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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Cirurgias minimamente invasivas são eficazes para tratar doenças que mais afetam os idosos


 Especialista garante que os problemas recorrentes estão relacionados às fraturas patológicas da coluna e aponta os tratamentos mais adequados  

 
O envelhecimento da população brasileira acontece em ritmo acelerado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025 mais de 34 milhões de pessoas terão mais de 60 anos. É um número que já se aproxima da média dos países europeus onde os habitantes mais velhos correspondem a 21% da população. Com isso, o país precisa estar preparado para lidar não com o impacto desse envelhecimento na previdência, mas também na qualidade de vida dessas pessoas. Os problemas de saúde mais comuns entre os mais velhos estão relacionados às quedas, provocadas, principalmente, pela instabilidade postural ou pelo enfraquecimento das estruturas musculares e ósseas.  

Segundo o ortopedista e diretor da Clínica Pró-Movimento, Dr. Maurício Marteleto, é preciso estar atento também as fraturas patológicas de coluna que decorrem de diferentes fatores um deles é a osteoporose. A expressão “tsunami de fraturas” foi criada pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) para alertar a população do perigo da doença, que, após os 50 anos, atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens. "A osteoporose é uma condição de perda de massa óssea e alteração da microarquitetura do osso, favorecendo as fraturas em mínimos traumas. A fratura mais frequente é a do fêmur, ocasionando uma qualidade ruim de vida, com dependência física e dores", explica o especialista. 

Outro problema recorrente nos idosos é a hérnia de disco duras e as estenoses do canal lombar. Existem várias causas para o problema, que pode ser evolutivo e envolver fatores genético, mecânico, degenerativo, nervoso, vascular, imunológico, infeccioso e biológico. 

As fraturas patológicas são tratadas com cirurgias minimamente invasivas como a vertebroplastia ou cifoplastia, caracterizadas por apresentarem cortes menores e por causarem menor dano interno ao paciente. "Durante esse tipo de cirurgia (minimamente invasiva), os danos aos músculos e aos tecidos adjacentes à incisão são menores, por isso o sangramento é menor, o que gera cicatrizes menores e reduz o tempo de recuperação do paciente", analisa o ortopedista. Além disso, segundo o Dr. Maurício, há uma menor incidência de complicações pós-operatórias. Para esses tratamentos, o Dr. Maurício Marteleto ressalta a importância de um bom exame clínico e também da liberação cardiológica, além de orientação quanto ao processo de reabilitação. "Nos exames clínicos é realizada uma avaliação física e neurológica, para determinar se a fratura está causando compressões dos nervos. Podem ser feitas ainda uma radiografia, tomografia ou ressonância magnética, para entender qual a progressão da fratura", finaliza o médico.  
 






Dr. Maurício Marteleto Filho - médico ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. Há mais de 10 anos atua na área de cirurgia da coluna vertebral, sendo membro efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Sociedade Brasileira de Patologia da Coluna Vertebral (SBPCV) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna Vertebral.  

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