Métodos contraceptivos reversíveis de longa duração
(LARC, sigla em inglês para Long-Acting Reversible Contraception) são opções
seguras para evitar a gravidez por um período de tempo prolongado, sem a
necessidade da intervenção diária da paciente e sem prejudicar a fertilidade no
futuro. Dentre as opções de LARCs, está o implante subcutâneo, comercialmente
conhecido com o nome de Implanon NXT®.
Para escolher um
método anticoncepcional, seja ele de curta ou longa ação, a paciente deve
sempre conversar com seu médico para ele avaliar seu perfil, entender as suas
expectativas e mostrar as vantagens e desvantagens de cada opção. Conheça agora
o implante subcutâneo e tire suas dúvidas.
1.
O que é o implante subcutâneo?
O implante é um bastonete
flexível de 4 cm de comprimento, colocado no braço da mulher. Contém em sua
composição o hormônio etonogestrel, que é liberado gradualmente no organismo
por até três anos, com a função de inibir a ovulação e, assim, impedir a
gravidez[1].
2.
Como funciona?
O etonogestrel, hormônio
contido nesse método, é liberado gradualmente no organismo, com a função de
inibir a ovulação, garantindo a contracepção e impedindo a gravidez[2].
3. Onde são
colocados?
O implante é inserido no braço
não dominante, embaixo da pele, com anestesia local. O procedimento é simples,
rápido e costuma ser realizado no consultório médico.
4.
Quais as vantagens do implante?
Métodos contraceptivos que dependem da disciplina da
mulher, como a pílula, são mais propensos ao uso incorreto ou à falta de
adesão, o que pode resultar em falha e consequentemente em uma gravidez não
planejada[3]. Já o implante é à prova de
esquecimento, pois não depende da lembrança diária da usuária.[4]
Apenas cinco a
cada 10.000 mulheres engravidarão em um ano usando o implante subcutâneo,
enquanto a laqueadura tubária, por exemplo, tem a estimativa de cinco falhas em
cada 1.000 mulheres4.
Além disso, o método têm baixa
dosagem hormonal e proporciona rápido retorno à fertilidade preexistente.[5], [6]
5. Quem pode
usar esse tipo de método?
A princípio, todas
as mulheres que desejam utilizá-lo. Há poucas situações em que os implantes
subcutâneos são contraindicados, por isso há necessidade de avaliação médica.
A escolha do
melhor método para cada mulher deve ser feita sob orientação médica, após
informação sobre todos anticoncepcionais, discussão sobre seus benefícios,
riscos com avaliação das suas necessidades e preferências.
Por não terem
estrogênio, geralmente, os implantes podem ser usados por mulheres que estão
amamentando ou por aquelas que têm contraindicação para o uso do estrogênio.
6.
A mulher para de menstruar depois de colocá-lo?
Os métodos que
contêm hormônio podem causar alteração no sangramento, produzindo inicialmente
um sangramento irregular com uma tendência a diminuição. Após 4-6 meses,
algumas mulheres podem apresentar redução ou ficar sem sangrar, outras podem
permanecer menstruando normalmente, e em alguns poucos casos, ter pequenos sangramentos
prolongados (mancha na calcinha). No entanto, isso não afeta a eficácia do
método ou gera qualquer risco para a saúde.
7. Quais os
efeitos colaterais?
Como todos os medicamentos, o implante pode causar efeitos
secundários, embora estes não se manifestem em todas as pessoas. Durante a
utilização do implante, a hemorragia menstrual pode surgir em intervalos
irregulares, mas isso não é um sinal de que a proteção contraceptiva está
diminuída. De uma forma geral, não necessita de tomar qualquer medida. Contudo,
se a hemorragia for abundante ou prolongada, consulte o seu médico[7].
8. Há
problemas para engravidar, após a remoção?
Não. A recuperação da fertilidade
ocorre em seguida à retirada de qualquer um dos métodos, permitindo que a
mulher engravide após a próxima menstruação caso não haja fatores clínicos
precedentes que dificultem a concepção.
É importante lembrar que a
camisinha é o único método que previne as doenças sexualmente transmissíveis.
[1] Bula de
IMPLANON NXT. São Paulo; 2019.
[2] Bula de
IMPLANON NXT. São Paulo; 2019.
[3] Guazzelli
CA, de Queiroz FT, BArbieri M.et al. Etonogestrel implant in postpartum adolescents:
bleeding pattern, efficacy and discontinuation rate. / Contraception 82 (2010)
256–259.
[4] Trussell J. Contraceptive failure in the United
States. Contraception. 2011 May;83(5):397-404.
[5] Funk S, Miller MM, Mishell DR, et al. Safety and
efficacy of Implanon, a single-rodimplantable contraceptive containing
etonogestrel. Contraception. 2005;71(5):319–326.
[6] Graesslin O, Korver T. The contraceptive
efficacy of Implanon®: a review of clinical trials and marketing experience.
Eur J Contracept Reprod Health Care. 2008;13(S1):4-12.
[7] Bula de
IMPLANON NXT. São Paulo; 2019.
[1]
Bula de
IMPLANON NXT. São Paulo; 2019.
[2]
Bula de
IMPLANON NXT. São Paulo; 2019.
[3]
Guazzelli
CA, de Queiroz FT, BArbieri M.et al. Etonogestrel
implant in postpartum adolescents: bleeding pattern, efficacy and discontinuation
rate. / Contraception 82 (2010) 256–259.
[4]
Trussell J. Contraceptive failure in the United
States. Contraception. 2011 May;83(5):397-404.
[5]
Funk S, Miller MM, Mishell DR, et al. Safety and
efficacy of Implanon, a single-rodimplantable contraceptive containing
etonogestrel. Contraception. 2005;71(5):319–326.
[6]
Graesslin O, Korver T. The contraceptive efficacy of
Implanon®: a review of clinical trials and marketing experience. Eur J
Contracept Reprod Health Care. 2008;13(S1):4-12.
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