Psicólogo do
Hapvida Saúde fala sobre a importância de desenvolver o lado lúdico das
crianças junto ao personagem lendário do Natal
Mais um Natal se aproxima e, com ele, os
panetones, uvas passas, presentes, celebrações e também os dilemas que envolvem
um dos personagens mais lendários da cultura natalina, o Papai Noel. Os pais
devem contar ou não para os filhos que o bom velhinho não existe? Para os que
optam por essa conversa, fica ainda a dúvida de qual é o melhor momento da
infância para a revelação, tendo em vista que os crescidinhos já se deparam com
alguns indícios que de que trata-se apenas de um personagem do imaginário
infantil.
O fato de as crianças entrarem em contato com a
tecnologia e dispositivos eletrônicos cada vez mais cedo, além do fácil acesso
à internet, geralmente faz com que descubram por conta própria a verdade sobre
o personagem. Nestes casos, sobra aos pais a função de confirmar a versão.
Não há comprovação de que acreditar ou não em
Papai Noel pode causar alguma interferência no processo de amadurecimento das
crianças. O fato é que, com ou sem Papai Noel, é importante que as crianças
desenvolvam o lado lúdico e o imaginário fomentados pelas fantasias que compõem
nossa cultura.
O psicólogo do Hapvida Saúde, André Assunção, diz
que pode ser positivo manter viva a crença no Papai Noel. "A criatividade
lúdica da criança se desenvolve ao acreditar nas histórias que se conta, que se
vive. Não se trata de uma 'mentira' e sim de uma construção mágica de uma
história", destaca.
O especialista reforça que o
Papai Noel é personagem popular e explicar desde cedo que ele não existe fará
com que a criança tenha de lidar com isso em outros ambientes. "Podemos
perceber que todas as crianças passam a acreditar nas histórias que se contam
ao longo da vida. Histórias que formulam e amadurecem o lado lúdico. Dizer a verdade
e desconstruir desde cedo, pode gerar uma frustração e angústia na criança, que
terá de conviver com esse imaginário na vida social (tv, desenhos, outras
famílias, outras crianças etc)", completa.
Por fim, Assunção deixa uma
dica aos pais que estão em dúvida sobre contar ou não aos filhos que Papai Noel
não existe. "Recomendo deixar a imaginação fluir e o amadurecimento
apresentar a verdade de forma natural. Nem sempre é necessário sentar numa mesa
e conversar sobre as histórias que a nossa cultura proporciona. Lidamos com
essa fase como algo construtivo na vida psicológica da criança", conclui o
psicólogo.
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