Especialista do
setor digital dá dicas de ferramentas que podem proteger os menores de idades
de conteúdos impróprios
Um vídeo que viralizou na internet nos últimos dias
tem preocupado pais e mães. Na produção, uma figura pálida, de olhos
esbugalhados e boca proeminente incita crianças a se suicidarem, se
automutilarem e agredirem outras pessoas. Inicialmente, a narrativa era que a
boneca bizarra estaria aparecendo durante vídeos do aplicativo Youtube Kids.
Contudo, as evidências até agora apontam para que a
história se trata de um chamado “hoax”, que são mentiras compartilhadas em
massa pela internet. O caso já está sendo investigado por autoridades do mundo
inteiro, inclusive o Ministério Público do Brasil.
Já se sabe que o vídeo com a boneca “bizarra”
estava sendo compartilhado por aplicativos de mensagem e que a partir daí ele
poderia ter chegado ao conhecimento dos menores de idade. O fato acendeu o
alerta para que os pais administrem o conteúdo consumido por crianças e
adolescentes na internet.
Sylvia Bellio, CEO da it.line, empresa referência
em soluções digitais, lembra que plataformas como Youtube Kids já possuem filtros
de segurança. Porém, ela pontua que é preciso ficar atento aos conteúdos que os
filhos acessam na internet.
“Em um momento como o atual, onde a internet está
tão difundida e as crianças têm abertura desde muito cedo a esse mundo, é
preciso tomar cuidados com o que elas acessam. Mesmo essa história da Momo
sendo provavelmente um relato falso, é preciso cuidar para que elas não
entrem em sites ou vejam vídeos que reproduzem histórias e conteúdos pesados
desse tipo”, argumenta.
Controle parental
Sylvia argumenta que atualmente algum tipo de
controle parental está presente em praticamente todas as plataformas da
internet, sejam navegadores, sites ou programas. Ela afirma que os pais
precisam procurar essas opções e configurar esses parâmetros.
A especialista pontua algumas dicas sobre isso:
- Google: é possível configurar o controle parental
através do chamado “Safe Search”. “Ele bloqueia possíveis resultados maliciosos
e de conteúdo adulto nas pesquisas. Além disso, também é possível bloquear
palavras específicas como ‘nudez’ ou ‘morte’, por exemplo”, afirma a
especialista.
- Antivírus: outro aliado preponderante são os
antivírus. O mercado já possui programas antivírus voltados especificamente
para crianças. Esses softwares conseguem limitar o número de páginas na
internet que podem ser acessadas, analisar postagens nas redes sociais e muito
mais.
- Monitoramento de navegação: outra solução
oferecida pela tecnologia são os programas de monitoramento de navegação. Eles
conseguem verificar em tempo real o que uma criança está acessando no
computador e retransmitir a imagem para outro dispositivo. Sylvia pontua,
porém, que esse programa pode incomodar adolescentes e, por isso, seu uso é
mais recomendado para crianças pequenas.
Outras medidas
Além da tecnologia, a segurança dos menores de
idade na internet dependem de fatores sociais também. Especialistas do SaferNet
Brasil, uma associação privada que combate crimes virtuais, pontua que a
conversa com os filhos é indispensável para que a navegação na rede mundial de
computadores seja a mais segura possível.
A entidade explica que é preciso abrir diálogo com
crianças e adolescentes para que eles saibam que existem perigos na internet.
De acordo com a SaferNet, esse papo franco pode fazer com que os filhos criem
responsabilidade desde cedo e saibam que em qualquer situação de desconforto na
rede, eles terão um canal aberto com os pais.
Atuando no mercado de tecnologia há mais de 15
anos, Sylvia argumenta que a internet é um fenômeno relativamente novo e que a
sociedade ainda está aprendendo a lidar com ela. Por isso, ela diz que o debate
precisa ser franco e que os pais precisam se responsabilizar pelos filhos.
“A internet pode ser excelente ou péssima e tudo
isso só depende do nosso uso. Casos como esse hoax da Momo nos alertam para o
fato de que precisamos criar um ambiente seguro para as crianças, já que os
conteúdos que elas acessam impactam na psicologia delas. Eu não sou a favor da
censura e do afastamento dos pequenos da tecnologia, já que a modernidade é um
caminho sem volta. O que sou a favor é que nós, enquanto adultos e pais, nós
responsabilizemos por um ambiente saudável para as crianças. E ferramentas para
isso não faltam”, finaliza.
Sylvia
Bellio - Iniciou a carreira no setor financeiro, atuando
como gerente da área administrativa de grandes instituições bancárias. Diretora
Geral da it.line - Maior Canal de Vendas Dell do Brasil em 2015. Com mais de 15
anos de experiência no mercado de tecnologia conduz sua equipe de arquitetos de
soluções e executivos de negócios para se posicionem lado a lado com os
profissionais de TI na busca de soluções para resolver os desafios de negócios
das empresas.Agraciada, através de sua empresa, por anos consecutivos com os
mais conceituados prêmios da Dell Computadores.Introduziu no Brasil fabricantes
como: Dot Hill Systems de armazenamento FC; EqualLogic armazenamento Iscsi;
Force10 de networking; Compellent de armazenamento FC|ISCI.Tem papel de
destaque no empoderamento feminino dentro do universo da tecnologia. É a
única mulher a compor o conselho das empresas parceiras da Dell no Brasil.
Participou de diversas edições do Dell World e das últimas edições do Dell
Women’s Entrepreneur Network.
it.line
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