Tendência
nos Estados Unidos, os chamados Bioestimuladores chegam ao Brasil como a nova
alternativa dos tratamentos estéticos para tratar rugas e flacidez. As
substâncias injetáveis prometem ativar as células (fibroblastos) que
são responsáveis pela produção de colágeno.
Uma
pesquisa divulgada pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS)
revelou que, em 2014, dos 15,6 milhões de procedimentos estéticos, cerca de 9
milhões foram injetáveis. De lá para cá, esse número vem crescendo. As pessoas
passaram a adotar esse tipo de tratamento por ser mais seguro e menos invasivo
do que a cirurgia plástica convencional.
No
Brasil, os Bioestimuladores também estão ganhando a preferência daqueles que
querem tratar rugas e flacidez, e deve crescer ainda mais nos próximos meses
com o verão se aproximando, já que podem ser aplicados, não somente no rosto,
mas também no corpo.
Não se
trata da aplicação do colágeno, mas sim da estimulação da produção do próprio
colágeno, o que, segundo a dermatologista Dra. Renata Sitonio, da Clínica
Sitonio, devolve de forma natural o aspecto jovial da pele. No corpo, esse
tratamento pode ser realizado para celulite, flacidez das coxas, abdome, bumbum
e braços.
“Essas
substâncias são eficazes no tratamento da celulite, da flacidez na barriga,
principalmente após uma lipoaspiração, quando a barriga fica um pouco flácida,
ou até mesmo após uma gestação, por exemplo. Outra indicação muito interessante
é a melhora da flacidez dos braços, que, principalmente nas mulheres, é difícil
melhorar somente com musculação”, ressalta a dermatologista.
A Dra.
Renata Sitonio explica que, com o tempo, o fibroblasto começa a ficar
preguiçoso e a diminuir a produção do colágeno, no entanto, as enzimas que
causam a destruição do colágeno continuam agindo. Dessa forma, ocorre um
desequilíbrio entre produção e degradação, o que leva ao envelhecimento. Os
Bioestimuladores, como o Sculptra (ácido poli l láctico) e o Radiesse (hidroxiapatita
de cálcio), ativam os fibroblastos e essas células voltam a produzir
colágeno.
“Nós
sabemos também que há modificações importantes dos ossos da face com o passar
dos anos. Os ossos que dão sustentação para a face, à medida que eles vão
ficando mais finos, a gordura facial e a pele perdem o seu local de sustentação
e a pessoa começa a ter a sensação de que sua face está ‘derretendo’. O ácido poli
l láctico pode ajudar a melhorar esse processo, se injetado próximo aos ossos
da face, para devolver a sustentação do rosto”, exemplifica.
Para
quem é indicado?
Esse
procedimento pode ser iniciado aos 30 anos como prevenção, ou a partir do
momento em que a pessoa começar a sentir-se incomodada com a flacidez. Os
Bioestimuladores só não são indicados para portadores de doenças autoimunes
como, lúpus em atividade e esclerodermia. Pessoas que tem PMMA na região a ser
tratada também devem evitar o procedimento.
Os
Bioestimuladores só devem ser aplicados por médicos dermatologistas. Quando
procurar pelo tratamento, é importante observar sempre se tem experiência nesse
tipo de procedimento e se é credenciado pela Sociedade Brasileira de
Dermatologia no site da própria SBD (www.sbd.org.br).
Renata Sitonio -
Médica dermatologista chefe da Clínica Sitonio, em São Paulo, e
médica colaboradora no ambulatório de cosmiatria do Hospital do Servidor
Público Municipal. Graduada pela Universidade Federal da Paraíba, Título de
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia,
Especialista em Dermatologia no Conselho Federal de Medicina e Associação
Médica Brasileira, Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD
- e regional de São Paulo e Coautora do livro IPCA sobre técnicas cirúrgicas
com agulhas
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