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sábado, 6 de outubro de 2018

Conheça os Bioestimuladores, injetáveis que prometem tratar celulite e flacidez


Tendência nos Estados Unidos, os chamados Bioestimuladores chegam ao Brasil como a nova alternativa dos tratamentos estéticos para tratar rugas e flacidez. As substâncias injetáveis prometem ativar as células (fibroblastos) que são responsáveis pela produção de colágeno.

Uma pesquisa divulgada pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS) revelou que, em 2014, dos 15,6 milhões de procedimentos estéticos, cerca de 9 milhões foram injetáveis. De lá para cá, esse número vem crescendo. As pessoas passaram a adotar esse tipo de tratamento por ser mais seguro e menos invasivo do que a cirurgia plástica convencional.

No Brasil, os Bioestimuladores também estão ganhando a preferência daqueles que querem tratar rugas e flacidez, e deve crescer ainda mais nos próximos meses com o verão se aproximando, já que podem ser aplicados, não somente no rosto, mas também no corpo.

Não se trata da aplicação do colágeno, mas sim da estimulação da produção do próprio colágeno, o que, segundo a dermatologista Dra. Renata Sitonio, da Clínica Sitonio, devolve de forma natural o aspecto jovial da pele. No corpo, esse tratamento pode ser realizado para celulite, flacidez das coxas, abdome, bumbum e braços.

“Essas substâncias são eficazes no tratamento da celulite, da flacidez na barriga, principalmente após uma lipoaspiração, quando a barriga fica um pouco flácida, ou até mesmo após uma gestação, por exemplo. Outra indicação muito interessante é a melhora da flacidez dos braços, que, principalmente nas mulheres, é difícil melhorar somente com musculação”, ressalta a dermatologista.

A Dra. Renata Sitonio explica que, com o tempo, o fibroblasto começa a ficar preguiçoso e a diminuir a produção do colágeno, no entanto, as enzimas que causam a destruição do colágeno continuam agindo. Dessa forma, ocorre um desequilíbrio entre produção e degradação, o que leva ao envelhecimento. Os Bioestimuladores, como o Sculptra (ácido poli l láctico) e o Radiesse (hidroxiapatita de cálcio), ativam os fibroblastos e essas células voltam a produzir colágeno.

“Nós sabemos também que há modificações importantes dos ossos da face com o passar dos anos. Os ossos que dão sustentação para a face, à medida que eles vão ficando mais finos, a gordura facial e a pele perdem o seu local de sustentação e a pessoa começa a ter a sensação de que sua face está ‘derretendo’. O ácido poli l láctico pode ajudar a melhorar esse processo, se injetado próximo aos ossos da face, para devolver a sustentação do rosto”, exemplifica.


Para quem é indicado?

Esse procedimento pode ser iniciado aos 30 anos como prevenção, ou a partir do momento em que a pessoa começar a sentir-se incomodada com a flacidez. Os Bioestimuladores só não são indicados para portadores de doenças autoimunes como, lúpus em atividade e esclerodermia. Pessoas que tem PMMA na região a ser tratada também devem evitar o procedimento.

Os Bioestimuladores só devem ser aplicados por médicos dermatologistas. Quando procurar pelo tratamento, é importante observar sempre se tem experiência nesse tipo de procedimento e se é credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia no site da própria SBD (www.sbd.org.br).






Renata Sitonio -  Médica dermatologista chefe da Clínica Sitonio, em São Paulo, e médica colaboradora no ambulatório de cosmiatria do Hospital do Servidor Público Municipal. Graduada pela Universidade Federal da Paraíba, Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Especialista em Dermatologia no Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD - e regional de São Paulo e Coautora do livro IPCA sobre técnicas cirúrgicas com agulhas



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