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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Você vive na sombra de alguém ou trilha seu próprio caminho?


Para Fernanda Surian, é muito comum escolhermos alguém que admiramos como exemplo ou meta. Mas existe um problema quando essa pessoa acaba se tornando uma imagem forte demais.


 “Ter um posicionamento pessoal assertivo e consciente é a melhor forma de não ficar à sombra de ninguém e trilhar seu próprio caminho”. A frase e da atleta e criadora do primeiro curso de inglês para o mercado de Crossfit, Fernanda Surian. Ela uniu suas duas paixões para trilhar um caminho único e autoral, e reforça: “quando escolhemos ídolos, corremos um risco grande de perdermos a nossa identidade, e de acabarmos construindo um plano de vida que não é exatamente nosso, e pode inclusive estar fora do nosso alcance, um fator de frustração constante”.

Para ela, ter um modelo é bom, faz acreditar, nos faz mais fortes, nos impulsiona. “O problema é quando esse modelo fica grande demais, importante demais, acima das nossas próprias capacidades. E é aí que começamos a perder para a meta. Quando isso acontece, as chances de desistirmos são grandes”. Ela explica como lida com o assunto: “O primeiro passo, no meu caso, para escapar de objetivos inatingíveis, foi o autoconhecimento. Quando a gente se conhece, sabe quais são as nossas capacidades, nossas limitações, nossos traumas, nossas questões pessoais, fica mais fácil planejar de forma consciente”, reforça.

O segundo passo, segundo Fernanda, é o posicionamento pessoal: “se a gente deixar, a sociedade nos engole em segundos, ditando o que temos que fazer, como temos que fazer, quais as melhores oportunidades, quais os melhores resultados. Não! Honestamente, comigo, isso não cola mais. Saber quem a gente é permite que a gente escolha por conta própria, inclusive o que exatamente nos faz feliz. Nem sempre é o que esperam de nós, certo?”

Separar o que é crença pessoal, o que é imposição pessoal, o que é praxe no meio em que estamos inseridos, como é o Crossfit para a atleta, é fundamental para saber reconhecer o que realmente importa: “abrir mão desse posicionamento para agradar aos outros, acredite, é a pior saída e pode trazer muita dor de cabeça lá na frente”, lembra Fernanda.

Por isso, ela enfatiza a importância de sermos nossa “pessoa mais especial”. “Se eu tenho ídolos? Claro. Não ter em quem se espelhar é um pouco triste, né? Sejam pessoas do esporte, do inglês, da vida, tenho modelos nos quais me inspiro para seguir e ir além, para me desafiar e para ser uma pessoa melhor a cada dia”. Mas a atleta explica: “a Fernanda continua sendo meu foco de trabalho, é para ela que busco os melhores treinos, a melhor alimentação, mais qualidade de vida. Sei que é dessa maneira que eu vou deixar minha marca e ser capaz de contribuir de verdade para vida de outras pessoas”.




Fernanda Surian


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