Alguns
questionam o gestor, outros pedem feedback, mas também há quem vá em
busca de um novo emprego
O dinamismo e o desejo de rápida
ascensão, comuns das novas gerações, trazem um panorama diferente ao mercado de
trabalho. Em meio a outra realidade, nem todos os gestores estão preparados
para lidar com os ingressantes no mundo organizacional. Por outro lado, muitos
jovens também não têm a paciência necessária para adquirir a experiência de
cada função e, então, crescer. Pensando nisso, o Nube - Núcleo
Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa com o seguinte
enfoque: “se você espera uma promoção e ela não vem, o que faz?”. O resultado
apontou variadas posturas.
O estudo ocorreu entre 19 e 30 de
novembro e contou com a participação de 23.112 pessoas de todo o Brasil. A
faixa etária girou entre 14 e 27 anos. Com 54,86%, ou 12.680 votos, a opção:
“vou questionar os motivos e entender como posso melhorar”, foi a mais apontada.
Para Lucas Fernandes, analista de treinamento do Nube, é sempre bom tentar
compreender quais são as razões pelas quais um profissional não subiu de cargo
ou salário. “Porém, essa atitude é diferente de cobrar uma resposta. A ação
deve ser uma forma saudável de conhecer pontos de melhoria e crescimento. A
conversa com um superior exige muito bom senso e autoconhecimento”, indica.
Já 40,26% (9.304) disseram: “eu
compreendo, afinal posso ainda não estar preparado”. A postura é válida, pois,
antes de qualquer pretensão, é importante se atentar às necessidades da
empresa, saber quais as melhores formas de atingir os objetivos e demandas
propostas. “Ainda assim, o funcionário pode investir em competências
importantes em qualquer área, como a capacidade de atuar em equipe, lidar com a
diversidade, ter inteligência emocional e comunicação clara e assertiva”,
explica o especialista. Além disso, é importante ser flexível e sempre
trabalhar construindo parcerias.
Todavia, nem todos assimilam a
decisão do líder. Assim, 4,14% (956) revelaram: “fico muito frustrado e começo
a procurar um novo emprego”. Para esses, é preciso refletir sobre seu
comportamento. “Afinal, se a cada objetivo não alcançado, o colaborador decidir
sair da companhia, possivelmente, não se desenvolverá em nenhuma”, enfatiza.
Enfrentar as derrotas é uma grande habilidade. “Por outro lado, mesmo sem
promoções é fundamental a gestão trabalhar com campanhas de reconhecimento das
conquistas entregues por sua equipe. Do contrário, o turnover
será inevitável!”, complementa.
Por fim, 0,74% (172) comentaram:
“desabafo com amigos, pois questiono a avaliação do meu gestor”. Sem dúvidas,
esse é um desafio e uma demanda das corporações, lidar com integrantes cada vez
mais autônomos e críticos. “A melhor forma de construir essa relação é
considerar a flexibilidade e engajamento de ambas as partes”, assegura
Fernandes. Logo, o trabalhador deve exercitar a paciência e aproveitar a
experiência de sua jornada e o comandante, por sua vez, precisa mudar de atitude.
“A velha estrutura organizacional baseada em hierarquias rígidas e no “manda
quem pode, obedece quem tem juízo” já não funciona mais. É tempo de
transformação e nunca é tarde para se renovar e valorizar mais seu time”,
finaliza.
Fonte:
Lucas Fernandes - analista de treinamento do Nube
www.nube.com.br
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