Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20
milhões de brasileiros são fumantes, mesmo com a queda de 36% entre 2006
e 2017. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Sociedade Brasileira de Medicina
de Família orienta sobre como largar o vício e melhorar a saúde
O
tabagismo é doença grave que causa mais de 50 problemas de saúde nos indivíduos
que fumam ativamente e também de forma passiva. Com foco no Dia Nacional de
Combate ao Fumo, datado em 29 de agosto, a Sociedade Brasileira de Medicina de
Família orienta sobre como largar o vício que provoca câncer de pulmão ou da
face, doença cardiovascular, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e enfisema
pulmonar, dentre outros. Já para os fumantes passivos, os sintomas podem ser
ocorrência de cefaleia, alergias e aumento da pressão arterial.
“Está comprovado que o tabagismo é
responsável por 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 90% dos casos
de câncer no pulmão, 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral)
e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe,
faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero,
leucemia) e 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes”, explica
Sonia Martins, coordenadora do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da
SBMFC.
Confira 5 dicas para parar de fumar
Recomenda-se que, sempre que possível, os pacientes tabagistas em processo de cessação devem ser acompanhados por uma equipe de saúde para um suporte adequado, o que resulta em maior taxa de sucesso no tratamento;
Para pessoas que não têm acesso ao acompanhamento de uma equipe de saúde o mais importante é que sejam orientados quanto aos principais sintomas da síndrome de abstinência, a duração destes sintomas, e sobre o manejo das crises de fissura. A síndrome de abstinência é uma intensa resposta do organismo à ausência de nicotina. Esta reação é uma readaptação natural do organismo a novos hábitos de vida. Os principais sintomas são: irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, fadiga, dores de cabeça, tosse, sensação de garganta seca, constipação intestinal, azia, gastrite e coriza. As manifestações são individualizadas e podem variar de pessoa para pessoa;
A duração dos sintomas é variável, mas costuma ser mais intensa nas primeiras duas semanas e serem praticamente imperceptíveis após 6 meses. As crises de vontade intensa de fumar, chamadas de fissura, acontecem com frequência nos primeiros dias e vão ficando mais raras com o passar dos dias. É possível controlar as crises de vontade de fumar. A crise dura de 1 a 5 minutos, e a maior recomendação é lembrar que o desconforto vai durar apenas um curto período;
Existem algumas dicas para enfrentar esses momentos sem ceder à vontade de voltar a fumar: Beber bastante água, respirar profundamente e com os olhos fechados e manter sempre à mão um "kit fissura". Alguns alimentos podem ser utilizados, como: cravo, canela, uvas passas, semente de abóbora ou casca de laranja seca torradas no forno, legumes crus (cenoura, erva-doce ou pepino cortado em palito), frutas, cristais de gengibre, balas e chicletes dietéticos, bolachas de água e sal e barras de cereal light;
O tratamento psicológico é fator fundamental no tratamento do tabagismo. Isso porque o hábito de fumar é uma combinação de três dependências: química, comportamental e psicológica. A dependência psicológica é de difícil manejo sem o auxílio de profissionais capacitados.
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