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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga


Fumar aumenta em 400% a chance de desenvolver a doença 


Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) estimam que neste ano sejam registrados cerca de 9.500 novos casos de câncer de bexiga. Este número corresponde a estimativa de 6,43 casos novos a cada 100 mil homens e de 2,63 para cada 100 mil mulheres. O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, pois quem fuma aumenta em cerca de 400% a chance de desenvolver tumores na bexiga. 

De acordo com o Dr. Ariel Kann, coordenador clínico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, estudos demonstram que, em fumantes, a doença costuma ser diagnosticada em estágios avançados e que os tumores são mais agressivos. O tabagismo passivo, inalação da fumaça do cigarro por não fumantes, pode aumentar em até três vezes o risco de desenvolver a doença.

As substâncias cancerígenas do tabaco são absorvidas pelo sangue e posteriormente filtradas nos rins, e se acumulam na bexiga. Acredita-se que a exposição crônica a estes compostos químicos sejam o principal fator de risco no desenvolvimento do câncer de bexiga”, afirma o especialista. 

Quem sofre exposição prolongada, contínua e sem os devidos equipamentos de proteção individual a substâncias químicas presentes em tintas, borracha, alguns tecidos sintéticos e tinturas para cabelos, também está sujeito a ter nódulos malignos na bexiga. Este grupo tem uma chance 200 vezes maior de ser diagnosticado com tumores na bexiga. 

O oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Cruz reforça que o combate ao tabagismo é a forma mais eficaz de prevenção ao câncer de bexiga. O médico também aponta a importância da hidratação regular, da alimentação rica em frutas, legumes e verduras e da prática constante de exercícios físicos como fatores importantes no combate à doença.

De acordo com o médico, quando há o diagnóstico precoce e quando a doença está localizada apenas na superfície do órgão, as chances de cura são muito elevadas. E o tratamento envolve a ressecção endoscópica do tumor, que pode ou não ser seguido de tratamento complementar com medicações intravesicais. Se o diagnóstico for feito quando o tumor já tiver invadido as camadas musculares da bexiga, as chances de cura são em torno de 75% e o tratamento envolve a retirada total ou parcial do órgão. Pode se, nestes casos, realizar a quimioterapia complementar antes ou depois da cirurgia. Uma opção à cirurgia, é a radioterapia combinada a quimioterapia. Já em estágios mais avançados, a conduta adotada pelos especialistas envolve quimioterapia e, de forma mais recente, imunoterapia.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br



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