Eleitor brasileiro
tende a dar mais atenção a disputa política pelos cargos de presidente e
governador
José Deocleciano,
coordenador do curso de Ciência Política do UDF, explica a importância do voto
consciente para deputados e senadores
A data das Eleições 2018, que elegerá novos
candidatos para o cargo de presidente, governador, deputado e senador, se
aproxima e, com ela, cresce a expectativa dos brasileiros que desejam ver
renovação e mudanças no cenário político no Brasil.
Apesar da importância da data, as atenções acabam
voltadas, muitas vezes, apenas aos candidatos a cargos executivos, como é o
caso do presidente e governadores. O fato de existirem muitos candidatos a
cargos legislativos, que também possuem menor tempo de propaganda eleitoral e
pouca cobertura da imprensa, são alguns dos motivos que justificam o baixo
interesse do eleitor brasileiro aos demais cargos governamentais.
De acordo com o professor José Deocleciano, do
curso de Ciência Política do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), o
voto consciente para eleições de cargos voltados ao poder legislativo, formado
por deputados e senadores, é tão importante quanto a eleição dos candidatos aos
cargos executivos. “A eleição presidencial, naturalmente, costuma chamar mais
atenção, mas não podemos esquecer que temos o poder de eleger os candidatos que
formarão o congresso”. Explica. “No nosso país, o presidente depende do
legislativo para governar pois a principal função do parlamento é propor novas
leis, além de fiscalizar o poder executivo. Quando se analisa o governo de
diversas matrizes ideológicas, percebe-se que em vários momentos o parlamento
disse não para projetos importantes”, comenta o professor.
O Congresso Nacional:
O congresso nacional é composto pelo Senado e pela
Câmara dos Deputados que são eleitos por sistemas eleitorais diferentes:
“No caso do Senado, os representantes são
escolhidos por voto majoritário. Os candidatos eleitos representam os estados e
têm o mesmo número de representantes, sendo três senadores para cada unidade
federativa”, explica Deocleciano.
“Já na Câmera dos Deputados, o número de
representantes por Estado é proporcional à sua população, sendo mínimo de oito
e máximo de 70 deputados. Eles são escolhidos pelo sistema de voto
proporcional, em que a peça chave é o partido político”, conclui.
Voto consciente:
Para garantir que os diferentes papéis do poder
legislativo sejam exercidos, é preciso estar atento ao histórico dos
candidatos, além de seus respectivos partidos. “Precisamos reparar bem em quem
daremos nosso voto, pois são eles que darão “a cara” do próximo governo”,
aponta o prof. José Deocleciano.
Ainda de acordo com o professor, é importante
buscar informações oficiais e prestar atenção nas posições ideológicas dos
candidatos. “No site do TSE e do TRE, o eleitor pode fazer buscas sobre as
diversas opções de candidatos e seus partidos. O segundo passo é ir atrás das
páginas dos partidos e buscar os conteúdos programáticos dos mesmos”, explica.
“No caso dos deputados, não é obrigatório formalizar um programa de governo.
Por isso, em tese, o programa de governo do partido representa o programa do
candidato”.
UDF
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