Laboratório brasileiro deve produzir produto
localmente e aumentar acesso
A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada
pela comunicação excessiva ou anormal dos impulsos elétricos dos neurônios
(células cerebrais), levando às crises epiléticas. Quando não controlada, a
epilepsia pode levar a lesões irreversíveis no cérebro, a acidentes e até mesmo
à morte precoce, sem contar os prejuízos na vida social, profissional e
acadêmica.
Estima-se que 30% dos pacientes com epilepsia não respondem ao tratamento convencional, feito com medicamentos anticonvulsivos. Essa epilepsia é chamada de refratária. Para estes pacientes, uma opção para controle das crises é o canabidiol, produto derivado da maconha que tem alto índice de sucesso, especialmente em crianças.
Segundo um estudo publicado na revista médica Epilepsy & Behaviour, o canadibiol se provou eficiente no tratamento de 71% dos casos de epilepsia refratária em crianças e em 90% dos casos adultos. Em países como a Austrália, 15% dos pacientes já são tratados com o produto. Porém, no Brasil, como ainda não há produção nem aprovação local, o produto é de difícil acesso e de alto custo. Atualmente, o canabidiol precisa ser importado com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Estima-se que 30% dos pacientes com epilepsia não respondem ao tratamento convencional, feito com medicamentos anticonvulsivos. Essa epilepsia é chamada de refratária. Para estes pacientes, uma opção para controle das crises é o canabidiol, produto derivado da maconha que tem alto índice de sucesso, especialmente em crianças.
Segundo um estudo publicado na revista médica Epilepsy & Behaviour, o canadibiol se provou eficiente no tratamento de 71% dos casos de epilepsia refratária em crianças e em 90% dos casos adultos. Em países como a Austrália, 15% dos pacientes já são tratados com o produto. Porém, no Brasil, como ainda não há produção nem aprovação local, o produto é de difícil acesso e de alto custo. Atualmente, o canabidiol precisa ser importado com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Epilepsia refratária em crianças
Entre as crianças, o sinal de que a epilepsia será resistente ao tratamento pode vir logo cedo. De acordo com um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, crises epiléticas frequentes antes dos 6 anos de idade, diferentes tipos de crises e lesões estruturais no sistema nervoso podem ser indicativos de que o distúrbio será resistente ao tratamento e, para estes pacientes, o canabidiol é uma opção terapêutica.
Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, especialista no diagnóstico e tratamento da epilepsia, os pacientes que têm epilepsia refratária são os que mais sofrem, pois estão sob risco de lesões mais graves ao longo do tempo. “Na prática clínica tenho poucos pacientes usando o canabidiol, mas com excelentes resultados. Entretanto, o acesso é muito difícil no Brasil”.
Produção local pode melhorar acesso
A realidade desses pacientes pode mudar, entretanto, com o anúncio de que um laboratório em Toledo, no interior do Paraná, pode ser o primeiro produtor brasileiro da substância. O produto está em fase de testes clínicos e deve ser disponibilizado no mercado até o final de 2018.
“Essa é uma boa notícia para muitos pacientes brasileiros. O canabidiol tem se mostrado uma opção muito boa para crianças e adolescentes com o quadro de epilepsia refratária e ter uma produção brasileira pode tornar esse tratamento muito mais acessível”, reflete Dra. Andrea.
Como o tratamento é feito hoje
Segundo Dra. Andrea, hoje um dos tratamentos mais promissores para a epilepsia refratária é a Terapia de Estimulação do Nervo Vago (VNS). “Trata-se de um implante de um gerador de pulsos elétricos programáveis, que fica ligado a eletrodos que são conectados ao nervo vago cervical esquerdo. Podemos comparar o gerador a um marca-passo. Depois do implante, esse dispositivo irá enviar impulsos elétricos para o cérebro por meio do nervo vago para evitar as crises epiléticas”.
A técnica de neuroestimulação cerebral pode levar à redução de até 90% das crises epiléticas e é amplamente utilizada em países da Europa e nos Estados Unidos. As crises epiléticas não controladas levam à perda da qualidade de vida, assim como a comorbidades psiquiátricas e à prevalência mais elevada de morte súbita.
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