Tabagismo
mata quase seis milhões de pessoas anualmente
Estudo aponta que
no Brasil, em 25 anos, o número de fumantes diários caiu de 29% para 12% entre
os homens e de 19% para 8% entre as mulheres. O levantamento realizado pelo
INCA (Instituto Nacional de Câncer) revela também que o país ocupa o oitavo
lugar no ranking de número absoluto de tabagistas no mundo, com o total de 18
milhões de tabagistas.
As pesquisas mostram que o tabagismo
mata quase seis milhões de pessoas anualmente, sendo 600 mil vítimas do fumo
passivo. Até 2030, este número deve aumentar para oito milhões.
O médico Tufi Dippe Júnior,
cardiologista do Hospital VITA, em Curitiba, alerta que a fumaça do cigarro
possui em torno de 4,7 mil substâncias tóxicas que trazem riscos à saúde. Ele
explica que as doenças relacionadas ao tabaco matam mais que tuberculose, AIDS
e malária juntas. “O tabagismo é um dos principais fatores de risco para as
doenças cardiovasculares, doenças pulmonares e inúmeros tipos de câncer,
inclusive está relacionado ao um terço dos casos de tumores malignos”, alerta.
Dr. Tufi conta que segundo dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS), 100 milhões de mortes foram causadas pelo
tabaco no século XX. “É o único produto legal que causa a morte da metade de
seus usuários regulares. O que significa que de 1,3 bilhão de fumantes no
mundo, 650 milhões vão morrer prematuramente por causa do cigarro”, ressalta o
cardiologista.
Segundo o médico, as pessoas acreditam
que fumar poucos cigarros por dia implica em um baixo risco para o
desenvolvimento das doenças cardiovasculares, porém, uma análise conjunta do
resultado de vários estudos demonstrou o contrário, que fumar um único cigarro
por dia representa 46% do excesso de risco de doença arterial coronariana em
homens e 31% do risco em mulheres. “Em relação ao acidente vascular cerebral
(derrame cerebral), o excesso de risco associado a apenas um cigarro por dia foi
de 41% para homens e de 34% para mulheres”, destaca o cardiologista.
“Houve uma grande mudança no padrão do
tabagismo de muitas pessoas nos últimos anos. Indivíduos que fumavam de 10 ou
20 cigarros ao dia passaram a fumar um ou poucos cigarros, acreditando que isso
seria algo aceitável, no entanto, nesse contexto, o risco cardiovascular ainda
é significativo”, frisa Dr. Tufi.
O cardiologista destaca a importância
de abandonar o hábito para levar uma vida saudável e livre dos riscos causados
pelo tabagismo. Também é necessário evitar o contato com outras pessoas que
fumam (tabagismo passivo), já que isto também é uma ameaça à qualidade de
vida.
Hospital VITA
Nenhum comentário:
Postar um comentário