Para Fernanda
Surian, é muito comum escolhermos alguém que admiramos como exemplo ou meta. Mas
existe um problema quando essa pessoa acaba se tornando uma imagem forte
demais.
“Ter um
posicionamento pessoal assertivo e consciente é a melhor forma de não ficar à
sombra de ninguém e trilhar seu próprio caminho”. A frase e da atleta e criadora
do primeiro curso de inglês para o mercado de Crossfit, Fernanda Surian. Ela
uniu suas duas paixões para trilhar um caminho único e autoral, e reforça:
“quando escolhemos ídolos, corremos um risco grande de perdermos a nossa
identidade, e de acabarmos construindo um plano de vida que não é exatamente
nosso, e pode inclusive estar fora do nosso alcance, um fator de frustração
constante”.
Para ela, ter um modelo é bom, faz acreditar, nos
faz mais fortes, nos impulsiona. “O problema é quando esse modelo fica grande
demais, importante demais, acima das nossas próprias capacidades. E é aí que
começamos a perder para a meta. Quando isso acontece, as chances de desistirmos
são grandes”. Ela explica como lida com o assunto: “O primeiro passo, no meu
caso, para escapar de objetivos inatingíveis, foi o autoconhecimento. Quando a
gente se conhece, sabe quais são as nossas capacidades, nossas limitações,
nossos traumas, nossas questões pessoais, fica mais fácil planejar de forma
consciente”, reforça.
O segundo passo, segundo Fernanda, é o
posicionamento pessoal: “se a gente deixar, a sociedade nos engole em segundos,
ditando o que temos que fazer, como temos que fazer, quais as melhores
oportunidades, quais os melhores resultados. Não! Honestamente, comigo, isso
não cola mais. Saber quem a gente é permite que a gente escolha por conta
própria, inclusive o que exatamente nos faz feliz. Nem sempre é o que esperam
de nós, certo?”
Separar o que é crença pessoal, o que é imposição
pessoal, o que é praxe no meio em que estamos inseridos, como é o Crossfit para
a atleta, é fundamental para saber reconhecer o que realmente importa: “abrir
mão desse posicionamento para agradar aos outros, acredite, é a pior saída e
pode trazer muita dor de cabeça lá na frente”, lembra Fernanda.
Por isso, ela enfatiza a importância de sermos
nossa “pessoa mais especial”. “Se eu tenho ídolos? Claro. Não ter em quem se
espelhar é um pouco triste, né? Sejam pessoas do esporte, do inglês, da vida,
tenho modelos nos quais me inspiro para seguir e ir além, para me desafiar e
para ser uma pessoa melhor a cada dia”. Mas a atleta explica: “a Fernanda
continua sendo meu foco de trabalho, é para ela que busco os melhores treinos,
a melhor alimentação, mais qualidade de vida. Sei que é dessa maneira que eu vou
deixar minha marca e ser capaz de contribuir de verdade para vida de outras
pessoas”.
Fernanda Surian
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