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domingo, 5 de maio de 2019

Entenda as diferenças entre os principais tipos de parto


 Para que a decisão seja adequada, a gestante deve realizar todos os exames pré-natais necessários e acompanhar o desenvolvimento do bebê com o auxílio de seu médico


A forma com que o bebê chegará ao mundo é uma das principais preocupações de dez entre dez gestantes. Especialistas são unânimes em afirmar que não existe um tipo ideal de parto, embora o normal seja o mais indicado, já que oferece um ambiente mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.

Ginecologista, obstetra e especialista em Medicina Fetal do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica, Dr. Jurandir Passos explica para as mamães de primeira viagem quais as diferenças entre os principais tipos de partos.

Para que a decisão do parto seja adequada, a gestante deve acompanhar o desenvolvimento do bebê por meio dos exames pré-natais, dando ao obstetra as condições necessárias para avaliar a saúde do feto.

Para ver a lista completa de exames por trimestre, clique aqui.


Parto normal

É feito entre a 37ª e a 40ª semana de gestação. As contrações alertam a mãe sobre o começo do trabalho de parto. Quando ocorrem a cada cinco minutos, significa que o corpo está pronto para o nascimento. Para que o processo se inicie, é preciso que a dilatação esteja em, aproximadamente, dez centímetros. Quando isso acontece, o útero começa a empurrar o bebê e a mãe deve ajudar fazendo força até a cabeça aparecer. Após o nascimento, novas contrações expulsam a placenta.


Indicação: grávidas que não apresentem complicações, pois o organismo já se prepara para o nascimento. Os hormônios produzidos durante o trabalho de parto ajudam a acelerar a produção do leite, inclusive.


Benefícios: não apresenta riscos ao bebê ou à mãe e beneficia o corpo para novas gestações. “Além disso, a recuperação da paciente é muito rápida e menos dolorosa”, salienta Jurandir Passos, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal do Delboni Auriemo.


Desvantagens: mesmo que a gestação tenha sido saudável, não se tem controle total do parto, pois é preciso esperar o corpo reagir. Se o corte cirúrgico no períneo for necessário para facilitar a passagem, é preciso ter cuidado durante a cicatrização.



Parto cesárea

É um processo cirúrgico realizado por meio de uma incisão no abdômen e na parte inferior do útero para retirar o bebê, com auxílio de anestesia. Logo após o nascimento, o bebê é avaliado por um pediatra e a mãe é levada para uma sala de recuperação.


Indicação: Apenas quando há algum impedimento para o parto normal ou a mulher apresente riscos de hemorragia, descolamento da placenta, problemas de coluna ou quadril, cardiopatia, diabetes gestacional ou hipertensão. “Às vezes, mesmo induzindo o parto normal, se não houver dilatação, pode haver riscos à mãe e ao bebê, sendo necessária a cesárea”, diz o ginecologista.


Benefícios: método alternativo nos casos em que os riscos do parto normal são maiores do que os benefícios, e também uma opção para quem enfrenta uma gravidez complicada.


Desvantagens: riscos de infecção, hemorragia, complicações anestésicas ou até mesmo acidentes próprios da cirurgia. “A cicatrização pode ser problemática, pois se cria um sinal no útero, que é uma região frágil e a recuperação requer cuidados”, salienta Jurandir.


Variações


Natural: nesse parto, a dor é diminuída por meio de banhos quentes, massagens, caminhadas e exercícios com bola. Não há intervenções para romper artificialmente a bolsa e nenhuma incisão é feita. Ainda assim, é preciso acompanhamento para que o médico tenha um panorama da evolução da criança, se está adequado ou não, possibilitando qualquer procedimento de emergência.


Leboyer: procedimento no qual as luzes ficam apagadas e, assim que o bebê nasce, é colocado em cima da barriga da mãe, sem o corte imediato do cordão umbilical. “Esse parto preconiza retirar o bebê da barriga e colocá-lo num ambiente parecido com o útero, com baixa luminosidade e água quente”, completa o especialista do Delboni.


Na água: numa banheira esterilizada e com água aquecida, a mãe dá à luz. Nos primeiros momentos, a criança ainda respira pelo cordão umbilical, por isso não há risco de afogamento. Nele, a mulher sente menos o cansaço do trabalho de parto, mas é contraindicado para gestantes com pré-eclâmpsia.


De cócoras: com a ajuda da gravidade, a tendência é que seja realizado mais rapidamente, porém só é indicado para mulheres que não apresentam problemas de pressão arterial e se o bebê estiver na posição certa para nascer.


Domiciliar: precisa de suporte médico e estrutura, pois existem complicações que podem ocorrer até mesmo com uma gravidez considerada normal e saudável, como crises hipertensivas no momento do parto e hemorragia.


Com fórceps: equipamento de ferro que auxilia na descida do bebê. Serve apenas para auxiliar a passagem pela parte muscular. “Hoje, ele é chamado de parto de alívio e auxilia o bebê apenas na parte final, no último obstáculo para sua passagem”, esclarece Dr. Jurandir.






Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica


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