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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Especialista em educação financeira dá dicas de como sair do vermelho


Fazer um balanço do mês é o primeiro passo para mudar a situação econômica

Março de 2019 marcou o recorde de brasileiros no vermelho. Atualmente, o país conta com 63 milhões de inadimplentes. As informações repassadas pelo Serasa Experian mostram que no período de apenas um mês, entre fevereiro e março, 800 mil pessoas ficaram negativadas.
Esse montante equivale a 40,3% da população adulta do Brasil. Muito se deve ao fato de o desemprego ainda estar pairando por aí, mas muitos dos que estão vendo suas contas não fecharem no final do mês não estão desempregados. Alguns casos são de dívidas que acabam se acumulando e chegando a valores que excedem o salário mensal.
Uesley Lima, fundador do Grupo The One e especialista em Educação Financeira, explica que a primeira coisa a ser feita para mudar essa realidade é assumir a responsabilidade pelo fato e a partir daí desenvolver um controle das finanças. “Você precisa saber no final do mês o que está sobrando, se está sobrando e para onde está indo o dinheiro”, aponta. Segundo ele, o ideal é possuir uma planilha de controle, ou até mesmo um aplicativo, que auxilie na hora de fazer o balanço do mês, pois de acordo com o especialista muitas pessoas não sabem onde gastam o salário.
Nesse controle, então, deve ser colocado tudo aquilo que entrou no mês, como salário e rendas extras, além também de todas as saídas, como despesas com luz, água, aluguel e cartões. Ou seja, tudo que se aplicar à realidade de quem está produzindo a planilha. “A primeira coisa a se desenvolver então é esse balanço, pois no final de 30 dias você vai saber se está sobrando, faltando ou empatando o dinheiro.”
Seguindo com as dicas, Uesley indica o segundo passo. Após a identificação de que de fato se está com as contas no vermelho, tenha uma conversa franca com a família, expondo a situação para que assim cheguem a um consenso sobre o que deverá ser economizado. Com isso, já entram a terceira e a quarta orientações: identificar para onde está indo o dinheiro e, assim, estancar esse gasto e não deixar ele voltar a acontecer. “Se eu sei que o meu problema é o gasto com cartão de crédito e eu vou lá e resolvo a questão, tenho que me policiar para evitar que eu volte a fazer a mesma dívida”, declara.
De acordo com o especialista, o motivo mais comum que causa o retorno da população para as suas dívidas, mesmo depois de quitadas, é o fator consumo, pois muitas vezes as compras são realizadas mais por compulsão do que por uma necessidade real. “Compre com mais qualidade e evite gastar com o que não for necessário. Lembre do seu balanço, de quanto você está gastando por mês e tente manter isso. Eu tenho certeza de que você vai conseguir seguir esses passos e sair das dívidas. E quando começar a sobrar algum dinheiro por mês, aí você vai poder começar a pensar em como investi-lo da melhor forma possível”, aconselha.


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