Levantamento ainda revela que, com tantas
opções de rótulos, a bebida se destaca entre os itens para presentear
Uma
bela taça de espumante já é algo emblemático na hora do brinde, no entanto, nos
últimos anos, uma outra bebida tem ganhado espaço nas celebrações,
especialmente nas ceias de final de ano: o vinho. É o que revela um
levantamento exclusivo feito pela Banca do Ramon – um dos empórios mais
tradicionais do Mercado Municipal de São Paulo. A pesquisa “Hábitos Alimentares
do Brasileiro – preferências, dietas e tendências de consumo”, revelou que 43%
dos 1.021 entrevistados preferem o vinho convencional para acompanhar a ceia. A
bebida alcoólica, obtida através da fermentação de uvas, está à frente, até
mesmo, de drinques icônicos como o espumante e a popular sidra.
O
estudo ainda aponta que, dentre os alcoólicos mais populares, o vinho é,
disparado, o preferido na hora de presentear. As possíveis razões? Além da
diversidade de rótulos, atendendo a variados gostos e bolsos, o vinho
certamente se destaca por suas propriedades nutricionais, pois, diferente das
outras bebidas alcoólicas, pode trazer benefícios a saúde.
A cor da saúde
Espumante,
frisante, champanhe – você sabia que, salvo suas particularidades, eles também
são diferentes tipos de vinho? Mas, ainda que muitos não consigam imaginar o
brinde de “boas festas” sem o charme das “bolinhas” presentes nesses rótulos,
existem ótimas razões para inovar e apostar no vinho convencional para
acompanhar a ceia. Além de harmonizar perfeitamente com muitos pratos típicos
natalinos, os vinhos, especialmente aqueles obtidos de
uvas escuras, fornecem mais nutrientes. É o afirma a nutricionista Juliana
Tomandl “Devido seu processo de fermentação, o vinho tinto possui maior
concentração de resveratrol – um fitonutriente presente na casca da uva. Essa
substância é um potente antioxidante, que, no organismo, previne contra o
envelhecimento precoce e a ação dos radicais livres, responsáveis pelo
surgimento de diversos males.”
E
qual o segredo desse “elixir”? Nesse tipo de vinho, a fermentação ocorre após o
“esmagamento” das uvas. Os resíduos desse processo, ou seja, as cascas e
sementes, ficam “de molho” junto com o suco durante a fermentação, conferindo a
bebida não só a coloração característica, mas também níveis elevados de taninos
e resveratrol. “Estudos apontam, inclusive, que apreciar a bebida moderadamente
contribui para a proteção da pele, das artérias e, até mesmo, do cérebro e do
coração” – ressalta Tomandl.
Presente versátil
A
mesa farta é um dos principais símbolos dessa época do ano e, nesse quesito, o
vinho também é um grande aliado: a bebida não só harmoniza com vários pratos
como também pode ser usado no preparo e cozimento dos alimentos, dando um toque
sofisticado nas receitas. A consultora da Banca do Ramon cita alguns exemplos: “Carnes suínas
como pernil e lombo, muito populares nas comemorações de final de ano, vão bem
com vinhos roses e tintos suaves. Os tintos frutados, por sua vez, harmonizam
com pratos que levam molho agridoce, amêndoas, laranjas e tangerinas. Tem
espaço até para a sobremesa: o panetone ou chocotone casa bem com a doçura do
vinho do Porto. Lembrando que, mesmo quem é abstêmio, pode usar essas bebidas
nas marinadas, molhos e reduções, preservando o sabor sem consumir,
necessariamente, o álcool dessas bebidas.” – explica Tomandl.
E
essa versatilidade é, possivelmente, um dos motivos pelos quais até mesmo quem
não bebe opta pelo vinho na hora de presentear: segundo a pesquisa realizada
pelo empório, ele é a escolha de 86% dos entrevistados, ficando a frente, até
mesmo das cervejas artesanais (9%) e da brasileiríssima cachaça (3%).
A escolha mais saudável
Agora,
se a saúde é o principal argumento para incluir essa bebida não só na ceia, mas
também no dia a dia, como escolher corretamente? E mais: o quanto apreciar para
colher os benefícios? De acordo com a nutricionista, a primeira regra para o
consumo saudável de vinho é a moderação “É importante lembrar que, embora tenha
seus benefícios, ainda se trata de uma bebida alcoólica e, portanto, é preciso
consumi-lo com responsabilidade. Para indivíduos saudáveis, que não fazem uso
de medicação contínua, pessoas com problemas crônicos ou gestantes, a ingestão
de uma taça (até 200 ml) por dia é considerada um bom hábito. Ressaltando
também que, por si só, o vinho não faz milagres, é preciso seguir uma dieta
equilibrada para, de fato, favorecer o organismo.”
E
quanto ao rótulo, existe diferença? De acordo com Tomandl, embora os vinhos
brancos e roses também sejam capazes de fornecer nutrientes, os tintos são os mais
recomendados. “Especialmente os produzidos a partir de uvas Tannat e Cabernet
Sauvignon, pois possuem maior concentração de antioxidantes. Os rótulos com
menos açúcar e menos álcool também são mais vantajosos para a dieta, por isso,
os vinhos secos de baixa graduação alcoólica são as melhores pedidas,
especialmente se forem de procedência orgânica.”
Fonte: Banca do Ramon
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