Desde outubro de 2016, temos observado uma
sequência de redução da taxa básica de juros, a Selic, quando passou de 14,25%
a.a. (ao ano) para os atuais 6,5% a.a. O ciclo de quedas tem como principal
objetivo estimular a retomada da economia. Considerando que houve dois anos
consecutivos de queda, percebemos que mesmo que o Produto Interno Bruto (PIB)
tenha voltado a crescer em 2017, essa recuperação ainda é lenta.
Para os investidores, a redução nos juros
representa uma queda nos retornos (nominais) das aplicações em renda fixa, pois
essas acompanham a Selic Meta fixada pelo Banco Central do Brasil. Diante
desse cenário, a poupança continua sendo uma boa alternativa para aqueles
recursos que serão utilizados nos curto e médio prazos, especialmente pela alta
liquidez e isenção de Imposto de Renda para Pessoas Físicas. Vale destacar que
os produtos de renda fixa também podem ser vantajosos para os investidores,
pois já é possível negociar um prazo mais longo para as operações e, com isso,
esperar uma rentabilidade mais atrativa.
A partir do início de 2017, a captação líquida em
produtos de diversificação, que buscam um retorno superior à renda fixa
tradicional, aumentou de forma significativa. Neste contexto, os fundos
multimercado têm se destacado por representar uma alternativa interessante aos
investidores, pois como o nome diz, podem atuar em diversos mercados, como
juros, crédito privado, moedas e renda variável. Em geral, a exposição ao risco
nesses fundos é inferior aos fundos que aplicam a maior parte do patrimônio em
ações, por exemplo.
É importante reforçar que os investimentos sempre
oferecem uma relação risco versus retorno. Ou seja, quanto mais disposto a
assumir risco, maior será o potencial retorno que o investidor terá. Por isso,
é sempre importante avaliar adequadamente o perfil do investidor antes de
se fazer qualquer recomendação de investimento. Nesse sentido, a poupança e os
produtos de renda fixa são adequados para todos os perfis, em especial para
aqueles mais conservadores. Já os fundos multimercado ou os produtos de renda
variável são recomendados para investidores que sabem das variações e aceitam
retornos inferiores ou até negativos no curto prazo com o objetivo de ganhos
mais expressivos no médio e longo prazo.
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com
3,7 milhões de associados e presente em 21 estados brasileiros e no Distrito
Federal, oferece um amplo portfólio de produtos de investimentos que atende,
desde o perfil mais conservador, até o investidor mais arrojado. Entre eles
estão: Poupança, Renda Fixa, LCA e fundos de investimentos variados e com taxas
de administração extremamente competitivas.
É relevante que o investidor saiba que não há
mágica no mercado financeiro. Ou seja, expectativas de ganhos muito acima da
renda fixa provavelmente embutem um alto risco. Por isso, é preciso que o
investidor conheça seu perfil e esteja ciente dos riscos envolvidos em cada
tipo ou produto de investimento e, nesse aspecto, torna-se cada vez mais
relevante o papel do profissional que presta o atendimento/consultoria
financeira ao investidor.
Para 2018, é esperado que o mercado ainda apresente
alta volatilidade, principalmente nos investimentos nos mercados de câmbio e
ações, em função de incertezas de natureza externas, como a dinâmica de juros
dos EUA e principalmente internas, capitaneadas pelas eleições de outubro. Com
isso, o mais recomendado é ficar de olho no andamento do cenário econômico e
investir de acordo com o seu perfil.
Felipe de Oliveira Azevedo -
gerente de Produtos de Investimento do Banco Cooperativo Sicredi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário