Crianças e
adolescentes com excesso de peso, normalmente associado à depressão e
ansiedade, tendem a apresentar níveis mais elevados de colesterol. Por isso, o
seu tratamento, além do procedimento-padrão de dieta e rotina saudáveis, deve
incluir abordagem multidisciplinar e avaliação de
riscos
psicossociais
Em outro recorte de sua monografia, a cientista compilou amplos dados da literatura referente ao excesso de peso na faixa etária entre três e 18 anos. Verificou que a depressão e a ansiedade estão mais presentes em obesos e nos que têm sobrepeso do que naqueles com peso normal.
O trabalho da professora também abordou estudo com 80 participantes, sendo 40 pacientes, de três a 17 anos, do ambulatório de endocrinologia de um hospital campineiro, e os seus 40 cuidadores familiares (mães, pais ou outro responsável). Verificou-se que a origem do excesso de peso nas crianças e adolescentes está associada a problemas com a saúde das mães, principalmente diabetes e complicações na gravidez e no parto. Conclui-se, ainda, que os pacientes com características de afeto negativo têm mais dificuldade para lidar com situações de estresse, depressão e ansiedade.
Em sua monografia,
considerando os resultados dos três estudos abordados no trabalho, a professora
Anita Colletes Bellodi observa ser insuficiente o tratamento para excesso de
peso baseado exclusivamente em hábitos saudáveis, exercícios físicos, dieta
adequada e procedimentos clínicos padronizados. "Para prevenção de
sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, sugere-se mais foco na saúde
materna e ações que reduzam o risco psicossocial, incluindo a avaliação do
estresse e suas causas", observa a psicóloga.
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