Em mais uma tentativa de pôr fim à greve dos
caminhoneiros, que está no seu oitavo dia consecutivo e já afeta serviços
essenciais à população e provoca desabastecimento em praticamente
todo o País, foi publicado, no Diário Oficial da União de 24 de maio, a
Resolução n 228, elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
Anvisa.
Com isso, as importações sujeitas a fiscalização
da Anvisa terão tratamento diferenciado para agilizar a liberação da entrada de
produtos no Brasil. A partir de agora, haverá quatro canais diferenciados que
levam em consideração o tipo de produto e o seu risco. São eles: verde,
amarelo, vermelho e cinza.
Os canais seguirão os seguintes critérios:
Canal Verde: liberação simplificada,
por ser um produto de menor risco e já regularizado na Anvisa, sendo dispensada
a análise documental e a inspeção de carga; Canal Amarelo: análise documental;
Canal Vermelho: inspeção física de carga; e, por fim, Canal Cinza: procedimento
especial de investigação.
“O objetivo da proposta é otimizar o trabalho
das equipes da Anvisa e concentrar a fiscalização nos produtos mais sensíveis,
já que, antes da greve, eram mais de 300 mil processos de importação
protocolizados na Anvisa, que garante que agora será impossível fiscalizar 100%
das cargas”, explica o presidente do Sindicato
dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São
Paulo- SINDICOMIS e da Associação Nacional das Empresas
Transitárias, Agentes de Carga Aérea, Comissárias de Despachos e Operadores
Intermodais- ACTC, Luiz Ramos explicando que um sistema semelhante de canais já
funciona na Receita Federal do Brasil – RFB e pela Vigilância Fitossanitária.
Na prática, os produtos como
equipamentos médicos e medicamentos, por exemplo, receberão um tratamento
diferente, de acordo com sua avaliação de risco.
É importante salientar que,
no último mapeamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com informações da Confederação
Nacional de Transportes - CNT, 61,1% de toda a carga transportada no Brasil usa
o sistema modal rodoviário; 21,0% passa por ferrovias, 14% pelas hidrovias e
terminais portuários fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via aérea.
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