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sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ser mãe equivale a ter dois empregos em tempo integral


Pesquisa revela o que muitas mães já sabem, a maternidade é exaustiva e sobrecarrega as mulheres


Ser mãe não é uma tarefa fácil, pois cuidar dos filhos requer energia, dedicação e bastante responsabilidade. Para exercer o “ofício” muitas mulheres optam por sair do emprego e se dedicarem totalmente às crianças. Mas engana-se quem acha que essa é uma escolha fácil e menos trabalhosa, pois uma pesquisa realizada pela companhia norte americana Welch’sFoods revelou que ser mãe equivale a ter 2,5 empregos em tempo integral.

A pesquisa acompanhou a programação semanal de 2 mil mães com filhos entre 5 e 12 anos e constatou que a média de tempo gasto por elas em seus afazeres diários é de 98 horas por semana, ou seja, o tempo é maior que o dobro de um trabalho com carga horária de 40 horas semanais. A jornada dessas mulheres começa por volta das 6h23 da manhã e termina aproximadamente às 20h31, incluindo os finais de semana.

O estudo ainda relatou que essas mães conseguem ter um pouco mais de uma hora diária “livre”, tempo que elas utilizam para ir ao banheiro ou tomar um banho bem rápido. De acordo com a psicóloga Lia Clerot, ter muitas responsabilidades e diversos afazeres é cultural do sexo feminino. “Antigamente as mulheres eram criadas e ensinadas a viver para o lar. De um tempo para cá começaram a trabalhar fora, construir suas carreiras e conquistar sua independência, mas continuam carregando esta responsabilidade”, afirmou.

Ao serem questionadas sobre o que fazem para amenizar a carga do dia-a-dia, as mães que participaram da pesquisa elencaram alguns métodos: apoio de babá, amigos ou familiares; outras recorrem à Netflix e a brinquedos eletrônicos, como Ipads. Quando o assunto é a alimentação, muitas acabam optando por refeições pré-cozidas e então, no momento que resta no fim do dia, relaxam.

“Apesar de não ser recomendado deixar os filhos muito tempo assistindo televisão ou brincando com aparelhos eletrônicos, cada mãe recorre ao que lhe convém ali no momento de aperto. Mas é preciso haver um equilíbrio e tentar mostrar aos filhos outras formas de entretenimento como leitura, brincadeiras e atividade ao ar livre”, recomenda Lia Clerot.

Outro ponto que a psicóloga destaca é buscar apoio no pai da criança. “A sociedade nem sempre preparar os meninos para assumirem sua responsabilidade na paternidade. Mesmo que os pais da criança não morem juntos, é preciso dividir e nem sempre as mães conseguem delegar ou, pior, eles não assumem as tarefas para si. Até porque gerir as tarefas já é uma grande responsabilidade”, destaca a psicóloga.



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