Pesquisa revela o que muitas mães já sabem, a
maternidade é exaustiva e sobrecarrega as mulheres
Ser
mãe não é uma tarefa fácil, pois cuidar dos filhos requer energia, dedicação e
bastante responsabilidade. Para exercer o “ofício” muitas mulheres optam por
sair do emprego e se dedicarem totalmente às crianças. Mas engana-se quem acha
que essa é uma escolha fácil e menos trabalhosa, pois uma pesquisa realizada
pela companhia norte americana Welch’sFoods revelou que ser mãe equivale a ter
2,5 empregos em tempo integral.
A
pesquisa acompanhou a programação semanal de 2 mil mães com filhos entre 5 e 12
anos e constatou que a média de tempo gasto por elas em seus afazeres diários é
de 98 horas por semana, ou seja, o tempo é maior que o dobro de um trabalho com
carga horária de 40 horas semanais. A jornada dessas mulheres começa por volta
das 6h23 da manhã e termina aproximadamente às 20h31, incluindo os finais de
semana.
O
estudo ainda relatou que essas mães conseguem ter um pouco mais de uma hora
diária “livre”, tempo que elas utilizam para ir ao banheiro ou tomar um banho
bem rápido. De acordo com a psicóloga Lia Clerot, ter muitas responsabilidades
e diversos afazeres é cultural do sexo feminino. “Antigamente as mulheres eram
criadas e ensinadas a viver para o lar. De um tempo para cá começaram a
trabalhar fora, construir suas carreiras e conquistar sua independência, mas
continuam carregando esta responsabilidade”, afirmou.
Ao
serem questionadas sobre o que fazem para amenizar a carga do dia-a-dia, as
mães que participaram da pesquisa elencaram alguns métodos: apoio de babá,
amigos ou familiares; outras recorrem à Netflix e a brinquedos eletrônicos,
como Ipads. Quando o assunto é a alimentação, muitas acabam optando por
refeições pré-cozidas e então, no momento que resta no fim do dia, relaxam.
“Apesar
de não ser recomendado deixar os filhos muito tempo assistindo televisão ou
brincando com aparelhos eletrônicos, cada mãe recorre ao que lhe convém ali no
momento de aperto. Mas é preciso haver um equilíbrio e tentar mostrar aos
filhos outras formas de entretenimento como leitura, brincadeiras e atividade ao
ar livre”, recomenda Lia Clerot.
Outro
ponto que a psicóloga destaca é buscar apoio no pai da criança. “A sociedade
nem sempre preparar os meninos para assumirem sua responsabilidade na
paternidade. Mesmo que os pais da criança não morem juntos, é preciso dividir e
nem sempre as mães conseguem delegar ou, pior, eles não assumem as tarefas para
si. Até porque gerir as tarefas já é uma grande responsabilidade”, destaca a
psicóloga.
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