Fumar aumenta em 400% a chance de desenvolver a
doença
Dados do Inca
(Instituto Nacional do Câncer) estimam que neste ano sejam registrados cerca de
9.500 novos casos de câncer de bexiga. Este número corresponde a estimativa de
6,43 casos novos a cada 100 mil homens e de 2,63 para cada 100 mil mulheres. O
tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, pois
quem fuma aumenta em cerca de 400% a chance de desenvolver tumores na bexiga.
De acordo com
o Dr. Ariel Kann, coordenador clínico do Centro Especializado em Oncologia do
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, estudos demonstram que, em fumantes, a doença
costuma ser diagnosticada em estágios avançados e que os tumores são mais
agressivos. O tabagismo passivo, inalação da fumaça do cigarro por não
fumantes, pode aumentar em até três vezes o risco de desenvolver a doença.
“As substâncias cancerígenas do tabaco são absorvidas pelo
sangue e posteriormente filtradas nos rins, e se acumulam na bexiga. Acredita-se
que a exposição crônica a estes compostos químicos sejam o principal fator de
risco no desenvolvimento do câncer de bexiga”, afirma o especialista.
Quem
sofre exposição prolongada, contínua e sem os devidos equipamentos de proteção
individual a substâncias químicas presentes em tintas, borracha, alguns tecidos
sintéticos e tinturas para cabelos, também está sujeito a ter nódulos malignos
na bexiga. Este grupo tem uma chance 200 vezes
maior de ser diagnosticado com tumores na bexiga.
O oncologista do Centro Especializado em Oncologia do
Hospital Alemão Cruz reforça que o combate ao tabagismo é a forma mais eficaz
de prevenção ao câncer de bexiga. O médico também aponta a importância da
hidratação regular, da alimentação rica em frutas, legumes e verduras e da
prática constante de exercícios físicos como fatores importantes no combate à
doença.
De acordo com o médico, quando há o diagnóstico precoce e
quando a doença está localizada apenas na superfície do órgão, as chances de
cura são muito elevadas. E o tratamento envolve a ressecção endoscópica do
tumor, que pode ou não ser seguido de tratamento complementar com medicações
intravesicais. Se o diagnóstico for feito quando o tumor já tiver invadido as
camadas musculares da bexiga, as chances de cura são em torno de 75% e o
tratamento envolve a retirada total ou parcial do órgão. Pode se,
nestes casos, realizar a quimioterapia complementar antes ou depois da
cirurgia. Uma opção à cirurgia, é a radioterapia combinada a quimioterapia. Já em estágios mais avançados, a conduta
adotada pelos especialistas envolve quimioterapia e, de forma mais recente,
imunoterapia.
Hospital
Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br
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