Gestos podem
apontar mais de um sentimento, portanto é necessário considerar outros aspectos
ao interpretar a mensagem que alguém está transmitindo
Esfregar as mãos pode indicar nervosismo ou,
simplesmente, que a pessoa está com frio. Já cruzar os braços pode indicar
aborrecimento ou ser, apenas, uma posição confortável para o locutor.
Fundamental na comunicação humana, uma vez que representa 55% da comunicação
humana, a linguagem corporal tem diversas interpretações, deste modo, é
necessário ficar atento ao gesticular e interpretar os sinais de alguém.
“Não há um padrão. Toda linguagem não-verbal é
subjetiva porque é influenciada por diversos fatores, como intenções e crenças,
além dos aspectos do ambiente e contexto onde a pessoa está inserida”, afirma
Emerson Vamondes, coach e especialista em PNL (Programação Neurolinguística).
No entanto, isso não significa que esta parte da
comunicação deva ser ignorada, sendo necessário considerá-la como complemento
da fala. “A linguagem, seja verbal ou não-verbal, dispara estados internos (tipo de
filtro das interpretações que temos em relação às nossas experiências)
que moldam a resposta da pessoa ao mundo externo”, assinala o profissional.
Vamondes destaca que a linguagem corporal pode
transmitir uma mensagem oposta ao que está sendo dito oralmente. “A mente e o
corpo estão conectados, assim como as emoções sempre se expressam. Por isso,
nem sempre estamos conscientes de como estamos nos comunicando com o corpo”,
explica.
Por este motivo, recrutadores de empresas podem
analisar os gestos em busca de mentiras ou inseguranças de candidatos à uma
determinada vaga. “Olhar para os lados indica a construção de uma narrativa,
mas não aponta, necessariamente, para uma mentira porque a pessoa pode estar
tentando se lembrar de um fato antigo. Portanto, é necessário ter cautela ao
utilizar esta técnica como um critério de eliminação”, orienta o coach.
Do outro lado, o candidato precisa ficar atento
para tentar evitar alguns movimentos. Ainda que a análise da linguagem seja
mais comum em entrevistas de emprego, os cuidados são válidos para diversas
situações do cotidiano, tais como reuniões, vendas e negociações. Para entender
a estrutura geradora de comportamentos, técnicas da PNL são indicadas. “Uma vez
compreendida, é possível remodelar esta estrutura em busca de mudar
comportamentos e promover o desenvolvimento pessoal”, salienta Vamondes.
Emerson
Vamondes - Após atuar por 16 anos como engenheiro elétrico em
grandes empresas do País, Emerson Vamondes decidiu se dedicar integralmente ao
coaching pessoal e empresarial. É presidente do Instituto Evoc (Evolução
Comportamental), onde desenvolve cursos voltados para coaching e PNL
(Programação Neurolinguística). Em 2014, o profissional idealizou a Academia da
Liderança, cujo objetivo é a formação de líderes por meio do desenvolvimento de
capacidades comportamentais. Dois anos mais tarde, criou o Instituto Evoc, que
busca a evolução comportamental em sua essência. Mais informações em: www.institutoevoc.com.br.
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