Testes laboratoriais simples podem
salvar vidas, ajudar na prevenção de doenças e garantir saúde para a mãe e a
criança, inclusive durante o parto
A
chegada do Dia das Mães, comemorado este ano em 11 de maio, é uma excelente
oportunidade para lembrar as futuras mamães sobre a importância da realização
dos exames do pré-natal. São testes laboratoriais simples, que garantem a saúde
tanto do bebê quanto da grávida e podem evitar diversas complicações, mesmo
durante o parto.
Alguns
dos procedimentos são obrigatórios, outros são recomendados pelos médicos e
outros, ainda, são mais específicos, solicitados de acordo com o desenrolar da
gestação. “A principal função dos testes é dar informações tanto sobre o
desenvolvimento do feto quanto da saúde da mulher”, explica o Dr. Jurandir
Passos, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal
do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica.
“As
mães devem sempre estar atentas às recomendações médicas durante todo o ciclo
da gravidez e alguns exames devem ser repetidos para acompanhamento”, complementa
o especialista. “Dessa forma, a gravidez será uma experiência tranquila e
saudável tanto para a mulher quanto para o bebê”, finaliza. Dr. Jurandir Passos
ainda lembra que, caso a mãe apresente quadros de doenças associadas, a gama de
exames também deve englobar o problema base.
Confira
a seguir os exames recomendados durante o pré-natal, de acordo com o médico:
·
Hemograma completo: Realizado durante os três trimestres da gravidez, verifica sinais
de infecção, anemia ou alterações nas plaquetas e é pedido pelo ginecologista
logo na primeira consulta. Para realizar o exame, a mulher não pode ter feito
esforços físicos.
·
Exame qualitativo de urina e urocultura: Os médicos pedem que a gestante realize esse procedimento no primeiro,
segundo e terceiro trimestres, pelo menos uma vez. O exame é feito para checar
se há alguma patologia ou anormalidade nos rins e no aparelho urinário da
mulher. Caso haja algum tipo de infecção e a doença não seja tratada, pode
levar ao trabalho de parto prematuro.
·
Ultrassonografia obstétrica: O ideal é que seja realizada no primeiro trimestre, entre a 8ª e a
10ª semana, já que vai mostrar se a gestação é única ou múltipla e determinar a
idade gestacional exata. Deve ser repetida no segundo e terceiro trimestres
para acompanhar se o desenvolvimento do feto está dentro do esperado e
verificar seus batimentos cardíacos.
·
Ultrassom
morfológico do 1º trimestre: É realizado
entre a 11ª e a 14ª semana de gestação e tem por finalidade predizer qual o
risco que o feto tem de apresentar alguma síndrome, principalmente a Síndrome
de Down. O risco é calculado com base em achados ultrassonográficos, como a
medida da translucência nucal, bem como nos resultados da avaliação da
circulação fetal e pela presença ou não do osso nasal. Com muitas mulheres
engravidando em idade cada vez mais avançada, o exame é adotado rotina nesses
casos.
·
Ultrassom morfológico do 2º trimestre gestacional: É realizado entre a 19ª e a 24ª semana de gestação. Trata-se de
uma análise detalhada da anatomia fetal, já que essa é a melhor época para
visualizar a formação do bebê por meio do ultrassom. O exame irá determinar o
crescimento fetal e o bom desenvolvimento da criança por meio da avaliação da
movimentação do feto, fluxos sanguíneos e crescimento médio.
·
Glicemia: Útil
para detectar intolerância à glicose e diabete. O teste é feito no início da
gravidez e será repetido na 26ª semana de gestação, quando o corpo apresenta
mais dificuldade para assimilar o açúcar.
·
Tipagem sanguínea e fator RH: Deve ser realizado no primeiro trimestre. Verifica a
compatibilidade de sangue do casal. Se a mãe for RH negativo e o pai RH
positivo, a mulher deve tomar uma injeção de imunoglobulina na 27ª semana da gravidez
e até 72 horas após o parto para que, caso o bebê seja RH positivo, não haja
aglutinação do sangue.
·
Sorologia para HIV, sífilis, toxoplasmose, hepatite
B, hepatite C e rubéola: São exames que precisam ser
feitos no primeiro e no terceiro trimestres. Eles determinam se a gestante já
teve contato com as doenças para que, em caso positivo, sejam tomados os
cuidados necessários para que o bebê não seja infectado. Algumas das doenças
podem trazer consequências sérias como má-formação, cegueira e até mesmo a
morte.
·
Ecocardiografia fetal: Feito no segundo trimestre da gravidez, o exame verifica a
presença de problemas cardíacos no feto por meio de um ultrassom do abdômen
materno. O médico recomenda principalmente se há histórico de doenças cardíacas
na família da mãe ou se a mulher engravidou após os 40 anos de idade.
Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica
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