Pediatra faz alerta de como
identificar os principais sintomas
A chegada do
outono e do tempo mais frio e seco geralmente é acompanhada do “pico das
doenças virais”. E não é a toa que os prontos-socorros infantis vivem lotados
nessa época do ano, já que o primeiro semestre, principalmente os meses de
março a junho, marcam a sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório (VSR),
responsável pelos casos de bronquiolite.
Segundo a
pediatra da Clínica Soulleve em São Paulo, Dra. Tatiana Russo, os principais
problemas que o VSR pode causar são a bronquiolite e a pneumonia em bebês e
crianças pequenas, principalmente nos menores de 1 ano. O vírus geralmente
inicia com sintomas de um resfriado comum e progride rapidamente, o que pode
ser bastante perigoso, já que ao longo de 2 a 3 dias é possível que a criança
desenvolva uma inflamação nas vias aéreas, os chamados bronquíolos.
“Essa inflamação
leva a obstrução da via aérea por edema, necrose e aumento da produção de muco
e broncoespasmo. Por isso, a respiração fica mais difícil e sintomas como
chiado no peito, aumento da tosse e dificuldade para mamar podem
aparecer", alerta a especialista.
A pediatra
explica que para prevenir o contágio é recomendado que os pais evitem o contato
dos pequenos com adultos que possuam sintomas de gripe ou resfriado e prefiram
lugares calmos, com pouco números de pessoas. Além disso, o diagnóstico da
doença é essencialmente clínico e normalmente exames adicionais não são indicados,
por isso, caso os pais percebam alguns dos sintomas é imprescindível buscar
atendimento médico.
Para o
tratamento, é essencial manter a criança hidratada, fazer inalação com soro
fisiológico e lavagem nasal, que deve ser feita inúmeras vezes ao dia, pois os
bebês pequenos respiram predominantemente pelo nariz, piorando o cansaço. E se
o nariz estiver obstruído pode levar secundariamente à otite, principal
complicação da bronquiolite.
Além disso, é
importante destacar que se houver algum sinal de alerta como irritabilidade
excessiva, diminuição da urina, baixa ingestão de líquidos, sinais de cansaço
ou dúvida quanto ao estado geral da criança, o médico deverá ser consultado.
"O atraso em ir ao médico pode levar à piora do quadro clínico e a consequências
graves", finaliza a médica.
Dra. Tatiana Russo –
Pediatra - CRM
- SP 126.033 - Médica formada pela Universidade de Marília, em São Paulo
Residência médica em Pediatria pelo Hospital Santa Marcelina, em São Paulo.Pós
Graduação em Urgência e Emergência Pediátrica pelo Hospital das Clínicas de São
Paulo (FMUSP). Tem experiência no atendimento pediátrico em clínica privada,
bem como emergência e UTI em hospitais públicos e privados.
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