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terça-feira, 7 de maio de 2019

Arrastões em condomínios: Especialista em segurança privada traz 5 passos para melhorar a segurança


 Com o aumento de casos de ataques em prédios, professora Ellen Pompeu, mestre em segurança habitacional pelo IPT, orienta como síndicos e zeladores podem deixar o local mais seguro através de medidas e comportamentos preventivos

Mesmo diante de investimentos em equipamentos tecnológicos e treinamentos, de nada adianta se funcionários, visitantes e prestadores de serviço e, principalmente, os condôminos não aderirem às regras. Recentemente, uma quadrilha foi presa em São Paulo após ser descoberta que alugava apartamentos em condomínios com o intuito de realizar um arrastão na vizinhança do prédio. Segundo informações da polícia, durante o ataque, a gangue usava luvas cirúrgicas, bonés e perucas para dificultar a identificação.

Apesar de ser uma modalidade mais arriscada, a abordagem de quadrilhas especializadas em roubo neste tipo de local está cada vez mais comum e profissionalizada, principalmente nos centros urbanos por conta de falhas de segurança existentes nos condomínios.

"As soluções de segurança são baseadas em círculos de proteção contemplando tecnologia, pessoas e procedimentos e, nesse caso, ficou claro que o último círculo de proteção (residência do morador) estava vulnerável e os crimes estão cada vez mais organizados", explica Ellen Pompeu, mestre em segurança habitacional pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Governo do Estado de São Paulo e sócia-diretora da operação brasileira na ICTS Security, empresa de consultoria em segurança, de origem israelense.

A consultora, atuante há 25 anos na gestão e projetos de segurança pessoal e patrimonial, recomenda cinco passos básicos para evitar arrastões nos condomínios e manter a presença de bandidos longe do local. As orientações estão alinhadas com medidas preventivas e ações práticas para momentos de ameaça.

Vamos a elas:


1. Equipe de segurança: O melhor investimento é aquele que, de fato, diminui riscos, minimiza vulnerabilidades e promove mais segurança. Optar pela contratação de pessoas, sejam elas funcionários do condomínio ou de empresas terceirizadas é uma iniciativa sustentável e que potencializa a proteção do condomínio. A escolha das pessoas e dos fornecedores passa, além da análise da solução proposta ao projeto de segurança, levando em consideração as características do condomínio, por uma análise prévia criteriosa sobre o perfil e histórico tanto dos profissionais como das empresas terceirizadas.


2. Treinar e conscientizar porteiros e zeladores: O crime não acaba, ele migra ou se aprimora. Por isso, é importante sempre manter a equipe responsável pela segurança do condomínio, principalmente porteiros e zeladores, atualizada com relação aos atuais modus-operandi, para auxiliá-los a identificar sinais suspeitos, garantir a execução e entendimento dos procedimentos de rotina e emergência, bem como mantê-los inteirados das melhores práticas para cada tipo de abordagem.


3. Avaliação ética dos profissionais: Conhecer cada pessoa que compõe a equipe de segurança é tão necessário quando portar as melhores tecnologias de proteção. De garagistas a funcionários da limpeza, avaliar o risco individual de cada cargo reforça ainda mais os elos que compõem a segurança condominial.


4. Tecnologia e procedimentos: Associar os recursos tecnológicos mais adequados para cada tipo de empreendimento com os procedimentos, devidamente escritos e validados pela administração e condôminos, respaldam a ação dos profissionais da segurança para agirem corretamente em todas as situações.


5. Melhoria contínua: Não basta apenas ter tecnologia de ponta e profissionais capacitados. É preciso desenvolver e aplicar um programa de melhoria contínua dos processos e soluções já existentes a fim de detectar o surgimento de novos riscos para adotar medidas de prevenção e mitigação previamente.

"O investimento do apartamento é particular e é o último círculo de proteção do morador. Medidas como a instalação de portas anti-vandalismo, olho mágico, campainha, câmeras, entre outros equipamentos e o treinamento preventivo dos funcionários da residência e dos próprios moradores para elevar o nível de conscientização, contribuem de forma coletiva no conjunto de medidas protetivas realizadas individualmente pelas unidades", finaliza Ellen Pompeu.




ICTS Security

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