A
Proteção Animal Mundial, em parceria com o Animal Welfare Institute (AWI),
lança hoje (8) na ITB Berlim, uma das maiores feiras de turismo do mundo, a
quinta edição do relatório “O Problema dos Mamíferos Marinhos em Cativeiro”. O
material aponta evidências científicas sólidas e argumentos éticos contra o
abrigo de mamíferos marinhos (golfinhos e baleias) em cativeiro com o objetivo
de exibição pública, como no caso de shows, espetáculos e apresentações.
“As
instalações utilizadas para esse tipo de atividade não contam com recursos
essenciais de conservação ou educação, ou seja, esses animais são submetidos a
uma vida em cativeiro, passando por vários tipos de maus-tratos físicos e
psicológicos, além dos impactos em conservação dessas espécies”, explica João
Almeida, gerente de vida silvestre da proteção Animal Mundial.
Na
natureza, essas espécies podem nadar até 160 km por dia, atingir mais de 40
km/h e mergulhar centenas de metros de profundidade. Mesmo nas maiores
instalações, quando submetidos a cativeiros os animais contam com menos de
0,0001% (um milionésimo) do seu habitat natural. Estudo realizado em 2014
descobriu que uma orca macho em cativeiro passou quase 70% de sua vida imóvel.
No entanto, os padrões globais para o tamanho do compartimento de cativeiros
não foram revisados, nem mesmo melhorados.
Destaques
do relatório
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Muitos países do Ocidente já proíbem a exibição de cetáceos para entretenimento
e restringem o comércio desses animais, mas a captura de mamíferos marinhos de
vida livre continua
-
Os tanques de golfinhos na Ásia e no Caribe estão expostos desastres naturais,
como furacões e tsunamis. Essas construções também degradam o habitat da costa,
destruindo mangues e danificando os recifes de corais. Várias instalações foram
destruídas na temporada de furacões de 2017 no Caribe
-
As condições inadequadas dos mamíferos marinhos em cativeiro têm impactos
adversos no seu bem-estar. A maioria dos mamíferos marinhos é um predador de
grande amplitude - o confinamento em pequenos tanques ou currais leva ao
estresse, o que leva a vários problemas de saúde, comportamentos neuróticos e
níveis anormais de agressão
-
Golfinhos nariz-de-garrafa são seis vezes mais propensos a morrer imediatamente
após a captura da natureza e a transferência entre as instalações.
-
A preocupação com a segurança do nadador e o bem-estar dos golfinhos levou
várias empresas de turismo, incluindo a TripAdvisor e a Virgin Holidays, a
encerrar ou restringir a promoção de natação com golfinhos
Silvestre.
Não Entretenimento - Desde 2015, a
Proteção Animal Mundial atua por meio da campanha “Silvestres. Não
Entretenimento” com o intuito de mostrar à indústria de turismo que é possível
oferecer experiências incríveis aos viajantes sem explorar de forma cruel os
animais. A ação dá voz aos 550 mil animais selvagens que estão atualmente em
cativeiro e sendo abusados em nome do chamado entretenimento turístico.
Sobre
a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection)
A
Proteção Animal Mundial (anteriormente conhecida como Sociedade Mundial para a
Proteção Animal) mudou o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A
organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu
sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para
garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados;
trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais
silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos
animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações
de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os
animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para
melhor. Para mais informações acesse: www.protecaoanimalmundial.org.br.
Sobre o Animal
Welfare Instuite
O Animal Welfare Institute (www.awionline.org) é uma organização de caridade sem fins lucrativos fundada em 1951 e dedicada a reduzir o sofrimento animal causado pelas pessoas. A AWI envolve os formuladores de políticas, os cientistas, a indústria e o público para obter um melhor tratamento dos animais em qualquer lugar - no laboratório, na fazenda, no comércio, em casa e na natureza.
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