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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Apenas um em cada dez brasileiros acredita que fumantes devem pagar mais por serviços médicos, aponta pesquisa


Levantamento do Grupo Havas revela, porém, que um terço dos entrevistados no país acha que tabagistas não possuem boa performance no trabalho, comparados àqueles com estilo de vida saudável


A pesquisa “Taking healthcare to the next level”, realizada pelo Grupo Havas, um dos maiores grupos de comunicação global, em 27 países, incluindo o Brasil, aponta que, no mundo, 76,37% dos entrevistados acreditam que fumantes e não fumantes deveriam pagar o mesmo valor pelos serviços médicos. O número de pessoas que afirmam que tabagistas deveriam pagar mais pelo acesso à saúde é de apenas 23,63%. Quando se olha para o Brasil, os números mostram que 88,71% acham que o valor deve ser o mesmo para os fumantes, enquanto apenas 11,29% não concorda. Outro dado interessante mostra a relação do ato de fumar com o desempenho no trabalho. Para um terço dos brasileiros ter um estilo de vida saudável significa ter um rendimento melhor do que o daqueles que fumam. Já no mundo, os que acreditam nessa premissa somam 25,61%.

Há cerca de 20 milhões de fumantes no Brasil, o que faz do país o 34ª no ranking da Organização Mundial da Saúde (OMS). Analisando os números nacionais coletados no estudo, 35,42% dos homens consideram que os tabagistas não possuem disciplina e força de vontade, e 22,14% defendem a ideia de que pessoas que fumam colocam a sociedade em risco. Já para as mulheres, o cenário é 26,5% e 14,53%, concomitantemente.

"Nosso estudo evidencia um momento delicado. Se por um lado o mercado orgânico continua crescendo exponencialmente, por outro lado vemos que apenas a minoria dos brasileiros percebe as consequências negativas do tabagismo na sociedade. Ou seja, há uma grande contradição. Acima de tudo, precisamos comunicar o impacto que maus hábitos individuais podem ter coletivamente", ressalta Paula Ottoni, gerente de planejamento da Havas Life, agência de publicidade brasileira, focada em healthcare, pertencente ao Grupo Havas.

Analisando o cenário internacional, na Dinamarca, país que tem mais mulheres fumantes, segundo a OMS, apenas 3,93% dos entrevistados defendem a ideia de que pessoas com o hábito não deveriam ter cobertura em tratamentos e serviços médicos, e 10,81% acham que os mesmos deveriam pagar mais pelos custos voltados à saúde. Já na China, sete a cada dez entrevistados não consideram os tabagistas um risco à sociedade e não concordam com a premissa de que os consumidores deveriam pagar mais pelo acesso a tratamentos e cuidados médicos. O país é o maior produtor e consumidor de tabaco do mundo, e soma mais de 300 milhões de fumantes - cerca de um terço do total de fumantes do planeta, segundo a OMS.

Por outro lado, os resultados obtidos nos países do Sudeste Asiático, chamam a atenção por apresentar uma posição contrária em relação ao hábito de fumar. Na Indonésia, 48% dos entrevistados acreditam que os fumantes não possuem autodisciplina e força de vontade. No Camboja, 78,67% dos respondentes defendem a ideia de que aqueles que possuem hábitos saudáveis performam melhor em comparação aos fumantes. A maioria dos cambojanos ainda acede à ideia de que os tabagistas deveriam pagar preços mais altos pelos tratamentos e cuidados médicos, e mais da metade evita se relacionar com fumantes e os consideram ociosos e preguiçosos.

"Os números servem como um alerta. Globalmente, a tendência é que maus hábitos como o tabagismo sejam encarados como um risco para a sociedade. Isso fica claro quando analisamos os resultados na China, onde essa percepção é quase duas vezes maior em relação ao Brasil. Apesar disso, ainda é minoria internacionalmente", conclui Paula.

A pesquisa foi realizada com 9.400 pessoas no total, sendo 52% mulheres e 48% homens. Dos entrevistados, 42,78% possuem entre 18 e 34 anos, 40,62% entre 35 e 54 anos e 16,61% igual ou acima de 55 anos. 80,88% dos respondentes não são tabagistas.




Havas Group
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Website: www.havasgroup.com


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