antebraço com
anestesia local através de uma microcirurgia. Este hormônio age na inibição da
ovulação, impedindo a gravidez e pode durar até 3 anos.
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