Nutricionista pontua alguns mitos e verdades
a respeito da doença
A obesidade
é uma doença crônica que vem crescendo significativamente nos últimos tempos.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, uma em cada cinco pessoas está
acima do peso e um dos agravantes da enfermidade é desenvolver hipertensão e/ou
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2).
A pesquisa apontou também que de um total de 53,2 mil pessoas entrevistadas em
todas as capitais brasileiras, os pacientes com DM2 passou de 5,5%, em 2006,
para 8,9%, em 2016. Os de hipertensão, no mesmo período, saíram de 22,5% para
25,7%.
De
acordo com Marcela Tardioli consultora em nutrição da Associação Brasileira das
Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados
(ABIMAPI) a obesidade gera um processo inflamatório, que ativa reações, as
quais podem inibir a ação da insulina. Porém, nem todo o obeso é portador de
DM2, existem outros fatores que promovem essa enfermidade como a alimentação e
o sedentarismo.
"A
diabetes tipo 2 pode atingir diferentes idades e por isso, diversas
recomendações muitas vezes não servem para todos os portadores. Quando se trata
de alimentação, cada pessoa irá precisar de uma dieta específica e é
fundamental o acompanhamento médico e nutricional", explica Marcela.
Para
entender um pouco mais sobre o assunto, a nutricionista separou alguns tópicos
com mitos e verdades sobre a alimentação dos portadores de DM2:
VERDADE.
Quando um alimento
tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose pelo sangue e,
portanto estabiliza a doença. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é
rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue. Alimentos integrais
como pães, macarrão e biscoitos ajudam a amenizar os sintomas da doença.
- Não pode comer carboidrato.
MITO. A diretriz da Sociedade Brasileira de
Diabetes recomenda que o tratamento seja associado não só a uma alimentação
saudável, como também equilibrada. Isso inclui todos os nutrientes, como os
carboidratos, proteínas e lipídeos. Considerando a regulação do açúcar no
sangue, é necessário evitar o consumo de açúcares simples e aumentar o teor de
fibras na dieta.
- Não existe uma recomendação para o consumo de carboidratos
MITO. Como a diabetes tipo 2 pode
apresentar diversos estágios, é necessário que o paciente faça acompanhamento
com um profissional especializado para entender exatamente o quanto de
carboidrato precisa. Mas no geral, a recomendação se encontra entre 45 a 60% da
quantidade de Kcal diárias, não podendo ser inferior a 130 g/dia.
- É importante praticar atividade física.
VERDADE. Junto a uma alimentação equilibrada,
a atividade física regular tem efeitos benéficos como melhora da capacidade
cardiorrespiratória, da composição corporal (diminuição de massa gorda e
aumento de massa magra), da massa óssea e da sensibilidade à insulina, além de
promoção do bem-estar psicossocial.
"É
fundamental criar uma rotina saudável que inclua alimentação equilibrada e
prática de atividade física para melhora do tratamento. Sem necessidade de
dietas extremistas, que podem trazer danos para a saúde", conclui Marcela.
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