Faixa de pedestre deve sempre ser procurada pelos idosos
(Divulgação)
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Maio Amarelo é o mês de
cuidados com acidentes de trânsito
Quando
se trata de um idoso fazendo a travessia de uma via, os cuidados vão muito além
de buscar a faixa de segurança e respeitar o sinal. A dificuldade de equilíbrio
e a baixa velocidade fazem com que as pessoas mais velhas liderem o ranking de
vítimas fatais de atropelamentos em Porto Alegre, segundo estudo recente.
Travessia em passarelas são sempre mais seguras (Marcelo Matusiak) |
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No caso de idosos, é natural um maior risco de arritmias, tonturas, quedas e
desequilíbrio, junto a uma lentidão das habilidades cognitivas e
sensório-perceptivas, reflexas e motoras, o que facilita a ocorrência de
acidentes no trânsito - explica a médica especialista em Medicina do Tráfego e
presidente do Conselho de Representantes da Associação Médica do Rio Grande do
Sul (AMRIGS), Mirian Beatriz Gehlen Ferrari.
Cautela
e atenção são as palavras de ordem. Se não houver quem o acompanhe, é preciso
lembrar sempre de usar a faixa de pedestres e cuidar o sinal. Travessias
improvisadas são um risco grave. Além disso, é importante que não vestir roupas
longas que possam enroscar nos calçados, pois isso pode causar desequilíbrio e
provocar quedas. Os sapatos devem ser fechados e antiderrapantes.
Circulação de pedestres (Marcelo Matusiak)
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A
médica também orienta que, mesmo que não haja dificuldades para caminhar, se
evite carregar pacotes e sacolas, e sair em um calor escaldante, afinal, isto
pode causar tontura e desconforto. No ano de 2018, 60% das vítimas fatais de
atropelamento em Porto Alegre eram idosos. Os dados da Prefeitura da Capital
mostram que houve 794 atropelamentos. Dos 74 acidentes com vítimas fatais, 28
foram pedestres mortos por atropelamento. Destes, 17 eram idosos.
Vítor Figueiró
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